segunda-feira, abril 30, 2007

Rotaincerta.btt





Ontem foi dia grande para o BTT regional. No Encontro 2007 Shimano (http://www.vouga.net/encontro_shimano/encontro.htm) o nosso grupo Rotaincerta.btt fez a estreia mundial do seu equipamento, sendo a mais numerosa equipa presente com 22 betetistas. Aqui fica o registo fotográfico do facto, apesar dos poucos quilómetros da prova (25 Km). Isto é para que neste blog se não fique com a ideia de que estes europeus do sul, são todos sedentários e pouco adeptos das actividades físicas e desportivas. Dominicalmente e com carácter religioso, às 8.45 H junto da Praça da Maçonaria na baixa de Águeda, faça sol ou chuva lá estão os amantes do BTT prontos a pedalar, descobrindo os encantos escondidos do nosso concelho e não só...

domingo, abril 29, 2007

150 K


A 40 dias da dolorosa, este mês de Abril foi feito para ganhar endurance, ou antes, pernas e mais pernas. E, verdade seja, dita, posso considerar-me como satisfeito. Acabei o mês com 150 K, o que se pode considerar razoável, tendo, por 3 vezes, feito meais-maratonas. Depois dos problemas sentidos com os dedos dos pés e pelo desgaste das Asics (umas Cumulus), dei por bem entregue a visita que fiz à loja Löplabbet (http://www.loplabbet.se/), especialistas em artigos destas coisas. Aí, depois de ter feito um teste no tapete rolante, experimentei vários tipos de sapatilhas, tendo a escolha recaído numas New Balance (umas 1061), que se têm estado a portar muito bem. O ritmo das minhas correrias tem sido controlado pelas músicas que carreguei no Ipod. Tenho ouvido vezes sem conta muito Cure, Smiths, Morrissey, o magnífico Antony and Johnsons, de que irei assistir ao seu concerto na Suécia, a 2 de Junho, numa pedreira transformada em sala de espectáculos ao ar livre, sítio divinal a caminho do Pólo Norte, o Dalhala (http://www.dalhalla.se/), Prince, Bryan Ferry, consegui bilhete para o seu espectáculo de 29 de Maio em Estocolmo onde irá, espero, tocar os 11 clássicos de Lou Reed, no Circus, uma sala de espectáculos de circo criada em 1892 e agora transformada em sala de concertos (http://www.cirkus.se), assim como o indespensável Bowie. Também tenho portugueses, ou antes, só GNR do Reininho e do Tóli, antigo colega do Porto, com os magníficos "Dá fundo" e "Efectivamente". Bem, com esta pedalada toda, ainda fico pelo caminho. Se calhar, era melhor ter colocado umas coisas assim mais para o calmo, sei lá, música New Age, ou então os acordes de acordeão dos meus conterrâneos Danças Ocultas. Tenho que pesquisar o tipo de música deles, já que, perdoem-me a ignorância, não conheço por aí além. O único aspecto deste final de mês, para variar, tem sido o tempo. Hoje, por exemplo, estiveram 10 positivos, enquanto que na passada quinta estiveram 22 positivos. Estas mudanças constantes de temperaturas, aliado ao facto de estarmos a assistir à desfloração das árvores num país que é, literalmente, só árvores, e ao consequente aumento das quantidades de polem no ar, tem-me provocado alergias, irritações nos olhos, espirros frequentes e até asma, limitando os treinos, já que fico sem ar. A quantidade deste pó amarelado este ano tem sido razoável, para uma pessoa como eu que têm propensão a alergias e que geralmente reagem de forma negativa a este pó, que, se bem me recordo, nunca encontrei fenónemo idêntico em Portugal. Na Dinamarca este tipo de alergia é conhecido por "hojfeber", e, em Portugal, como sendo a febre do feno. Já consultei médicos alergologistas, sem grande sucesso, e agora ando às voltas com as receitas (bolinhas) que me foi receitado por uma médica homeopata finlandesa, a ver se a coisa muda. Ainda tenho para mais umas 3 semanas, de certeza que me irá influenciar na corrida do próximo 5 de Maio, a "SpringCross", 12 K às voltas pela ilha de Djurgården (http://www.springcross.se/Start/index.cfm), já que se trata de um parque, logo, com imensas árvores e uns eléctricos castiços como o da fotografia. A ver vamos.

Danças Ocultas - o reconhecimento não efémero




O jornal "Público" está a editar uma colecção em CD comemorativa dos 50 anos da Música Portuguesa, intitulada "O Melhor da Música Portuguesa". Acontece que no seu sétimo volume, "Os Grandes Intérpretes", no CD dedicado aos grandes instrumentistas portugueses surge o grupo Danças Ocultas (http://dancasocultas.weblog.com.pt/) verdadeiro orgulho aguedense, portador de uma sonoridade que tendo-se inicialmente inspirado nos tangos de Astor Piazolla, soube construir uma identidade própria reconhecida no meio musical. Não se trata de publicar mais um CD. Ser escolhido para integrar uma obra ao lado de nomes como António Pinho Vargas, Madredeus, Carlos Paredes, Rão Kyao, Júlio Pereira, Opus Ensemble, entre outros é de assinalar e saudar. Através do tema Contradança os Danças Ocultas, 4 rapazes de Águeda ficam na história da música portuguesa. É sempre bom assinalar e ampliar este reconhecimento, vindo não dos tops, de modas musicais, de políticas de marketing musical, mas antes de DAvid Ferreira responsável pela colecção e um dos maiores conhecedores de música portuguesa.
Parabéns Danças Ocultas

quinta-feira, abril 26, 2007

Os lisboetas provincianos



Ontem 25 de Abril, os lisboetas deram mais uma forte indicação do seu provincianismo ao se esgadanharem todos para passar pelo novo Túnel do Marquês de Pombal, a pé, de skate, bicicleta ou de automóvel. Alguns fazendo mesmo tudo para serem os primeiros a passar nessa obra de engenharia plena de segurança rodoviária e factor de acessibilidade urbana...

Eles andavam, eles andavam em passo rápido, eles corriam na direcção do dito túnel. Foram cerca de 12000 os que o fizeram a pé. O poder que tem a comunicação social e todo o circo mediático, bem montado.
Lisboetas ...

sábado, abril 21, 2007

D'Orfeu - Porque tem de ser assim?


A Câmara Municipal aprovou dois protocolos com finalidades culturais. Com o Cine-Teatro foi firmado um acordo que prevê a transferência de 36 mil euros anuais para a sua utilização. Já com a D’Orféu não foi possível o consenso. Os três vereadores sociais-democratas optaram pela abstenção.António Tondela alegou que o protocolo peca por falta de dados. “Não coloco em causa a idoneidade da D’Orféu, mas considero enorme a abertura deste acordo”, referiu o vereador, questionando se a instituição cultural “terá capacidade técnica e humana”.Comentou que “as outras associações dizem que a D’Orféu vai ser a relações públicas da Câmara, no âmbito cultural” e se “representa 50% das verbas de âmbito cultural”.Carlos Almeida defendeu uma maior transparência na atribuição de verbas, “discriminando para que se destinam estes 100 mil euros”.Gil Nadais assumiu que “há riscos, mas vamos ver como resulta”. in Soberania do Povo 18.4.07



O trabalho passado da D'Orfeu merecia mais. A qualidade da sua diversificada oferta e promoção cultural, mereciam mais. Não mais dinheiro, mas mais dignidade e reconhecimento. Não mais dinheiro, mas outra forma de abordar o problema. Não mais dinheiro, mas um consenso político claro em volta da qualidade de um projecto cultural. A D'Orfeu não pode pagar as favas dos outros. A D'Orfeu tem identidade e um projecto próprio, que não pode nem deve ser capturável. Águeda não pode andar meio ano para apoiar um projecto como o da D'Orfeu. Entristece-nos a incapacidade política de obter e buscar consensos em volta de um projecto que é superior à ausência sustentada de políticas culturais no município e às formas e manifestações partidárias de desenvolver oposição.


Porque tem de ser assim?

domingo, abril 15, 2007

E de repente


E, de repente, é Verão. Esta semana a temperatura tem estado nos 20 graus (positivos...), o que, para estas latitudes nesta época do ano, é invulgar e raro. Somente no Verão, e quando os deuses estão bem dispostos e alinhados, é que se atingem temperaturas "tão elevadas". Dir-se-ia que estamos no fim do período de hibernização, as pessoas assaltam as ruas, as esplanadas ganham vida, os parques ficam repletos de uns seres muito branquinhos e de cabelos claros, quais garças esticando os seus longos pescoços para apanhar uns raios de sol, tal é a necessidade que têm em ganhar outra cor, como se o sol lhes permitisse uma outra identidade. Amanhã, quando o Metro de Estocolmo estiver cheio que nem um ovo, será, para um meriodinal como eu, divertido ver a proliferação de escandinavos satisfeitos e orgulhosos do seu bronzeado, ou antes, das suas faces encarnadas que nem um tomate. Enfim, coisas de escandinavos e que faria um dermotologista português brandar aos céus, tal a anormalidade. Esta súbita e bem vinda subida da temperatura permitiu-me aumentar ainda mais a cadência, passando da floresta para o asfalto, já que a Maratona será nessa superfície. Acabada a semana, totalizei 50 K (2 treinos), aumentei a duração dos treinos para as 2 horas, o que, para minha surpresa, correu bem. Psicologicamente foi importante ultrapassar a barreira das 2 horas e ter feito o equivalente a meia-maratona (um pouco mais do que essa distância), e não ter sentido dores resultantes de tal esforço, para além de dores num dos dedos menores do pé esquerdo. Como tudo não é eterno, a partir da próxima terça espera-se uma fronte fria proveniente do norte, o que fará baixar a temperatura para uns olímpicos 5 graus. Daí se compreenda a necessidade e a fobia destas gentes em procurarem o sol.

sábado, abril 14, 2007

Em Águeda as árvores não morrem de pé

Eu gosto de árvores, do verde dos campos e da liberdade que se respira. Independentemente das actuais necessidades de preservação ambiental, as árvores não são simples purificadores do ar que respiramos. As árvores ocupam os espaços e são sua referência. Ao longo da vida habituamo-nos a ver crescer as árvores, a medir com o olhar a sua velocidade de crescimento, a apreciar os seus ciclos anuais pautados pelas estações do ano. O desbaste das árvores da avenida Eugénio Ribeiro é um rito anual citadino. As árvores que preenchiam os espaços de lazer da minha infância, no Adro junto à igreja de Águeda, não serviam apenas para fazer sombra.
Elas apoiavam as nossas actividades, tanto eram balizas de futebol, como encosto para o "calhamontra" ou "aí vai alho". A imagem construída do Souto do Rio é indissociável da grandeza das suas árvores, da sua sombra e porte altivo. O Souto do Rio não seria o mesmo sem as árvores que o caracterizam. Quando hoje percorro o concelho de bicicleta, por pequenas estradas e caminhos escondidos, o nosso olhar espanta-se e fica perdido quando há um corte de pinheiros ou eucaliptos que torna tudo diferente. A paisagem da Quinta do Lacerda tem diferente encanto, após o total abate dos seus pinheiros. Até as subidas parecem ser mais íngremes sem a companhia dos pinheiros.
Vem tudo isto a propósito da observação de que alguém em Águeda não gosta de árvores. Que de forma indiscriminada e gratuíta abate árvores como quem corta um eucaliptal que acabou de fazer 25 anos.
O Parque de Alta Vila é palco de abate de árvores desde há algum tempo, traíndo a sua essência de espaço rico de árvores de várias espécies. Quem estuda aquelas árvores? Quem avalia das suas necessidades? Quem trata delas? Não, a solução é cortar, arrasar e abater árvores talvez centenárias, talvez de espécie rara, talvez tratável, talvez capaz de enriquecer a flora diversa da Alta Vila.


Com a "requalificação" realizada no antigo espaço da praça, junto ao rio, todas as árvores lá existentes foram abatidas. E não eram 2 ou 3, eram dezenas delas que nos habituámos a ver crescer, para agora termos um "betódromo" inútil e desolador.
O Parque dos Abadinhos, a caminho do Sardão, tem um aviso de que as árvores podem cair!!! Mas quando algo está para cair, não é a ordem natural das coisas, impedir que isso aconteça? Aquele belo choupal estará condenado a ser abatido? Quem avaliou o estado dos choupos? Quem diagnosticou o problema? A única solução para uma bela zona verde, próxima da cidade é o seu abate puro e simples? Será possível?

A Varanda de Pilatos na subida para Travassô é uma referência na paisagem da zona. Recentemente as árvores de grande porte que a envolviam foram abatidas. As árvores que desde sempre embelezaram o local, desde sempre fizeram parte da sua essência foram decapitadas. As razões apontadas e publicadas, foram de que se estava a preparar o local para ser uma das sete maravilhas de Águeda..... Contra motivos deste tipo, há argumentos possíveis? Contra visões tão bacocas da preservação do nosso património ambiental, é possível compreender que para se ser uma maravilha o preço a pagar é decapitar as árvores envolventes. Registe-se que a Junta de Freguesia que esteve no abate das referidas árvores, na mesma semana comemorou com as crianças das escolas do 1º Ciclo, o Dia Mundial da Árvore, plantando uma árvore ....
Em Águeda está provado de que as árvores não morrem de pé. Alguém não gosta delas ao ponto de não cuidar e preservar da sua saúde e de logo que exista uma oportunidade lhes dar ordem de abate. Porquê?
Num tempo de enormes preocupações ambientais, em que a qualidade do ar que respiramos depende do nível de florestação, em que o combate à redução de CO2 para a atmosfera está na ordem do dia, nós, pacata e bacocamente abatemos árvores. Num tempo em que por todo o território, se busca definir e qualificar espaços verdes, nós abatemos árvores.

Até quando?

segunda-feira, abril 09, 2007

Portugal simplex...

Dentro de pouco tempo o país ficará a saber que os "mistérios" que rodeiam a Universidade Independente (UI) e a equiparação a licenciado do nosso primeiro-ministro, se deve a um certo desfasamento no tempo. Acontece que a UI sempre foi uma instituição de vanguarda e altamente inovadora e aberta às novas correntes do pensamento contemporâneo. Nada dessas complicações de "pensamento complexo" de Moran e companhia. Assim, na UI fervilharam desde a sua fundação os alicerces das inovadoras políticas de gestão e administração das organizações conhecidas por políticas "simplex". É verdade. Na UI nasceu o actual "simplex", que só agora nós, comuns cidadãos podemos conhecer e beneficiar em pleno. Sorte a do nosso primeiro que com enorme visão estratégica identificou a universidade portuguesa mais avançada, a UI, no desenvolvimento de políticas "simplex". Para quê complicar? Para provar este facto podemos inferir a partir de uma análise comparativa da formação/qualificação de vários primeiros-ministros europeus, como onde outros complicam, nós em Portugal descomplicamos.
Assim, na Grã-Bretanha, Tony Blair, passou no Fettes College e frequentou Oxford e de lá saiu com o canudo vulgar.Na Finlândia, Matti Vanganen, orgulha-se certamente do seu Master of Social Sciences, obtido com mérito, num regime educativo que já fez inveja ao nosso pobre José Sócrates.Na Áustria dos artistas da música, o título de doutorado em Ciência Política pela Universidade de Viena, soa como melodia académica, na Internacional Socialista de que faz parte o chanceler Alfred Gusenbauer.Na França dos intelectuais, Nicolas Sarkozy, pode dizer que tirou um canudo na Universidade de Paris X, em direito público e ciências políticas e um mestrado em direito privado, mas não logrou passar para o prestigiado Instituto de Estudos Políticos de Paris, por causa do…inglês. E conta isso no perfil…Na Alemanha, frau Angela Merkel, a primeira mulher chanceler, é especialista em Física, doutorada.Na Itália, Romano Prodi, ensinou Direito, o que também já fez em Harvard e Stanford, como professor convidado.Na vizinha Espanha, Zapatero, formou-se em Direito, depois de estudos medíocres, mas que ainda chegaram para ser professor.Até na Roménia, o primeiro-ministro Calin Popescu que deixa para cá virem os pobres pedintes, tem uma graduação em Matemática e Ciência de Computação. in http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/
Biba o SIMPLEX!!!!

Just när vi trodde det var över, då kom det igen


Pois. Como o título o diz "logo quando pensávamos que já tinha acabado, lá regressou de novo", refere-se, obviamente, ao regresso do Inverno, a matriz destes povos da Europa de Norte. De facto, esta súbita e, felizmente, curta avalanche de neve já não estava no programa, apanhando, mais uma vez, desprevenidos os suecos e este vosso conterrâneo. E logo eu, quando já tinha armazenado, com a devida alegria, os agasalhos e respectivos apetrechos de Inverno, incluindo os pneus de inverno (na Suécia é obrigatório, de 1 de Dezembro a 31 de Março, a utilização de pneus de inverno, com ou sem pregos). É que nesta altura do ano, depois do longo período das trevas, as pessoas já estão sintonizadas para a Primavera, desesperam pela chegada da bendita luz e o seu consequente efeito no modus vivendi local. Já me habituei ao argumento, tal é a organização comportamental destas gentes, ano após ano. Chega Abril e os suecos, qual Viagra primaverial, transformam-se em borboletas e começam a falar uns com os outros. O vizinho do lado com aspecto sinistro e que parecia saído de algum filme de terceira do Von Stroheim começa a alindar o jardim e a plantar tulipas, outros mudam os móveis das arrecadações para os jardins preparando o grelhador de futuros churrascos, aqueles que possuem barcos de recreio, e são muitos, colocam os barcos na água, outros deslocam-se para as casas de campo, as "stugas", para repararem os eventuais estragos causados pelos seis meses de Inverno, as motos e os cabrios saiem das garagens (é impressionante o número de cabrios num país com um clima como este), o fraquíssimo campeonato indígena de futebol começou este fim de semana (até existe uma equipa que se chama os rapazes de Bromma, uma zona de Estocolmo, "IF Brommapojkarna", e pela qual irei este ano torcer. Marcador: http://brommapojkarna.se/), enfim, parece um outro país. As pessoas andam mais alegres, mais continentais na forma de vestir, movem-se com mais ligeireza, as esplanadas ganham vida, dá para perceber que o clima, de facto, condiciona a forma de ser e estar das pessoas. Pois, com este breve nevão, que se tornou a notícia do dia (os acidentes durante a Páscoa são poucos), a coisa é, como se percebe, para cuidados e deixou as pessoas apreensivas. Bem, com neve ou sem ela, o plano de preparação da Maratona não parou. Hoje de manhã quando me lancei à estrada, o aspecto era o da fotografia, e que aliado às baixas temperaturas, dá uma sensação um pouco, digamos, surrealista. O que vale é que amanhã este breve tempo polar desaparece, voltando a normalidade primaveril.

sábado, abril 07, 2007

Águeda - Tertúlias literárias

Com carácter mensal, a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal de Águeda têm vindo a organizar tertúlias literárias, em diversos espaços da cidade. É uma iniciativa que para lá do formato - apresentação laudatória qb, leitura pelos jograis, conversa do autor e questões dos participantes - tem ganho espaço. A última iniciativa trouxe até nós o escritor timorense Luís Cardoso - http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Cardoso_de_Noronha - que alternando reflexões entre a sua escrita, a cultura timorense e a actualidade política em Timor se revelou uma muito agradável surpresa. O interessante destas tertúlias literárias é muitas vezes a forma como a troca de opiniões se cruzam aleatoriamente com as análises da realidade social e política. Já passaram por esta iniciativa Rui Zink, Afonso Melo, Teolinda Gersão, Mário Cláudio e outros. De forma inteligente têm tido lugar em espaços públicos diferentes da cidade. Uma boa aposta.

segunda-feira, abril 02, 2007

Águeda notícias boas

Nem sempre o nome de Águeda surge nos media, por bons motivos. Assim é de salientar quando o é por nobres e inovadores motivos, pela mão da normal actividade da D'Orfeu:


Aula grátis capta executantes para instrumentos tradicionaisUma aula de música gratuita, em Águeda, está a atrair cada vez mais interessados que ali vão pedir ajuda para dificuldades de execução, afinar um instrumento ou, simplesmente, aprender as primeiras notas.
A ideia está a ser desenvolvida com sucesso pela associação cultural d´Orfeu, de Águeda, que encontra aí um meio simples e eficaz de captação de novos alunos para a sua escola de música tradicional, sendo uma das poucas instituições no País com percurso pedagógico reconhecido na área das músicas tradicionais e a sua escola de música concede formação específica e qualificada em instrumentos tradicionais, valorizando músicas do cancioneiro português e local.
As aulas grátis são às quartas-feiras, ao final do dia, e já houve semanas em que apareceram 15 alunos de uma vez, segundo o formador, Vítor Fernandes, mais conhecido por «Bitocas», esclarecendo que «é como a urgência de um hospital: se a pessoa precisa, segue para o internamento, que são as aulas regulares».
Criada em 1995, em Águeda, com o objectivo de dinamizar actividades culturais através da música, a d´Órfeu tem procurado renovar e inovar a música tradicional e, além da escola de música, tem feito a recolha do cancioneiro local e promovido espectáculos que integram circuitos internacionais, como «Toques do Caramulo», seleccionado para integrar a Rede Galega de Música ao Vivo.
Diário Digital / Lusa
01-04-2007 16:49:36