quinta-feira, julho 16, 2009

O FUTURO DO PARQUE DA ALTA VILA (II)

As nossas preocupações relativamente à natureza do projecto de requalificação do Parque da Alta Vila (PAV), acentuaram-se depois das notícias publicadas no semanário Região de Águeda. Nele o Arquitecto Sídónio Pardal refere que "o parque é para a contemplação, não é próprio ter ali campo de jogos". Eu quando me falam em contemplação fico logo alterado, porque considero que de contemplações está este país repleto. Somos uns contempladores na cidadania. Somos uns contempladores na participação cívica. Somos uns contempladores na prática de actividades físicas e desportivas. Somos uns contempladores culturais. Somos uns contempladores nostálgicos do passado. Somos uns contempladores da mediocridade política reinante. De contemplação julgo estar o país farto...

Um parque natural não tem de ser necessariamente um espaço de monoactividade. Onde apenas se vá para ouvir os passarinhos. A diferença e a singularidade estará em conseguir garantir a identidade do PAV, naquilo que aprendemos a ver nele de diferente e belo e atrair diferentes cidadãos para a sua fruição plena. Que não tem de ser necessariamente sentado nuns blocos graníticos que derrubem árvores para edificar "uma ruína edificada" a contemplar a lua ou a ler Sócrates ou Platão...
É possível e desejável que com harmonia o PAV consiga compatibilizar diferentes espaços, diferentes actividades, diferentes gerações de utilizadores, sem se transformar numa babilónia.
Se assim não for será mais uma oportunidade perdida (e uns euros gastos!!!) num parque que deveria ser um verdadeiro pulmão verde da cidade e da sua vida.

terça-feira, julho 14, 2009

O FUTURO DO PARQUE DA ALTA VILA

Foi na passada quinta-feira apresentado pela CM Águeda um projecto para o Parque da Alta Vila (PAV), pulmão verde da cidade. Da autoria do Arquitecto Paisagista Profº Sidónio Pardal em traços gerais, centra-se na eliminação de alguns muros circundantes e de caminhos internos do Parque. Por outro lado, pretende-se reduzir em grande número os múltiplos canteiros e caminhos que caracterizam o Parque da Alta Vila. Como é habitual a participação pública no debate e discussão destas questões é residual, o que é pena. Um parque verde localizado no centro urbano, carece de envolvimento e discussão sobre as suas características e potencialidades. Sobre o PAV temos "poucas certezas":

1. O PAV é um espaço verde no centro da cidade que deve ser devidamente preservado e valorizado;
2. O PAV deve orientar a sua requalificação valorizando o que existe e procurando limitar as grandes intervenções transformadoras;
3. O PAV carece de uma estratégia definida que a partir das suas características, permitam atrair cidadãos das mais variadas idades, para a sua fruição;
4. O PAV como parque natural deve preservar os elementos naturais, parecendo-nos abusivo, pavimentações betuminosas num ambiente natural e verde;
5. O PAV é um parque natural, pelo que "acrescentar-lhe" mais pedras soltas à custa de árvores e zonas verdes parece-nos contranatura.

Porque gostamos bastante do PAV. Porque regularmente fruimos dos sons, dos cheiros e das sombras do PAV. Porque o PAV é um património natural de Águeda. É imprescindível analisar e discutir a sua requalificação. Para lá da qualidade que possa existir no projecto do Profº Sidónio Pardal, eliminar a miríade de caminhos que dão côr e vida e identidade ao PAV, betonar os grandes novos caminhos, merecem-nos muitas dúvidas e carecem de fundamentação. Vamos discutir a requalificação do Parque da Alta Vila.

sábado, julho 11, 2009

CONSTÂNCIO - O Super Ego infalível

O Governador do Banco de Portugal Vítor Constâncio (VC) tem um auto-conceito pessoal e profissional distorcido, exagerado e demasiado "pavoneado". Depois de tudo o que ao longo do tempo se foi sabendo, no BCP, ... no BPN ... e mais recentemente no BPP, tem a distinta ousadia de vir para a praça públicar contestar e emitir juízos de valor acerca do relatório da Comissão ao "caso BPN" que desenvolveu os seus trabalho na Assembleia da República. Se os deputados não são inquestionáveis, nem imunes à "chicana política", deveria existir alguém no país político que pusesse VC no sítio, que é o de alto quadro da administração pública. Logo não podendo assumir o papel de palpiteiro tipo Professor Marcelo. O Governador do BP é um responsável que tem de responder perante os portugueses acerca da supervisão do sistema bancário e financeiro e não alguém que de cima do seu "ego inchado" alimentado por estudos, gráficos e simulações, se sente com autoridade para questionar um trabalho de meses dos legítimos representantes dos portugueses. Neste país de faz de conta é preciso lembrar ao governador do Banco Central mais bem pago, que guarde o seu ego para o Largo do Rato ou ...
Analisemos estas frases:
O governador do Banco de Portugal considerou ontem que os trabalhos da comissão parlamentar de inquérito ao caso BPN "não tiveram a componente técnica suficiente para lhes conferir inequívoca objectividade e credibilidade".
Vítor Constâncio assegurou que o Banco de Portugal está "seguramente entre as melhores instituições do país e desempenha funções importantes para a estabilidade e progresso da economia portuguesa". Nesse sentido, considera normal que "uma parte da opinião pública se interrogue sobre o exagero e o empenho na tentativa de demolir a instituição, e sobre o facto de responsáveis políticos de todos os partidos terem fomentado ou permitido que o Banco de Portugal tenha sido usado como instrumento de combate político".
Vítor Constâncio considerou ainda que os trabalhos desenvolvidos pela comissão parlamentar ao longo dos últimos seis meses perturbaram o processo de investigação que está a ser conduzido pelo supervisor.

PRINCÍPIO PAGADOR - PAGADOR

A circulação rodoviária até à Barra e Costa Nova é um hábito na região. Ainda nos lembramos das intermináveis filas de automóveis até aos anos 70, junto à Ponte que ia dar ao Jardim Oudinot. Agora, circula a informação de que a colocação de portagens na via de acesso à Barra e Costa Nova será uma realidade a breve prazo. Tal medida, disfarçada nas teorias do "utilizador-pagador" pressupõem que paulatinamente o país rodoviário está a ficar completamente cercado. Sendo necessário pagar ao "dono da quinta" para atravessar os seus domínios. Para lá da questão do excesso de auto-estradas construídas e concedidas à exploração, (quase) sempre à meia dúzia do costume, importa reflectir sobre questões como o direito a circular, onde existe uma única via de acesso.

O Governo e a Concessionária da A25, preparam-se para colocar PORTAGENS entre Aveiro e a Barra.
(Cerca de 6,2Km pagos que custarão à volta de 0,12€ cada o que dá 0,744€ o troço)
Pode até nem parecer muito para alguns, mas de somarem mais 0,744€ da viagem de volta dá a soma de 1,488€. Mas se contarmos que algumas pessoas terão que fazer o mesmo trajecto todos os dias para ir trabalhar, sairá dos seus bolsos a módica quantia de 32,734€ por mês.
Lembrem-se que o mesmo Governo utilizou como "Bilhete" de campanha a promessa de que não iria mexer nas portagens.
Claro que podem sempre alegar que não estão a mexer como foi prometido. Só não prometeram que não criariam novas e em estradas que não têm alternativa.
Não haverá praças de portagem e podem ainda não ter notado, mas estão a ser colocados pórticos que funcionarão com um dispositivo semelhante ao da VIA VERDE que terá de ser comprado, não bastando já o pagamento da portagem.
Dá vontade de fechar a estrada assim que as portagens começarem a funcionar, ou até mesmo fazer o troço à velocidade mínima nas 2 vias sempre que se lá passar.

terça-feira, julho 07, 2009

Mais de mil a pedalar em Águeda


A IV Maratona do Vale do Vouga, apesar da chuva inicial, foi um sucesso de participação desportiva que encheu de movimento e cor a cidade no domingo. Pela nossa parte realizámos os nossos objectivos de evitar as quedas e completar a prova. Um ponto a corrigir foram a quantidade de estrangulamentos de corrida (trilhos por onde passava apenas um betetista de cada vez), ao longo do percurso, o que provocou insatisfação. Uma prova com este número de participantes, tem de à partida ter estas situações acauteladas.

Mais uma vez está de parabéns o Clube de BTT do Vale do Vouga por esta organização desportiva, que promove a prática desportiva e o nome de Águeda.

quarta-feira, julho 01, 2009

CERCIAG - dia grande

Em cooperação com a Universidade de Aveiro a CERCIAG, organiza um evento de âmbito nacional, com a participação de peritos internacionais especialistas na área do desenvolvimento de competências em Ciências pelos alunos com necessidades educativas especiais. Realce para o facto de a iniciativa contar com o apoio do Pavilhão do Conhecimento e de ter gerado redes locais de colaboração para a sua concretização em Águeda.

Dia 1 de Julho, na CERCIAG
Educação científica de alunos com necessidades educativas especiais é tema de encontro
A Universidade de Aveiro, a CERCIAG e o Pavilhão do Conhecimento realizam, esta Quarta-feira, 1 de Julho, no auditório da CERCIAG em Águeda, o III Encontro de Educação em Ciências subordinado, este ano, ao tema “A educação científica de alunos com necessidades educativas especiais». Marcam presença na iniciativa dois conceituados especialistas nesta temática, nomeadamente Adrian Fenton, da British Science Association, e Pierre Bonnefond, da Academia das Ciências de Toulouse.

A Universidade de Aveiro, através do Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa, está a implementar, pelo terceiro ano consecutivo, o Programa de Formação de Professores do 1º CEB em Ensino Experimental das Ciências. Trata-se de um Programa de Formação que pretende promover o desenvolvimento de boas práticas de ensino e aprendizagem de base experimental e, consequentemente, melhorar as aprendizagens dos alunos na referida área.
Nos dois anos anteriores, por solicitação dos próprios professores que participaram na formação, realizaram-se, na Universidade de Aveiro, no final de cada ano lectivo, Encontros de Educação em Ciências no 1º CEB (I e II), destinados aos formandos, investigadores e professores do 1º CEB. São Encontros que, a par do aprofundamento de conhecimentos e da reflexão sobre o Ensino das Ciências, têm vindo a afirmar-se, sem dúvida, como importantes oportunidades de partilha de vivências e experiências de qualidade de Educação em Ciências no 1º CEB.
Este ano, por solicitação de vários professores, o Encontro tem como temática: “A Educação Científica de Alunos com Necessidades Educativas Especiais”. Pretende-se com esta iniciativa apresentar e discutir Boas Práticas de Educação em Ciências com alunos de Necessidades Educativas Especiais, proporcionar o debate e a partilha sobre a relevância de uma adequada Educação em Ciências para todos e de formas de a promover e dar a conhecer os contributos dos contextos não-formais, como dos museus e centros de ciência na Educação em Ciências.
Mais informações são disponibilizadas em
http://blogs.ua.pt/pfeec_ua/.
O programa está disponível
aqui. in http://uaonline.ua.pt/detail.asp?c=15176

segunda-feira, junho 29, 2009

Diferenças culturais...

Recebi há uns dias a visita de um amigo grego. Fui buscá-lo ao hotel de Aveiro onde estava hospedado. Uns bons minutos depois da hora marcada, como manda a 'lei' helénica, lá apareceu na recepção da unidade hoteleira. E, dando cumprimento a uma outra 'lei' helénica, lá vieram os dois beijos na face, cumprimento tradicional entre bons amigos. No balcão da recepção, três senhoras espanholas não se preocupam muito em disfarçar o ar de espanto com que encararam tal cumprimento ("hmmm, estos tios andan a ver muchos filmes de Almodovar!", devem ter pensado). As diferenças culturais...
Levei o meu amigo até Águeda. Sentei-me como ele numa esplanada em plena Praça Dr. António Breda. Fazendo jus à sua formação de arquitecto, apreciou o tecido edificado e o espaço público envolvente. Comentário: "esta cidade transpira civilidade e deixa perceber um forte sentido identitário". Não foram precisas as senhoras espanholas. Também não consegui disfarçar o meu ar de espanto. Diferenças culturais?

sábado, junho 27, 2009

MAMA MIA

Com enormes responsabilidades do Prof. Paulo Neto (Conservatório de Música de Águeda) o Cine Teatro S. Pedro foi o palco, onde a música dos ABBA, a alegria e entusiasmo de 100 crianças e jovens, a qualidade coreográfica e a excelente execução musical da Orquestra Ligeira do Conservatório, deliciaram uma casa cheia. O musical "The Song of my life" baseado em temas do filme Mama Mia diz-nos que apesar de crianças e jovens, é possível criar e apresentar espectáculos de grande qualidade. Parabéns a todos.

quarta-feira, junho 24, 2009

Águeda - capital do btt por um dia

É já no próximo dia 5 de Julho que Águeda vai ser "invadida", por betetistas participantes na IV Maratona do Vale do Vouga - http://www.maratonavaledovouga.com/ - que conta com mais de 1000 (!!!) desportistas confirmados. Trata-se da manifestação desportiva com o maior número de participantes, não como espectadores desportivos, mas desportistas activos. Numa verdadeira forma de promoção da actividade física e desportiva, envolvendo os "mais profissionais" com treino regular, planeado e organizado até ao praticante de BTT ocasional que faz da sua participação uma festa de convívio e amizade.
Assinale-se a qualidade e a imagem positiva que a prova já tem junto da comunidade betetista nacional, que se reflecte no número de inscrições atingidas.
O percurso da prova previsto para este ano, é muito agradável, com duas passagens de rio, travessia do pontão do Alfusqueiro e fruição das margens do rio em Cambra.

PS - A nossa equipa (apesar de desfalcada) De_Rotaincerta.BTT estará presente, com a estreia integral do seu novo equipamento.

Más notícias


Portugal tem feito "pouco ou nenhum" esforço na aplicação do compromisso de combate ao suborno internacional, denuncia a Transparency International (TI), que aponta falhas no controlo do branqueamento de capitais, assim como insuficiências no sistema de auditoria financeira e controlo orçamental.No relatório anual, ontem divulgado, sobre suborno em transacções comerciais internacionais, esta organização especializada na denúncia da corrupção, aponta o Freeport como um dos casos em que "os atrasos na cooperação judicial [entre países], por vezes aparentemente influenciados por considerações políticas, atrasam as investigações internacionais". "Portugal demorou três anos a responder a um pedido de cooperação do Reino Unido no caso Freeport", critica o documento.Portugal consta na lista de 21 países - num total de 36 - com aplicação "insuficiente" da Convenção da OCDE, assinada em 1997, contra o suborno de funcionários públicos estrangeiros em transacções comerciais internacionais. Na análise à realidade portuguesa, os peritos referem que a auditoria financeira e o controlo orçamental "continua a ser frágil", frisando que "os princípios na relação entre os auditores e quem paga a auditoria não são respeitados e são frequentes as situações de conflitos de interesses. No branqueamento de capitais, a TI nota que, apesar das sanções pesadas, "o controlo é tão fraco que a maioria das instituições financeiras não se sente obrigada a obedecer à lei".A TI aconselha Portugal a criar uma entidade autónoma anticorrupção com capacidade de investigação, a compilar informação precisa e acessível e a aplicar sanções mais severas para o enriquecimento ilícito, incluindo o suborno. in Jornal Negócios 24.6.09

Pois é, parece que anda, mas afinal não anda assim tanto como isso. É mais fácil "controlar" a mercearia do Srº João do que a empresa do João R com sede numa qualquer off-shore. Como referia recentemente uma conhecida magistrada, nenhum governo em Portugal teve verdadeira vontade política de combater a corrupção.


Até quando?

quinta-feira, junho 18, 2009

As europeias e a governabilidade do país

Os resultados das eleições europeias, entendidos por alguns como as primárias das legislativas, lançaram uma panóplia de suposições, hipóteses e cenários. Tudo bem, nada de anormal. Só que na grande maioria dos analistas existe um "esquema mental bloqueado". Isto é, toda a lógica da governabilidade do país, está centrada no PS e no PSD. Apesar do estado a que Portugal chegou ser da responsabilidade directa e indirecta, dos entendimentos e/ou dos desentendimentos, mais transparentes e/ou menos claros entre estes dois partidos, a lógica da compreensão política do país é obsessivamente centrada nestes partidos do centrão. Como refere preocupadamente João César das Neves no DN "A soma dos dois partidos centrais, PS e PSD, foi inferior a 60%, o que só aconteceu uma vez desde 1974, em 1985, no momentâneo surto do PRD. Há 20 anos que esse valor anda acima dos 70%. Nas últimas europeias foi de 81%, e de 79% nas legislativas de 2005. Desta vez ficou pelos 58%. Além disso nenhum dos dois grandes conseguiria maioria absoluta com qualquer dos pequenos". Há uma lógica anti-democrática de cariz ideológico, que não igualiza um voto no PS com um voto no PCP, um voto no PSD com um voto no CDS. É como se um voto no PS ou no PSD tivesse um outro peso e importância. Parte-se do princípio que quem vota no PS e no PSD são cidadãos respeitáveis e responsáveis... Quem vota nos outros são uma cambada de irresponsáveis... É como se todos os outros partidos existissem para completar o boletim de voto, ou dar colorido às campanhas eleitorais. O PS e o PSD podem mentir, enganar, ludibriar, dizer uma coisa hoje e o oposto amanhã, que não se passa nada. Se assim for, ainda será objecto de estudo e análise política, se necessário numa perspectiva psicanalítica...
Até quando...?

terça-feira, junho 09, 2009

Sondagens e eleições

As eleições europeias tiveram resultados completamente ao arrepio de quase todas as sondagens previamente realizadas. Em quase todas as sondagens o PS ganhava com maior ou menor folga, sustentando o "mito" do "engenheiro invencível". Em quase todas as sondagens o outrora conhecido partido do táxi CDS/PP, mantinha uns míseros 2/3 % de intenções de voto, quando a efectividade das urnas lhe deram mais do dobro dessa percentagem.
Que pensar de tudo isto?
Que as empresas de sondagens em Portugal não têm credibilidade e funcionam numa lógica de "sondagem à medida de acordo com o cliente"?
Que as empresas de sondagens em Portugal não dominam os procedimentos de análise estatística inferencial, que permitam compreender as oscilações das intenções eleitorais dos portugueses?
Que as empresas de sondagens em Portugal, são ingenuamente enganadas pelos cidadãos portugueses que lhes dizem uma coisa e fazem outra logo a seguir?
Que as empresas de sondagens em Portugal são instituições de um profundo amadorismo, baseadas no "know-how" do telefone e da estatística descritiva?
Será que também para a actividade de realização de sondagens, teremos que institucionalizar uma qualquer Alta Autoridade para Sondagens com estatuto de regulador do sector?
Não queremos pensar que a "teoria da conspiração" possa sustentar o carácter constante dos resultados das diferentes sondagens. Não queremos crer que a política de propaganda de massas do PS possa chegar também aí. Mas...
A política precisa de monitorização e uma das estratégias passa pela possibilidade de constante auscultação das opiniões de diferentes formas e processos. As sondagens de opinião, podem e devem ser uma delas, mas com credibilidade, profissionalismo e qualidade de informação.

sábado, junho 06, 2009

Ora bolas pro TGV

Ao experimentar o TGV gaulês em dia de greve da SNCF, pude perceber que a única diferença está na velocidade. O "nosso" Alfa Pendular nada fica em desvantagem, sendo mais confortável e cómodo do que este TGV. Só se pode sorrir quando se lê um slogan de campanha da Juventude Socialista que diz "Pelo Direito ao TGV" ... ou a transformação que teve ao passar para a WWW transformando-se em "TGV é Europa"........

sexta-feira, junho 05, 2009

Xutos e Pontapés - sem eira nem beira

Tenho de confessar de que não sou um fã fervoroso do grupo Xutos e Pontapés. Mas, num tempo em que parece que temos dificuldade em explicar às gerações mais jovens como funcionava e o que representava a "Censura Prévia" durante o Estado Novo, com a revista "Visão" a fazer simulações de números censurados com a aplicação do célebre lápis azul, o que se está a passar com esta canção "Sem Eira nem Beira" - http://www.youtube.com/watch?v=LKLjg1Lb03Y&feature=email -do citado grupo é uma subtil forma de censura mais que prévia. Com a maior das poucas vergonhas, os responsáveis (por playlists e outras barbaridades formatadoras do gosto e do pensamento) conseguem tentar justificar-se mantendo uma cara séria e parecendo que argumentam acerca de custos e orçamentos de pregos e cimento... Há uma desfaçatez nisto tudo que incomoda e deliberadamente interfere com a nossa liberdade de opinião. Não se trata da qualidade da música. Não se trata do grupo que é. Apenas em causa está a divulgação pública de uma canção incómoda. Mas, a história da música popular não é feita de incomodidades? Se fosse hoje a geração de baladeiros e cantautores tinha sido fuzilada? Então agora a música, as artes têm de ser bem comportadas? Então só porque temos eleições este ano, o poder não pode sequer ser mencionado? Então ...



O tema chama-se 'Sem Eira nem Beira', mas não há ninguém que não o conheça por 'Sr. Engenheiro'. É uma das faixas mais comentadas e cantadas na rua do último disco dos Xutos & Pontapés, lançado a 6 de Abril. Mas, nas rádios nacionais só passou uma vez, uma única vez. Foi na Antena 3.
Os dados são avançados pela editora da banda, a Universal Music, que pagou a uma empresa para monitorizar três músicas do novo álbum, para saber exactamente quantas vezes foram tocadas. 'Quem É Quem', o primeiro single do disco, passou mais de uma centena de vezes. E 'Perfeito Vazio', o segundo single a ser lançado, foi o único tema a conseguir um lugar numa Lista A das playlists das rádios nacionais (a lista que obriga a que a música tenha em média quatro passagens diárias), com 136 passagens, só na Mega FM.
Zé Pedro, guitarrista dos Xutos, avança com surpresa: "Parece um complô contra o tema, ou uma espécie de exclusão por poder ferir susceptibilidades. Acho estranho. Parece-me que a música podia ter sido aproveitada como notícia e transformar-se num hipe de rádio", afirma. O músico diz manifestar-se contra o sistema de playlists, mas não critica nenhuma rádio por optar ou não por passar um tema dos Xutos. "Compreendo que, estando esta música a ferver, na boca de toda a gente, as direcções das rádios possam ter preferido não a passar por estar em cima da mesa como uma canção de contestação", adianta Zé Pedro, frisando que para os Xutos o sucesso da música é claro. Durante os concertos da banda, o tema é o que tem provocado maior vibração junto do público, aquele com que as pessoas mais se identificam, e a sua procura na Internet tem ultrapassado todas as expectativas. "Sentimo-nos compensados, portanto", afirma o guitarrista. A humorista Maria Rueff, que no seu programa "O Exame de Dona Rosete", na TSF, fez uma rábula com o tema, afiança que "é muito estranho a música não passar nas rádios", e considera pertinente que se investigue porquê.
Contactados pelo Expresso, os directores das maiores rádios nacionais refutam a ideia de qualquer tipo de censura, quer vinda do exterior quer criada internamente. António Mendes, director de programas da RFM, afirma que aquela é uma rádio musical que tem por objectivo tocar e fazer sucessos e que o boom do 'Sr. Engenheiro' nos jornais e televisões (recorde-se que o primeiro vídeo do tema passado pelo 'Jornal Nacional' da TVI foi para o ar a 15 de Abril) chegou a meio da fase de lançamento de "Perfeito Vazio". António Mendes adianta, no entanto, que a canção "se trata de um fenómeno político e não de um fenómeno popular". Nelson Cunha, director de programas da Mega FM, vai mais longe, explicando que a rádio "não está vocacionada para questões políticas, nem quer disso fazer bandeira. Os nossos princípios são de isenção musical e política".
José Marinho fala em nome da Antena 3, a única rádio que passou a canção portuguesa mais polémica da última década. "Não fazia sentido sermos a única rádio a tocar o tema. Fazê-lo isoladamente podia não ter bons resultados para nós, ainda por cima quando o tema ainda nem tem suporte vídeo", afirma. "Mas isso não significa que a canção esteja proscrita e que não venha a ser tocada num futuro próximo. Há três eleições a caminho e o tema é quente", conclui.
Também Pedro Abrunhosa, que em 1995 fez furor com 'Talvez F...", música que se transformou num hino anti-Cavaco (era então primeiro-ministro em final de mandato, tal como Sócrates agora), não quis comentar o assunto. Recorde-se que as improvisações do músico à letra da canção, substituindo o "e eu e tu o que é que vamos fazer", por "e eu e a Maria o que é que vamos fazer", não fizeram com que o tema fosse excluído das rádios. in EXPRESSO 30 Maio 2009 http://clix.expresso.pt/musica-anti-socrates-dos-xutos-varrida-da-radio=f517786

quarta-feira, maio 20, 2009

Bélgica - a fuga lamentável

A motivação para atingir elevadas performances sempre foi intrínseco ao Desporto. O que por vezes tem levado alguns, a "pisar o risco" na utilização do "doping", com conhecidas implicações para a sua saúde. O Culturismo discutivelmente referenciado como um desporto, não consegue fugir à fama de sobre grande parte dos seus praticantes pairar um submundo em que proliferam as "substâncias mágicas" que ajudam a moldar a musculatura e o corpo. Agora na Bélgica o caricato aconteceu... Contado acho que tem muita graça, mas eu pagava para ter assistido.




Um grupo de atletas de culturismo fugiu de uma equipa de fiscais de controlo anti-doping na Bélgica. O campeonato da modalidade foi cancelado devido ao sucedido.O campeonato de Culturismo foi cancelado devido a uma fuga de 20 atletas do pavilhão desportivo de Bruxelas. A fuga ocorreu devido à chegada de uma equipa de fiscais de controlo anti-doping.Hans Cooman, autoridade belga anti-doping, declarou que «só há uma conclusão a retirar: havia doping». As acusações de Hans Cooman não foram desmentidas pela federação de culturismo da Bélgica.Como refere o jornal desportivo belga «Sport-Planet», Cooman lamentou o facto deste desporto ter «um longo historial de doping», sublinhando que o incidente «só piora a sua reputação». O fiscal anti-doping anunciou que vai aplicar processos disciplinares aos atletas em fuga.

in Fábrica de Conteúdos http://www.fabricadeconteudos.com/?lop=artigo&op=8f14e45fceea167a5a36dedd4bea2543&id=8e9eb9d8cd467fa30625bec031515898

terça-feira, maio 19, 2009

Um Estado de cócoras

A fragilidade do Estado e suas estruturas, já se faziam sentir com a proliferação "desta espécie de entidades reguladoras" que não regulam nada e fazem de conta. Agora, ficamos a saber que a banca para cumprir a lei cobra-se. Os bancos, para responder às suas obrigações sociais perante todos nós, como prestar informações acerca de contas bancárias duvidosas, fazem-se cobrar de forma escandalosa. Portanto, 2,3 milhões foi quanto custou ao Estado receber informações. Resta-nos a consolação de que tais informações devem ter vindo escritas em papiro, caligrafia egípcia desenhada e reforçada a ouro e perfumada com sais desenterrados na Capadócia...



Fisco paga 2,3 milhões de euros para ver as contas bancárias dos contribuintes
Nos últimos três anos, a Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) pagou à banca 2,3 milhões de euros para poder aceder à informação bancária dos contribuintes sobre os quais pendiam suspeitas de evasão fiscal. in

domingo, maio 17, 2009

Feira Medieval - o mérito das redes


A Alta Vila engalanou-se no último sábado para receber uma Feira Medieval. A Feira Medieval dinamizada pelo Agrupamento de Escolas de Águeda, Escola Secundária Adolfo Portela e um vasto conjunto de IPSS com o apoio da autarquia local e de diversas foi um sucesso de visitantes e de novidades e diversão. A prova provada de que quando as ideias têm pernas para andar e a lógica de parcerias funcionam, as iniciativas valorizam os espaços, juntam as pessoas e facultam novas experiências aos mais novos. Nunca tinhamos observado tanta gente na Alta Vila, ouvindo alguns dizer que era a primeira vez que lá tinham ido...

Capadócia

"Visitar a Capadócia era desde há muito tempo um sonho de minha mulher e, depois de ler alguns livros sobre a Capadócia, eu próprio comecei a sentir-me atraído por uma visita a esta parte da Turquia", afirmou, depois de visitar o museu ao ar livre e a Igreja Tokali. in http://sic.aeiou.pt/online/noticias/pais/Maria+Cavaco+Silva+cumpriu+o+sonho+de+visitar+a+Capadocia.htm


Aqui está um excelente momento para o nosso PR estar calado. Ficámos a saber que o nosso dinheirinho "também serviu" para concretizar um sonho viajante da sua Maria. Todos temos viagens sonhadas e prometidas no tempo. Uns fazem-nas, outros não. Esta democracia dá para tudo... Somos uns mãos largas.