terça-feira, abril 29, 2008

Sempre o leitão

Águeda muda de actores políticos, mas as estratégias de intervenção mantêm a identidade regional. E nesta o leitão assado à moda da Bairrada dificilmente, deixa de ser rei e senhor. Agora, segundo o centenário semanário cá do burgo SP - http://www.soberaniadopovo.pt/portal/index.php?news=6576 - foi o Estoril Open a render-se aos sabores do leitão. Estamos a imaginar aqueles betinhos da linha a ficar ensaboados gordurosamente de leitão, ou o tenista finalista que perdeu para Roger Federer, por lhe ter caído mal uma sandolas de leitão...


A gastronomia aguadense e da Bairrada estiveram representadas ao mais alto nível no último Estoril Open.O Restaurante Vidal, na verdade e em colaboração com as Caves Aliança, foram convidados a estarem presentes neste torneio mundial de ténis - o primeiro com o famoso leitão assado. As sandes deste invulgar petisco foram verdadeiras “campeãs”. As Caves Aliança apresentaram o espumante da Bairrada, ambos marcando presença de verdadeiros ex-libiris da região.Foi, na realidade, uma semana da arte de bem servir este grande iguaria portuguesa e de levar ao mais alto nível o nome de Aguada de Cima e da região na Capital Mundial do Ténis. in SP

quarta-feira, abril 23, 2008

Aveiro - por um metro de superfície

Organizado pela autarquia de Aveiro, o seminário «Metro Ligeiro de Aveiro – que repercussões na Economia, no Ambiente e na Mobilidade o justificam?» visa debater e considerar a implementação daquele meio de transporte na cidade, contando com as intervenções de representantes de entidades e empresas do sector dos transportes e de especialistas em mobilidade.
O objectivo da sessão passa também por promover a reflexão sobre os meios de transportes mais capacitados para responder, simultaneamente, aos desafios da modernidade e à preservação da identidade da cidade, e por reunir contributos que enriqueçam a «Política de Cidades, Mobilidade e Transportes».
Os interessados em participar no seminário poderão efectuar a inscrição (ficha disponível
aqui) na Casa Municipal da Cultura – Edifício Fernando Távora, de Segunda a Sexta-feira, das 9h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h00, através do telefone 234 400 551, fax: 234 377 765 ou endereço electrónico metroaveiro@cm-aveiro.pt.

O programa completo é o seguinte:09h30 – Recepção aos participantes10h00 – Sessão de Abertura pelo Presidente da autarquia, Dr. Élio Maia10h15 – Presidente da GAMA – Grande Área Metropolitana de Aveiro de Aveiro, Eng.º Ribau Esteves10h30 – Secretária de Estado dos Transportes, Eng.ª Ana Paula Vitorino10h45 – Sistemas Ferroviários Ligeiros: custos e adequação - Eng. Juvenal da Silva Peneda Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte – CCRN11h00 – Almada: a um metro do futuro – Eng. Mário Alves Consultor em Transportes e Mobilidade11h15 – Pausa para café11h45 – Implementação de Sistema de Metro Ligeiro com aproveitamento de linhas ferroviárias pré-existentes: uma reflexão – Prof. Álvaro Seco Metro de Mondego12h00 – Metro do Porto, os primeiros anos do sistema – Dr. Nuno Aleluia Metro do Porto12h15 – Alargar Horizontes – Dr. Paulo Reis Transdev12h30 – Debate – moderação a cargo do Prof.
Jorge Carvalho Secção Autónoma de Ciências Sociais, Jurídicas e Politicas da Universidade de Aveiro13h00 – Intervalo para almoço14h30 – Outros modos: solução complementar ou alternativa – Eng. Robert Stussi Associação Portuguesa do Veículo Eléctrico14h45 – Tram-Train e a estratégia de mobilidade sustentável e de desenvolvimento durável – Eng. Carlos Gaivoto Especialista em Transportes e Mobilidade15h00 – Mobilidade Sustentável: Uma questão de Saúde Pública – Dr.ª Dalila Antunes QUERCUS15h30 – Debate moderado pela docente do Departamento de Mecânica da UA, Prof. Margarida Coelho15h50 – Pausa para café16h15 – Alstom: Sistemas Inovadores em Metros Ligeiros – Eng. Luís Coimbra Alstom16h30 – Sistemas de Mobilidade Urbana da Siemens – Eng. Herbert Seelmann Siemens16h45 – Debate17h10 – Encerramento – Vereador da Mobilidade de CMAveiro Dr. Capão Filipe
Mais informações podem ser obtidas
aqui
Num momento em que alguns se recusam a bater muitas palmas e a considerar fantástico o mero anúncio de uma via rápida portajada Águeda-Aveiro; em que o Vítor Gomes interpela em Águeda o Ministro das Obras Públicas sobre o projecto do metro de superfície para a região eis que a autarquia de Aveiro surge a liderar a marcação na agenda política nacional de algo que remonta ao estudo realizado em 1995: o metro de superfície Águeda-Aveiro-Ílhavo. Para lá daquilo que possa existir em protagonismos pessoais e carreiras políticas de alguns actores políticos da nossa praça regional, importa alavancar a ideia subjacente a este projecto. Como já anteriormente aqui referimos - http://bloguejudeu.blogspot.com/2006/07/vale-do-vouga-metro-de-superfcie-e-tgv.html - o metro de superfície pode constituir-se como um projecto mobilizador de vontades e energias intermunicipais, que vão muito para lá de mais uma resposta a necessidades de acessibilidades e transportes no futuro da nossa região. Tem um enorme potencial, por poder envolver operativamente vários municípios, quebrando com as visões paroquiais do "eu é que fiz" ou "foi no meu tempo" ou ainda "eu é que tinha o nº de telemóvel do ministro" ...
Vamos todos apostar num projecto de metro de superfície que mobilize a região de Aveiro. Que a qualifique em termos de mobilidade interurbana e amiga do ambiente. Que aproxime as urbes em vez de as afastar.
Por quilómetros de metro de superfície!!!

sábado, abril 19, 2008

A iniciativa de promover um Prémio Manuel Alegre (http://www.cm-agueda.pt/PageGen.aspx?MCM_PaginaId=27652&noticiaId=35428&pastaNoticiasReqId=35276) para premiar novos escritores nas suas primeiras obras é uma boa iniciativa, já que coloca em prática a expressão identitária de não esquecer aqueles que ao longo do tempo, da urbe se destacaram. Apesar de esta ideia vir de longe, ainda não tinha sido operacionalizada. Foi pena é que Manuel Alegre não desse o prazer da sua presença. Mas a culpa foi da nossa autarquia, que devia ter em consideração as marés e o degelo serrano, de forma a apanhar o poeta na varanda da Rua de Baixo a clamar sobre o Rio Águeda e os seus campos. Ou então tivessem-no feito em Coimbra, ou até na FNAC do Colombo. Agora em Águeda!!!???

sexta-feira, abril 18, 2008

Eis-me regressado de uma temporada por terras finlandesas. Num contexto em que as poucas notícias com um cheirinho de Portugal metem, quase invariavelmente, um tal de Cristiano Ronaldo, (que soa a qualquer coisa como Querristianô Rrrônaldô em finlandês), não é de admirar a avidez com que me atirei ao Expresso do último fim de semana.

Lisboa é a região da UE com mais auto-estradas”, “Médicos preocupados com ‘boys’ nos centros de saúde”, “A história do grupo de trabalho que... não trabalha”, “Professores recusam dar negativas”, etc.


"Perkele!!!", diriam os nossos amigos nórdicos.
A propósito de auto-estradas e de obras públicas em geral, aqui fica uma foto do aeroporto do segundo centro económico mais importante da Finlândia e localização do maior centro de investigação da Nokia, tirada no domingo ao meio dia. Será que há coisas mais importantes do que grandes e grandiosas infra-estruturas ou do que a taça do campeonato de quem tem mais auto-estradas?

















quarta-feira, abril 16, 2008

A Madeira, Alberto João e o Sr Silva

O Presidente da República Portuguesa está em visita oficial à Região Autónoma da Madeira. Nos entretantos dessa visita o Presidente do Governo Regional "Alberto João Jardim prefere fazer uso da ironia para aplaudir a decisão de excluir a sessão solene da agenda de Cavaco. Referindo-se à Oposição, o presidente do Governo Regional considerou que a cerimónia no Parlamento daria uma imagem negativa da Madeira, ao “mostrar o bando de loucos que está dentro da Assembleia Legislativa”. “Eu acho bem que não haja sessão solene. Acho que o bando de loucos que está dentro da Assembleia Legislativa seria uma péssima imagem da Madeira”, afirmava no sábado o chefe do Executivo madeirense. “Acho que isso daria uma imagem péssima da Madeira e teria repercussões negativas no turismo e na própria qualidade do ambiente”, prosseguiu. Depois de aludir a deputados da Oposição com termos como “o fascista do PND, o padre Edgar (PCP)” e “aqueles tipos do PS”, Jardim rematou: “Eu cá não apresento aquela gente a ninguém”. O líder do PSD-Madeira classifica mesmo a visita do Presidente da República como uma “rotina” que se inscreve nos “hábitos dos chefes de Estado”. in http://ww1.rtp.pt/noticias/?article=339512&visual=26&tema=1


Perante isto que reflexão se pode fazer? Como é possível que uma Presidência da República com Casa Civil, Casa Militar, Chefes de Protocolo, assessores disto e daquilo se sujeite a estes desmandos? Como é possível obedecer calado a um programa de visita? Mas agora os programas das visitas oficiais não são "desenhados" pelas duas partes? Como é possível que um orgão de soberania como a Presidência da República se permita ser achincalhado, não em meras questões protocolares, mas na essência da sua representatividade e articulação inter-institucional, que deve ser a dimensão política? Como é possível fazer de uma visita oficial de um orgão de soberania, uma mera visita de rotina, ao nível de uma qualquer acção administrativa?


Quanto a nós quem pior ficou na fotografia, foi o nosso Presidente da República que teve uma óptima oportunidade para intervir em nome do Sr Silva, impondo politicamente a natureza da visita oficial.


Porque tantos temem tanto Alberto João Jardim?

segunda-feira, abril 14, 2008

Trilok Gurtu - vibrações reduzidas

Trilok Gurtu famoso percussionista - http://www.trilokgurtu.net/ - conhecido por já ter gravado com "meio mundo" da cena jazzística mundial, integrado nas 6ª culturais deu um concerto em Águeda. Devo confessar que o meu desapontamento musical, foi enorme, pois tanto do ponto de vista técnico como criativo, não me pareceu nada de extraordinário. Pelo contrário, um percussionista sentado à volta da fama já alcançada. Isto apesar de sabermos que um percussionista sózinho em palco, é um desafio grande em termos musicais. Para mim, "quero pão", "frango" e uns quantos ensaios de cânticos de plateia é pouco, para quem vinha rotulado de melhor percussionista mundial. Também não se pode acertar sempre!?

sexta-feira, abril 11, 2008

Águeda-Aveiro - a via rápida ao nosso bolso


Para que poucas dúvidas restassem e os espíritos mais entusiastas não se excedessem, parece que o ministro do "oásis" Mário Lino veio a Águeda anunciar que a famosa, desejada e estudada via rápida entre Águeda e Aveiro, vai ser portajada (http://www.diarioaveiro.pt/main.php?mode=public&template=frontoffice&srvacr=pages_13&id_page=3786). Sim, aquela que nos habituámos a ser referida, anunciada e estudada em todas as campanhas eleitorais legislativas por todos os partidos políticos, vai surgir sim senhor, mas vai sair do nosso bolso, vamos pagá-la como se de um luxo se tratasse. Uma via reclamada pelos cidadãos e pelos empresários, verá a luz do dia, mas não haverá QREN que lhe chegue. Haverá QREN para todo o lado, mas para Águeda e região só ... pagando. Quase que me apetece dizer ... que assim também eu. Mas sobre tal facto não há opiniões, não há protestos, não há abaixo-assinados, ... ouvem-se poucas vozes, como portajar uma via rápida de 14 Km considerada estratégica num quadro de acessibilidades regionais fosse a mais natural das decisões. Onde páram os nossos políticos? Onde páram os presidentes da Câmara de Águeda e Aveiro? Onde páram movimentos de opinião sobre o tema? Claro que sou daqueles que ainda espero cá estar para ver se teremos de pagar os quilómetros que fazemos na estradas públicas e o ar respiramos para sobreviver. Esta louca espiral neo-liberal carregada de mentiras enroladas em meias-verdades, têm conseguido convencer a maioria das pessoas. Até quando?

quinta-feira, abril 03, 2008

Águeda e o novo mapa judiciário

Águeda exige a correcção do mapa judiciário na sequência da transferência, à última hora, da grande instância cível para o Tribunal de Anadia. Uma "decisão arbitrária", tomada "sem qualquer justificação" e "um rude golpe para os utilizadores"
O presidente da Câmara de Águeda, Gil Nadais, quer acreditar que a "transferência" da grande instância cível para Anadia, destinada na proposta inicial do mapa judiciário para Águeda, não passará de um "lapso".
O autarca recusa-se a pensar que "as alterações resultaram de pressões ilegítimas, apenas destinadas a calar alguma possível contestação".
Contundente, vai deixando o aviso, num ofício enviado ao secretário de Estado Ajunto da Justiça, José Rodrigues: "Mobilizarei a população do meu concelho para que seja reposta a solução que cumpre as linhas orientadoras da nova organização judiciária, que nos foi oportunamente dada a conhecer e distribuída a todos os autarcas da NUT".
Para o autarca eleito pelo PS, a alteração "sem qualquer justificação" de posições assumidas põe em causa a transparência das decisões, a coerência das políticas e a afirmação "de um Governo que corre o risco de deixar de existir, porque não tem um rumo".
Para o presidente da Assembleia Municipal, Paulo Matos, a falta de união em Águeda emperra o desenvolvimento mas "o Governo deve explicações a Águeda". Trata-se, considera, "um rude golpe para as aspirações dos utilizadores da justiça". In Região de Águeda, 28 de Março de 2008 (
http://www.regiaodeagueda.com/?zona=ntc&tema=1&lng=pt&id=2061)


Parece que as orientações do novo mapa judiciário, relativamente às especificações e tipo de tribunais a fechar, agregar, abrir ou a transferir é um pouco flutuante. Depois da transferência de Águeda para Anadia, pouco fundamentada e sempre mal digerida cá no burgo, parecia que a vingança, apesar de tardia se ia consumar. Mas, a política tem destas coisas. Nem sempre assume a racionalidade e a fundamentação das suas decisões, despertando para "visões integrais" que possam acalmar ânimos e sossegar vozes mais assertivas na defesa das suas posições. Anadia está em "pé de guerra" por causa do encerramento das urgências, sendo a comunidade mais persistente na defesa dos seus pontos de vista, processo acompanhado e apoiado pelo seu Presidente da autarquia. Com visibilidade, com efeito mediático ... Que é uma coisa de que este governo não gosta. Porque pretende que o palco mediático, seja um exclusivo seu. Águeda joga nos gabinetes, nas alcatifas e nos números de telemóveis. Alguns acreditam que no passado "Águeda foi o país". Não nos incluímos nestes, por muito bairrismo que sejamos capazes de assumir. Mas se hoje Águeda num quadro de "um campeonato interior e de escala média-baixa" pretende assumir algum protagonismo e liderança no contexto regional, não o pode fazer na base de disputa de secretárias, gabinetes, togas e valor de processos. O olhar para o futuro exige outra ambição que estimule a vontade de outros concelhos de "embarcar" com Águeda em projectos conjuntos de afirmação regional e nacional. Isto porque, fazer da guerra ao vizinho uma bandeira, é redutor. Conseguimos imaginar a "batalha de Avelãs de Caminho" ou as "escaramuças de Boialvo" como consequência de disputas deste género?

O problema é a forma de fazer política deste governo, medroso dos holofotes da comunicação social e sedento de "show-off" para representação do país de faz de conta. Aqui Águeda também á míngua de outras questões, também pode alimentar a "teoria do inimigo externo" à boa maneira de Pinto da Costa. Sempre se vão fazendo umas manchetes na comunicação social cá do burgo...

Agora é preciso cuidado com a análise de conteúdo dos ofícios que mandam para o governo do nosso PM. O Sócrates assim nunca mais cá vem, fazer sessões de "show-off", nem apresentar "coisas na hora. Ele não deve gostar que digam do seu governo que "corre o risco de deixar de existir, porque não tem um rumo"... Assim, nunca mais vão cantar as Janeiras a Belém...

quarta-feira, abril 02, 2008

Eleições à porta

Jorge Coelho vai administrar a Mota Engil
O ex-ministro socialista recusa "falar sobre o assunto", mas o Expresso sabe que vai ser administrador e entrar para a comissão executiva do grupo industrial. A presidência, não está confirmada.
Quem se mete com o PS leva!!! Lembram-se?
"A vida está cada vez mais difícil", "sempre andei à procura de uma coisa destas", "a minha carteira acumulada de nº de telefones tem de ser rentabilizada" ou "temos que saber tirar partido da fase pré-eleiçoeira que se avizinha, alicerçada no betão em força para impressionar o pagode e calar os do costume" ... Assim poderíamos justificar esta transferência da política e opinião activa para o mundo dos negócios dependentes de agendas e nº de telemóveis. Assim compreendemos as decisões das barragens inúteis e da estradas que se cruzam e chocam no mapa nacional, de preferência com as respectivas portagens que permitam continuar a sugar os pategos do costume. O poderoso lobby do betão resolveu não perder tempo e garantir acessos directos à decisão política. Economias de escala são previsíveis.
Até quando?