segunda-feira, fevereiro 26, 2007

O Futuro intra-uterino em Águeda

Pelouro do Desporto prepara o Futuro
15-02-2007

A Câmara Municipal de Águeda, através do Pelouro do Desporto, irá desenvolver aulas de preparação para o parto no Complexo das Piscinas Municipais, bem como uma acção de formação de apoio ao associativismo desportivo. (site CMÁgueda).


De intra-uterino se define o destino....

A demência galopante...

O Ministério da Educação está a regulamentar a carreira dos seus professores. Não com a busca da qualificação dos professores, antes ofendendo a sua dignidade humana, ao considerar para contabilização da sua assiduidade ao longo dos anos, as faltas dadas por motivos de saúde, formação profissional e inclusivé (pasme-se!!!) por nojo. Como afirma um dirigente sindical "Se um professor a quem morra um filho ficar em casa os cinco dias previstos na lei fica automaticamente com quase zero pontos na assiduidade. É totalmente ilegal, além de ser de uma violência e injustiça terríveis" (Público, 26.02.07).
Há um desnorte que já tem pouco de orientação política e de racionalidade de gestão da administração pública. Estamos no limiar do delírio governativo, com graves implicações na vida das escolas portuguesas e imprevisível impacto futuro. Até quando?
Biba o TGV e o Aeroporto da Ota canhões do nosso desenvolvimento...

terça-feira, fevereiro 20, 2007

12 quilómetros dinamarqueses e um amigo de Portugal.


Pois, a preparação para a Maratona de Estocolmo no próximo mês de Junho está ligeiramente emperrada. Desde o inicío do ano que não tenho treinado como devia mas, com as temperaturas baixas que se fazem sentir nesta época do ano em Estocolmo, hoje, por exemplo, estão -10, não permitem grandes correrias. Ainda por cima com o piso gelado, as quedas espreitam. Os únicos quilómetros que fiz este ano foram em Copenhaga, onde estive recentemente. Aí, quase parecia que estava em Portugal, salvo seja, sem neve e com temperaturas positivas. A minha visita à pátria da já famosa para nós portugueses flexisegurança, que não tem sido lá muito bem explicada à populaça, tratando-se mais de um grande "show off" por parte dos nossos actuais governantes, tal a diferença das realidades sócio-económicas entre os dois países, foi feita a convite de um amigo meu, CEO de uma multinacional das telecomunicações a operar naquele país. Esse meu amigo, que já passou por Portugal em funções idênticas e, que escolheu o nosso país em detrimento de outros países, influenciado que foi por mim quando questionou Portugal como destino do convite que lhe tinham então feito, é um dos maiores embaixadores que conheço de Portugal por estas paragens do Norte. Nos quatro anos que esteve no nosso país, aprendeu quanto basta a língua de Ruy Belo, ficou a gostar de bacalhau, da forma de estar e profissionalismo dos portugueses nas TIE, do piri-piri e, pasme-se, do café Delta. Depois dos quatro anos passados na doçura portuguesa, regressou a Estocolmo, facto que a mulher não achou grande piada, habituada que estava à realidade nacional, à abertura das pessoas e ao calor dado às crianças. Conheço estes meus amigos desde os meus tempos dinamarqueses, na Universidade de Aarhus nos anos 90, a minha segunda pátria, e o destino fez que nos encontrássemos agora em Estocolmo. De facto, ficámos quase vizinhos, e nestes 3 anos passados aqui, em Estocolmo, este meu amigo muitas saudades carpia do nosso país, outro dos tiques que tinha ganho, a saudade, e quando não corríamos pelos bosques, também têm a "pancada" do jogging, muitas horas passámos a discutir um país que para ele também se tinha tornado familiar e próximo, Portugal. Dizia-me ele, que a coisa que mais lhe irritava nos portugueses era o fatalismo e o imobilismo face aos problemas, ou seja, a resignação e a falta de ambição quanto ao futuro, o que, para um escandinávo, é muito mal visto. Enquanto, digamos, num determinado problema um escandinávo antevê logo a hipótese de arranjar soluções, e daí fazer negócio, o português, dizia ele, fica bloqueado e resignado. Contava-me, ainda, que várias vezes tinha tentado cativar os melhores elementos da sua equipa portuguesa, que no conjunto desta multinacional (estou a falar da maior de todas neste sector), eram dos melhores, a irem para fora, a tentarem outras posições nesse grupo internacional, já que capacidade não lhes faltava. No entanto, tarefa impossível essa, já que esses bons técnicos queriam antes ficar em Portugal, na segurança, em vez de tentarem novos "inputs" e desafios. Dizia-me ele, enquanto bebíamos um café, obviamente Delta, que lhe é enviado de Portugal por pessoas amigas, entre elas eu, na sua casa em Copenhaga com a Suécia no outro lado do estreito de Öresund, que não percebia como é que era possível nestes tempos da "globalização" que também passa pelas carreiras, os portugueses serem tão apegados ao seu território, quase que renegando o passado, quando partiam por esse mundo fora em barcaças e com muito engenho, dando novos "mundos" ao Mundo. No regresso a Estocolmo, no comboio sueco X2000, ecológico e amigo do ambiente lê-se no seu dorço (http://www.sj.se/sj/jsp/polopoly.jsp?d=260&a=342&l=en&l=en), idêntico aos nossos pendulares, e que faz a ligação entre as duas capitais escandinávas em 5 horas (os suecos e dinamarqueses, economias débeis... não querem ouvir falar em TGVs e alta velocidade, já que consideram um luxo muito caro, os pendulares que andam mesmo a 200 Km, chegam e sobram para as necessidades), enquanto atravessava a ponte Öresundsbron (http://osb.oeresundsbron.dk/frontpage/?lang=1) entre Copenhaga e Malmö, lembrei-me destas conversas sobre Portugal com este meu amigo e recordei-me de um estudo efectuado por Maria Filomena Mónica, socióloga brilhante, onde, entre outros tópicos analisados, o que me vêm à memória, reside sobre a (falta) de mobilidade dos portugueses. Maria Filomena Mónica, (injustamente) mais conhecida pelo seu "Autobiografia Bilhete de Identidade", e autora de uma fabulosa biografia de Eça de Queirós, do que pelo seu papel na Sociologia no nosso país, efectou um estudo sobre os comportamentos da sociedade portuguesa, antes e pós 25 de Abril, chegando à conclusão que os portugueses, por norma, não são dados à mudança, ficando-se geralmente pelo seu pequeno perímetro regional. Logo, os sonhos são regionais. E lá fora, a paisagem monótoma e verde da Småland sueca, quilómetros atrás de quilómetros de árvores e mais árvores, berço de uma empresa que nasceu regional e transformou-se na multinacional referência do seu sector, a IKEA, vai passando qual TV plasma. Será o nosso fado?
Obs. Texto escrito enquanto ouvia a emissão online da fabulosa "Rádio Radar Lisboa" (http://www.radarlisboa.fm/main.php?id=1).

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

As funções do Estado e o estado das funções ...


Pobre país em que os seus cidadãos para fazerem ouvir a sua voz e lutar por aquilo que julgam ser seu de direito têm de gritar, berrar, ocupar a via pública, ...até chegar ao ponto de cortar as fronteiras do país, como fez a população de Valença.

Os esforços dos militares da GNR foram insuficientes para travar o protesto de mais de um milhar de pessoas que, ontem, invadiram a ponte internacional entre Valença e Tui (Galiza) contestando a intenção do ministro da Saúde de encerrar a urgência local, uma das 14 que vão encerrar de norte a sul do País. Questionado pelo DN, o presidente da Câmara de Valença (PS) admitiu recorrer aos tribunais para travar a decisão do Governo. (DN 19.02.07)

Não estamos a falar de cuidados médicos especializados. Não se trata de colocar um aparelho de TAC em cada freguesia e aldeia. Não se trata de ter uma maternidade em cada vila. O país observa e não entende. O país adormecido pela contra-informação das excelentes agências de comunicação, sente os problemas na pele e não compreende decisões tomadas em Lisboa, no ar condicionado de um gabinete olhando friamente para gráficos e números. O país não entende porque deve deixar de ter acesso ao que é básico e fundamental, o acesso à saúde. Se o Estado não é capaz ou não quer assumir essa função quem a cumpre? O Grupo Mello?
Até quando os brandos costumes portugueses suportarão com a generalizada passividade estas políticas?



Biba o TGV e o Aeroporto da Ota canhões do nosso desenvolvimento...

domingo, fevereiro 18, 2007

Referendo sobre IVG - humor com humor se paga

O país votou no referendo sobre a despenalização da IVG. Águeda desta vez destoou do distrito de Aveiro e coincidiu com o país, votando maioritariamente no Sim. Mas globalmente, pará do radicalismo patético de apoiantes de um lado e de outro, apetece-me dizer que se o Sim a favor da regionalização administrativa e política do país, foi derrotado pelo excelente programa de humor político "Contra-informação", desta vez o Não foi derrotado pela excelente imitação do contorcionista professor M, em apenas 1 minuto e 56 segundos de Ricardo Pereira do "Gato Fedorento" ... http://www.youtube.com/watch?v=e6Fx7iWAFLU
É caso para dizer humor com humor se paga...

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Plano de Mobilidade - explicado o engano

Afinal o Plano de Mobilidade de Águeda, não se devia assim chamar. Num post de resposta a um munícipe na discussão pública on-line do referido plano, podemos ler a resposta da CMA:
Em primeiro lugar queremos agradecer a sua participação.Reconhecemos que a terminologia usada não foi a mais adequada - plano de circulação seria o mais indicado.De qualquer forma, o que pretendemos é discutir soluções, debater idéias e melhorar a nossa proposta com a colaboração de todos.Continuamos a contar com a sua colaboração.
Portanto, onde se lê mobilidade devia ler-se circulação...
Mas espera aí, os peões não circulam? As bikes não circulam? Até o Pedro Santana Lopes disse que ia andar por aí...

domingo, fevereiro 11, 2007

Vistos de fora









Confesso que o "olhar" estrangeiro sobre Portugal e os portugueses me fascina. Sempre entendi que a frieza e distância de olhares alheios nos podem facultar perspectivas de reflexão sobre um quotidiano demasiado próximo. Sou um fã das colunas de jornais que entrevistam estrangeiros e constato a nossa insignificância europeia quando estamos ausentes na comunicação social europeia. Então "nuestros hermanos" só têm lugar cativo para dois portugueses - retirando obviamente as épocas douradas da figomania - Saramago e Siza Vieira. Hoje dia de referendo sobre a IVG em Portugal fui surpreendido por um título de 1ª página no Liberatión, pelos motivos que nos isolam e tristemente dão de nós imagem de um povo fervorosamente católico e ancestralmente controlado pela Igreja Católica.


Trente-trois ans après la fin de la dictature, le Portugal va-t-il rester avec Malte, la Pologne et l'Irlande l'un des quatre pays d'Europe où l'avortement est quasi impossible ? Près de 8,4 millions d'électeurs sont appelés ce dimanche à répondre à la question suivante : «Etes-vous pour la dépénalisation de l'interruption volontaire de grossesse, si elle est réalisée à la demande de la femme, dans les dix premières semaines de grossesse, dans un établissement de santé légalement autorisé ?». En 1998, lors d'un référendum similaire, le pays s'était dérobé face à ce choix de société : seulement un Portugais sur trois s'était déplacé, et le non l'avait emporté de justesse (50,07 %).
Sur le même sujet
«Ces procès: un jeu de massacre»
«Plaie sociale». Neuf ans plus tard, le contexte a changé. Le nouveau chef du gouvernement José Sócrates, contrairement au Premier ministre de l'époque, António Guterres, lui aussi socialiste, s'est clairement engagé en faveur du oui. Il s'agit, selon lui, d'en finir avec cette « plaie sociale » des 20 000 avortements clandestins annuels. C'est un pas, dit Sócrates, vers «la consolidation d'une démocratie plus mûre» qui donne le libre choix aux femmes.
Autre nouveauté, le phénomène des mouvements citoyens a pris de l'ampleur, contribuant à sortir le débat de l'hémicycle et du clivage gauche-droite traditionnel.
Seulement autorisée en cas de viol ou d'indication médicale, l'IVG est passible de trois ans de prison. Depuis l'échec du référendum de 1998, une trentaine de femmes ont ainsi été jugées et une quinzaine condamnées à de la prison.
Dans ce pays sous forte influence catholique, l'Eglise pèse de tout son poids. Tout en prétendant ne pas donner de consigne de vote, le cardinal-patriarche de Lisbonne s'est chargé d' «éclairer les consciences» : «toute vie est un don de Dieu», «aucune décision humaine contre la vie n'est légitime», a lancé cette semaine Mgr José Policarpo. En chaire, nombreux ont été les curés zélés qui ont menacé d'excommunication ceux qui oseraient voter oui.
Participation cruciale. A en croire les derniers sondages, le oui est en tête. Mais l'ampleur de sa victoire ­ de 52 à 58 % ­ varie beaucoup d'un institut à l'autre. Quant à l'abstention, qui doit être inférieure à 50 % pour que le référendum soit valide, c'est aussi l'une des grandes inconnues : elle varie, selon les enquêtes, de 11 % à 45 %.

Os milhões de euros que a CE faz entrar neste país, são migalhas quando comparados com coisas como esta, que transmitem e confirmam um país ao nível do fundamentalismo muçulmano, nos valores e crenças e principalmente na opacidade de relações Estado-Igreja Católica.

sábado, fevereiro 10, 2007

Funções nucleares...

Esta semana, foi introduzido na agenda do debate político e laboral um novo item: o vínculo contratual dos trabalhadores do Estado. Mais do que discutir os contornos e as razões daquilo que o nosso governo parece estar a reservar para esses ‘mandriões’ que são os funcionários públicos, tão resistentes à mudança e à inovação porque, na sua maioria (dois terços, dizem…), regalados com o carácter vitalício do seu emprego, parece-me relevante tecer breves considerações sobre a ‘ideologia’ ou a lógica que parece estar por trás desse novo item. E faço-o tendo por base as declarações de um membro do governo às nossas TVs, as quais culminaram com a ilustrativa conclusão de que apenas as funções nucleares do Estado seriam preservadas do assalto à natureza vitalícia dos contratos da função pública. Segundo o governante, funções nucleares do Estado são aquelas que se relacionam com a segurança (tropa, polícias…) e com a justiça (juízes, magistrados…). Só posso concluir que coisas como a saúde e a educação deixaram de ser nucleares. São o quê? Acessórias? Uma chatice porque implicam suportar financeiramente coisas como o SNS ou a educação e formação dos portugueses? Algo a privatizar, no âmbito daquele paradigma que eficiência é coisa que só pode existir se a gestão for privada? Estará na hora de privatizar o governo, como um visionário economista do Norte uma vez proclamou? Coitada da nossa Constituição…

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

La donna è MOBILE, qual piuma al vento…

Como as palavras dos primeiros compassos da célebre ária do não menos célebre “Rigoletto” de Giuseppe Verdi deixam subentender, falar de mobilidade é falar de inconstância ou propensão para a mutabilidade de um indivíduo. Pondo o romantismo de Verdi de lado, e recordando as maravilhosas aulas de Física III- Electromagnetismo que um tal de Prof. Providência me propiciava quando eu era estudante de Engenharia Civil, falar de mobilidade pode também implicar falar da velocidade que um transportador de carga eléctrica adquire sob a influência de um campo eléctrico (já não me lembro se unitário ou não). Porquê Verdi, porquê Providência? Porque o que me parece estar em causa é aquilo que se entende por MOBILIDADE, e, como o compositor e o físico ajudam a demonstrar… a cada juiz, sua sentença.
Como planeador (também gosto de ‘planar’ às vezes), a minha percepção de mobilidade aproxima-se muito daquela que o RN expõe em post anterior, o que requer, sem dúvida, uma abordagem de planeamento muito abrangente em termos ‘temáticos’ (tráfego, segurança, acessibilidade, funcionalidade, redes, etc.) e, acima de tudo, imbuída de pensamento estratégico. Trata-se afinal de uma abordagem que cai fora daquele que é o ‘cesto’ da tradição da actividade de planeamento, - designadamente urbano-, no nosso país, uma tradição ainda muito baseada em lógicas essencialmente sectoriais (e maioritariamente normativas) de intervenção sobre a transformação ‘física’ da cidade. Numa base especulativa, uma vez que não faço a mínima ideia quais são os critérios utilizados para atribuir o Tanit da mobilidade, penso poder dizer que, tendo em conta tal tradição, não é por acaso que Águeda recebe a tal bandeira prateada devido, pelos vistos, a coisas como a elevação de passadeiras, a substituição de degraus por rampas ou o alargamento de passeios.
Curiosamente, a atribuição do galardão acontece num momento em que Águeda está a desenvolver um Plano de Mobilidade. Poderíamos até pensar que as duas coisas estavam intimamente ligadas, uma vez que a preocupação da CM relativamente à questão poderia ser motivo de reconhecimento por uma associação profissional. Tudo indica que qualquer ligação entre os dois ‘eventos’, se existir, será pura coincidência. Correndo o risco de ser injusto (repito, não conheço quer os critérios da APPLA, quer os detalhes do Plano de Mobilidade), a ‘mobilidade’ da ‘bandeira’ não é a mesma ‘mobilidade’ das setinhas para baixo e para cima que resumem o Plano, até porque os ‘sujeitos’ que exercem as duas ‘mobilidades’ parecem ser diferentes. Será que a bandeira é para os peões e o plano para os que querem ir mostrar o BMW na Avenida? Ou será que a bandeira é ‘show-off’ e o plano ainda não se sabe muito bem…?
Como Il Duca di Mantova diz no Rigoletto, “in pianto o in riso, é menzognero”…

sábado, fevereiro 03, 2007

E agora ... algo completamente diferente (VI)


Fermentelos na Casa da Música

Banda Marcial de Fermentelos actua domingo na Casa da MúsicaO concerto «Ao Meio Dia» do próximo domingo trará a presença e a música da Banda Marcial de Fermentelos ao palco da Sala Suggia da Casa da Música, no Porto.
Um dos mais carismáticos agrupamentos do género será acompanhado pelo Grupo Coral da Casa do Pessoal do Porto de Aveiro e pelos orfeões de Águeda, do Paraíso Social de Aguada de Baixo, de Vagos e de Vale de Cambra.
Para a execução do recitativo sobre os primeiros versículos do Génesis, uma obra do director musical da orquestra, Luís dos Santos Cardoso, a Banda conta com a participação da soprano Joaquina Ly. O programa contempla, ainda, obras de Jorge Salgueiro e Carlos Marques.
Com Fernando Lopes-Graça em destaque no seu programa, a Banda Marcial de Fermentelos presta homenagem a Espanha, incluindo neste repertório uma fantasia espanhola de Ferrer Ferran, intitulada «Mar i Bel».
A Filarmónica Fermentelense, Banda Velha ou «Rambóia», como é conhecida na sua terra, Águeda, foi fundada em 1868 pelo Padre Alexandre Vidal e fez a sua primeira actuação na vizinha freguesia de Óis da Ribeira, a 13 de Junho de 1870, numa festividade em honra de Santo António.
Uma boa notícia que já tínhamos identificado no bloco informativo da programação de Janeiro/Março da Casa da Música. É o reconhecimento da qualidade musical de uma das bandas de Águeda.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Lê-se e não se acredita (VI)


A Associação Portuguesa de Planadores do Território (APPLA) - Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos, distinguiu o Município de Águeda com a Bandeira de Prata da Mobilidade para Todos.
A APPLA, Associação Portuguesa de Planeadores do Território, entregou a Bandeira de Prata da Mobilidade ao Município de Águeda, no dia 29 de Janeiro de 2007, em cerimónia realizada no Salão Nobre da autarquia. Recorde-se que Águeda foi um dos municípios fundadores da Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos, tendo recebido a Bandeira Verde da Mobilidade no dia 21 de Abril de 2004.

O facto do município de Águeda receber agora a Bandeira de Prata da Mobilidade para Todos significa que a autarquia tem sabido executar uma estratégia de desenvolvimento municipal que tem em linha de conta preocupações com a eliminação de barreiras que transtornam o dia-a-dia dos cidadãos. Os obstáculos à mobilidade considerados são, por exemplo: a dimensão reduzida dos passeios; a ausência de rebaixamentos das guias de acesso às passadeiras; a localização de candeeiros de iluminação pública, painéis publicitários e papeleiras; e descontinuidades provocadas pela má localização de sinais de trânsito, de prumos, de obstáculos comerciais, de quiosques e caldeiras de árvores.

Este reconhecimento por parte da APPLA mostra o muito que se fez para que barreiras arquitectónicas deste tipo fossem eliminadas. O centro da cidade de Águeda, por ser o mais utilizado e também porque concentra um maior número de serviços e equipamentos públicos, foi aquele onde este projecto teve maior incidência.

Entre os exemplos apontados durante a apresentação da avaliação das intervenções realizadas pela edilidade Aguedense encontram-se a substituição de degrau por rampa na Rua Fernando Caldeira, a construção de passeio na Rua Manuel Alegre, a passadeira elevada na Praça Dr. António Breda, a dimensão dos passeios e calçadas dentro da área de adesão, bem como a criação de rampas de acesso em diferentes pontos e a remoção de obstáculos através da implementação de soluções amigas dos transeuntes.

Foi também apontada a boa prática e o esforço para a eliminação dos obstáculos à mobilidade um pouco por todo o município em edifícios de acesso generalizado ao público, como sendo escolas, juntas de freguesia, e locais de prestação de cuidados de saúde. Foi também recordada a participação da Câmara Municipal de Águeda no II Encontro Nacional da Rede de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos, realizado em Aveiro nos dias 12 e 13 de Outubro, que teve como principal intenção elaborar o ponto de situação dos municípios que se encontravam em fase de avaliação das acções implementadas, e perspectivar o intercâmbio de conhecimentos, técnicas e de boas práticas com as restantes autarquias que compõem esta rede intermunicipal.
Pedro Silva, presidente da APPLA, referiu de forma clara o interesse na participação de Águeda nesta iniciativa de âmbito nacional, sublinhando o interesse da mesma para a melhoria da qualidade de vida das populações, para a segurança dos transeuntes, e para o estabelecimento de cidades e núcleos urbanos vivos.

Gil Nadais, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, que afirmou "Queremos que a cidade seja agradável para quem anda a pé, porque antes de mais nós somos peões", foi peremptório no seu discurso, tendo sublinhado a importância que tem hoje para os cidadãos a eliminação das barreiras arquitectónicas, e destacando os aspectos positivos que trazem para o dia-a-dia das pessoas: maior mobilidade dos cidadãos, maior segurança, melhor qualidade de vida.
A Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos integra quase 100 municípios portugueses.



Esta faz lembrar o antigo Troféu Tanit. Lembram-se? Águeda medalha de prata da mobilidade urbana, só desonra quem atribui tal galardão. Ou a dita Associação é mesmo de "planadores" ou se é esta a defesa de mobilidade urbana que fazem, estamos desgraçados. Atentemos na imagem junto que foi apresentada como qualificante para a mobilidade urbana... Será que o conceito de barreiras arquitectónicas desapareceu da lógica global de cidades amigas da mobilidade urbana? Será que 3 ou 4 placas de trânsito elevadas do solo, duas ou 3 passadeiras diferentes e zonas peonizadas a todo o momento atravessadas por automóveis, dão para uma medalha? Queremos para Águeda a medalha de ouro da mobilidade urbana, mas não por estas razões. Esta da medalha de prata parece um troféu Tanit...
PS - Caro CR impõe-se ouvir a tua autorizada voz, mesmo sabendo que não embarcas em troféus Tanit...