quarta-feira, julho 30, 2008

Já não há vergonha

Portugal to sell 500,000 of Intel's Classmate PCs
By JESSICA MINTZ, AP Technology Writer 2 hours, 3 minutes ago


SEATTLE - Intel Corp.'s low-cost laptop initiative is set to get a boost Wednesday from Portugal's government, which is pledging to provide elementary school students with 500,000 computers based on the chipmaker's Classmate PC design.
The announcement brings Intel's rivalry with the One Laptop Per Child organization into the spotlight once again. In May, the nonprofit OLPC group said its green-and-white XO laptop computers would work with Microsoft Corp.'s Windows in addition to a homegrown Linux-based operating system. The move was seen as a way to make the so-called "$100 laptop," which actually costs about $188, more palatable to education ministers in developing countries who might have balked at an open-source system. But in a single deal for half a million PCs, Intel nearly matched OLPC's total orders to date — 600,000 units as of May — calling into question whether OLPC's adoption of Windows has made much difference. Representatives for Cambridge, Mass.-based One Laptop Per Child did not immediately return calls or e-mails seeking comment and an updated order total.
As part of its biggest deal for the Classmate PC to date, Intel said it will serve as technology adviser to Portugal's Ministry of Public Works, Transportation and Communications, which is coordinating the laptop program.
Intel spokeswoman Agnes Kwan said parents of young school children will be able to choose between computers running Microsoft Corp.'s Windows operating system and ones with an open-source Linux operating system, and that the government will distribute the machines to Portugal's elementary school students over the course of the 2008-2009 school year.
As of the middle of this year, "hundreds of thousands" of the Classmate PCs had already shipped to customers in more than 30 countries, according to Kwan.
The spokeswoman declined to disclose how much the laptops will cost parents or other financial terms of the deal. She said Portugal's Ministry of Education is working out pricing details.
Classmate PCs are based on Intel's design and include its processors, but they are built by other manufacturers and sold under a variety of brand names. The first generation went on sale in March 2007; a heftier version with a faster processor and a bigger screen hit the market in April 2008. Intel's Classmate PC and OLPC's XO are just two of a growing field of small, low-cost computers aimed at the millions of students in developing countries who are just gaining access to technology and the Internet. The relationship between Intel and OLPC, whose XO machine uses microprocessors made by Intel competitor Advanced Micro Devices Inc., has been notoriously rocky. The two declared a truce last summer, but earlier this year relations turned frosty again when Intel abruptly pulled out from OLPC's board of directors.
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On the Net:
OLPC: http://us.rd.yahoo.com/dailynews/ap/ap_on_hi_te/storytext/classmate_pc_portugal/28406895/SIG=10n1v5hhj/*http://www.laptop.org
Classmate: http://www.intel.com/intel/worldahead/classmatepc


Alguém nesta notícia consegue identificar qualquer cooperação tecnológica ou comercial com Portugal ou empresas portuguesas? Alguém consegue identificar espírito de inovação e educação?

Apenas e só negócio ... Apenas e só negócio...

Entretanto na comunicação social portuguesa "a coisa" é vendida como um enorme acontecimento - O Magalhães - o portátil das criancinhas com nome de navegador português.

Podemos morrer à fome, passar frio mas banda larga é que não nos pode faltar. Abrem-se telejornais, fazem-se directos, entrevista-se um gerente de empresa, faz-se mais um enorme show-off. É preciso fazer acreditar, numa ilusão. Vender um mundo cor de rosa.

É o país do faz de conta no seu melhor, através das campanhas mediáticas constantes e continuadas que envengonhariam os homens do SNI responsáveis pela propaganda durante o Estado Novo.

Já não há vergonha.

segunda-feira, julho 28, 2008

Cicloterapia ...

No fomento da utilização das bikes na vida diária, aqui vai uma amostra qualificada vinda das terras de Sua Majestade. Vale a pena

http://blogs.independent.co.uk/independent/2008/07/dude-wheres-my.html

sexta-feira, julho 25, 2008

Obama na Europa ou Europa com Obama


O candidato democrata às próximas eleições presidenciais norte-americanas está a realizar um périplo pelas principais cidades europeias (por dificuldades de agenda não pode vir a Águeda...). Apesar do estrondo político e social que Obama está a ser nos Estados Unidos mobilizando politicamente os desmobilizados, recusando os mega financiamentos das corporações, recusando o próprio financiamento público, alimentando um clima de mudança e regeneração política, é motivo de reflexão a fantástica mobilização de 100.000 pessoas em Berlim. Que quererá dizer isto? Que Obama é mais mobilizador do que os Durões, os Brown, os Berlusconi, os Sarkozys, os Sócrates e os Zapateros europeus? Que Obama para lá do dom da palavra introduz no neo-liberalismo reinante uma ponta de esperança e novidade?
Sabemos como as máquinas de marketing político gostam de usar as imagens com carácter simbólico. Obama veio à Europa fazer um remake de Kennedy. Obama veio em busca de reconhecimento e legitimação política externa. Obama veio mostrar que a Europa está farta "da rapaziada do Bush" que olham para o mundo como um quarto de brinquedos...

Seja como for é de admirar e reflectir sobre as razões que fazem com que europeus se mobilizem para ouvir/ver Barak Obama, simples candidato democrata presidencial. Somos dos que acreditamos que as possibilidades de um mundo melhor sem Bush e a sua gananciosa rapaziada e com Obama na Casa Branca, terá efeitos também na Europa. Portanto, os berlinenses talvez tenham razão. Todos deveríamos votar nas eleições norte-americanas, pois o seu resultado faz-se sentir em todo o mundo e na Europa também.

quarta-feira, julho 23, 2008

Por favor, libertem a cidade da ditadura automóvel


No contexto do debate público sobre requalificação da cidade, o nosso presidente GN informou que era intenção da autarquia, transformar toda a área da Praça do Município num grande parque de estacionamento automóvel subterrâneo. Nos primeiros dois segundos, fica-se com a sensação de "fantástico" ... "boa ideia" ... mas ao 5º segundo recordamos que a ditadura dos automóveis continua a ser a prioridade das prioridades na mobilidade urbana. E que Águeda se prepara para o século XX e não para o XXI, preocupando-se cada vez mais com os automóveis, sua fluidez, mobilidade e estacionamento confortável. Quando é que neste país se assimila que temos de fazer o oposto. Criar obstáculos à entrada dos automóveis nos centros das cidades. Dificultar e dissuadir o uso e abuso do automóvel (até porque o petróleo custa o que custa!!!) nos meios urbanos. Facilitar a circulação das pessoas através de outras formas alternativas de mobilidade nas cidades. Tornar mais agradável e seguro andar a pé. Promover a utilização saudável e segura da bicicleta. Aumentar e qualificar a oferta de transporte público. E agora esta de um "enorme parque de estacionamento no centro" dizendo indirectamente a todos ..."pronto, está resolvido. Já podem vir todos para o centro de automóvel". Políticas destas são o oposto do proposto nas iniciativas das Agendas 21 Local, das Cidades Sustentáveis, das Cidades Educativas, das Cidades Amigas das Crianças, das Cidades Criativas com que todos os dias os cidadãos se identificam e desejam ter como paradigmas de qualidade de vida. Porque não em Águeda?

terça-feira, julho 22, 2008

Participação pública versus Clareza de processos


Na passada sexta-feira a autarquia de Águeda, convidou os munícipes interessados em participar numa sessão pública de esclarecimento e debate acerca do projecto de requalificação das zonas baixas da cidade em volta do Rio Águeda. Mas, em concreto o que se viu foi a estratégia de um gabinete de consultadoria - no caso a Sociedade Portuguesa de Inovação do ex-ministro socialista Augusto Mateus, que faz assessoria em 84 autarquias ... - a evidenciar a forma como está a pensar organizar uma candidatura a fundos comunitários envolvendo n projectos de requalificação urbana da cidade. É óbvio que os técnicos desconheciam a natureza dos vários projectos de requalificação urbana, porque a sua função não será conceber e planear, mas sim organizar dossiês e candidaturas, com uns cheirinhos de lobby junto de Lisboa e Bruxelas. Posto isto algumas dezenas de munícipes foram levados a participar num "faz de conta de participação" um pouco sem nexo, porque uns (os munícipes) falavam de ideias concretas e aspirações reais e outros (os técnicos) respondiam com critérios de candidatura a fundos comunitários. E assim se perdem oportunidades de participação pública ou antes se fazem simulacros de participação. É pena, porque foi muito positivo observar a vontade e disponibilidade de muitos munícipes a opinarem e manifestarem as suas aspirações. Esperemos por próximos desenvolvimentos prometidos, que possam resultar em verdadeiros e necessários espaços de participação pública, sobre a cidade e sua urgente requalificação.



PS - Como fica a participação da nossa autarquia no mega-projecto integrado do GAMA desenvolvido com apoio e articulação da Universidade de Aveiro e candidato ao QREN?

quarta-feira, julho 16, 2008

Agitágueda 2008 e Chicago


Durante o presente mês, Águeda é animada quotidianamente com actividades musicais e de lazer resultantes da iniciativa da nossa autarquia, que numa boa lógica de estimulação de parcerias entre organizações locais, dão vida à cidade. Louvável iniciativa de "puxar" a movida citadina para junto do rio Águeda, numa boa estratégia de dar descanso às artérias da cidade, onde os bares, inexplicavelmente licenciados até altas horas da madrugada nas zonas residenciais de Águeda, perturbam a vida das pessoas. Com melhorias relativamente ao ano anterior, o Agitágueda 2008 é assim uma espécie daquilo que o CR viu em Chicago ... Talvez sem publicidade nos autocarros da cidade vizinha de Aveiro ou a produção de folhetos com o programa respectivo e a fotografia do "mayor" de Chicago... Quanto aos gangues, se for preciso passamos aí por alguns sítios e trazemos uns quantos.
Com uma programação diversificada e abrangente o Agitágueda veio para ficar e enriquecer as noites de Julho em Águeda.

terça-feira, julho 15, 2008

'Homeless' e Tchaikovsky...

Ser criativo, segundo alguns autores da moda com grande impacte social e político, no contexto da chamada sociedade do conhecimento, é um imperativo. Indivíduos e colectividades, nesta linha dominante de pensamento, têm na criatividade o ingrediente necessário para ultrapassar os complexos desafios competitivos da globalização. A cidade, magnífica expressão territorial da colectividade humana, tem sido um alvo privilegiado para dar corpo ao que se poderá designar por políticas e/ou estratégias de desenvolvimento urbano baseadas no potencial criativo. Na Europa há muitos exemplos disso (por exemplo Tampere, na Finlândia (http://www.luovatampere.fi/), com a aposta no fomento da criatividade para reforçar o tecido empresarial regional e, simultaneamente, melhorar a infra-estrutura de apoio à cultura e aumentar quantitativa e qualitativamente a oferta cultural). No entanto, foi na terceira maior cidade dos EUA, Chicago, onde encontrei a tansposição mais fiel para a praxis.
Numa urbe atormentada por lutas de gangues e por males sociais suburbanos como o forte abandono escolar ou o elevado desemprego ou emprego precário e mal pago, onde a pobreza dos 'Southsides' ou 'Eastsides' se confronta com o luxo dos grandiosos edifícios do centro, um vasto rol de iniciativas de política pública, com uma forte vertente 'criativa' tenta mitigar os problemas. Ensina-se música aos miúdos das famílias mais desfavorecidas, ocupam-se os seus tempos livres com actividades artísticas (contactei de perto com uma dessas iniciativas e achei fantástico: ver www.afterschoolmatters.org/), etc.. Paralelamente, equipa-se a cidade com infra-estruturas que não só apoiam estas actividades comunitárias, como também conferem acréscimos de qualidade de vida aos mais abonados. O Millenium Park (www.millenniumpark.org/) é disso um bom exemplo. Animação cultural, exposições, concertos gratuitos (de Sibelius à música do Mundo, passando pelo jazz e pelos blues) no pavilhão Jay Pritzker, projectado por Frank Gehry (o 'amigo' do Santana Lopes que desenhou o Guggenheim em Bilbao), etc..
Nas imediações do palco, num extenso relvado, vão-se instalando famílias inteiras, munidas de mesas, cadeiras, grades de cerveja, salsichas, chouricços e hamburgueres, grelhadores e frigoríficos portáteis. Nada melhor do que um hamburger gigante grelhado na hora e regado a "Goose Island" para ouvir a "Rainha Cativa" do compositor finlandês Sibelius...
A seguir a Sibelius veio Tchaikovsky. E com as obras do compositor russo veio uma metáfora do que é a cidade de Chicago e até do que é o tal país que é geralmente considerado como 'a maior democracia do Mundo'.
Uma sem-abrigo pousa o carrinho onde guarda os seus parcos pertences, senta-se e, lado a lado com milhares de 'fellow citizens', alguns deles assalariados dos imensos negócios que suportam as imensas fortunas que cobrem de mármore e ouro os não menos imensos edifícios do The Loop, desfruta do belo momento musical.
Cá para mim, a tal democracia só seria 'maior' se houvesse Tchaikovsky e não houvesse 'homeless'. Que as cidades 'criativas', seja lá o que isso for, possam contribuir não só para tornar as urbes mais competitivas mas, acima de tudo, mais justas!...

domingo, julho 13, 2008

O regresso de Carlos Queiroz

Muita tinta faz correr o regresso de Carlos Queiroz à liderança das selecções nacionais de futebol. Temos para nós que Carlos Queiroz é um dos poucos homens em Portugal que pensou futebol em termos de futuro e de desenvolvimento em Portugal. Portugal nem sempre o compreendeu ou compensou pelo nível do seu trabalho, reconhecido entre outros pela ... FIFA. Há 30 anos atrás o meu amigo Zé Vidal - actual líder da concelhia de Águeda do PS e um franco atirador - dizia para Queiroz que ele não tinha as artimanhas habituais dos treinadores de futebol. Passaram-se 30 anos sobre esses nossos tempos estudantis, nos inícios do Gabinete de Futebol do ISEF (Mirandela da Costa, Jesualdo Ferreira, Nelo Vingada e Carlos Queiroz) e Queiroz passou por muita coisa em Portugal e no estrangeiro, em clubes emblemáticos e em selecções nacionais. Mas como é habitual em Portugal, é mais reconhecido e elogiado em Inglaterra, do que em Portugal. Da nossa parte fazemos votos que a sua inteligência e saber sobre o futebol moderno, sejam capazes de se sobrepôr às formas dengosas e pouco claras em que o futebol português é useiro e vezeiro. Queiroz, a qualidade dos nossos futebolistas e a paixão de um pais pelo futebol merecem-no. Força Queiroz.

quarta-feira, julho 09, 2008

O país desportivo


O país desportivo está em polvorosa com as consequências do processo Apito Dourado. Mas ... existe país desportivo? Existe um país em que os clubes desportivos são iguais entre si? Existe um país desportivo, unicamente dependente da verdade desportiva aleatoriamente demonstrada em cada época? Todas as épocas desportivas os vencedores são diferentes? Todas as épocas desportivas as decisões das organização são equilibradas e justas para todos? Portugal está futebolizado para mal de todos nós. A TV, os jornais - de referência e sem ser de referência - desportivamente falando só concedem espaço ao futebol. E dentro do futebol aos três grandes clubes. E assim, o que existe em Portugal é um país desportivo unicamente dependente dos resultados desportivos dos três grandes - SLB, SCP e FCP - do grau de pressão e tráfico de influências de cada um deles junto de orgãos directivos da modalidade e da arbitragem, da capacidade de "comprarem-influenciarem" a comunicação social. Que chega ao cúmulo dos cúmulos de ter jornalistas "especializados" em SLB, em SCP e em FCP. Jornalistas que só observam, só escrevem, só opinam sobre um clube desportivo. Portanto um país desportivo centrado em três clubes só pode dar no que se está a passar. Um processo que não é analisado à luz de factos e suas implicações, mas na presunção de quem é adepto, gosta ou é ligado a um dos três clubes desportivos. Pobre país que não respira para lá de um triângulo sufocante de projectos, financiamentos e ideias desportivas de três clubes. Os factos dizem que temos um país em que a televisão pública produz programas, unicamente a falar dos referidos três clubes. Com pessoas que pretensamente representam a visão de cada um dos três clubes desportivos. Em que os jornais sabem antecipadamente quantos exemplares vendem se colocarem na capa o clube A ou B...
A futebolização do desporto e a concentração em três clubes desportivos, podem ser importantes para o nível desportivo possível de alcançar, mas não estimulam a vinculação dos portugueses à prática desportiva e contribuem objectivamente para este clima de claustrofobia desportiva. Em que qualquer pessoa antes de dizer o que pensa sobre qualquer fenómeno desportivo, tem de fazer declaração de proximidade com um dos três clubes. A continuar assim, os estádios vão continuar a encher-se com milhares a bater palmas, as lojas dos chineses vão continuar a importar e vender milhares de bandeiras portuguesas com defeito e Portugal continuará na cauda da Europa como país rei do comando e do sofá e longe da prática desportiva integrada no estilo de vida de cada um.

sexta-feira, julho 04, 2008

Açores - onde tudo é verde sem ser do Sporting


Regressado recentemente de um salto profissional, à pérola atlântica que são os Açores, aqui fica uma imagem que de forma minúscula, dá uma ideia da beleza verde (sem ser do Sporting) da ilha de S.Miguel, onde a betonização ainda só está na cidade de Ponta Delgada.

Parque da Alta Vila - respeitar a natureza é preciso


Acabámos de regressar do nosso treino matinal de corrida contínua no Parque da Alta Vila na nossa cidade. Como admirador e utilizador frequente deste Parque citadino, todas as requalificações e melhorias são encaradas como mais valias para um espaço público tão pouco fruído pelas gentes de Águeda. Esta semana fomos surpreendidos com o "atapetar" dos caminhos do Parque com areia amarela. Mas, aquilo que pensávamos ser a colocação de uns remendos em zonas mais degradadas, avançou para a totalidade dos caminhos. E agora temos um Parque da Alta Vila sem a sua terra própria negra e natural, mas com terra amarela solta e arenosa. Um Parque da Alta Vila que esconde as raízes visíveis das suas centenárias árvores. E um Parque da Alta Vila que se arrisca a ser um lamaçal amarelo não utilizável, quando a chuva aparecer. Quando é que em Águeda se respeita a natureza e se assume que o verde é verde, a terra suja e as árvores têm de ter raízes? Quando é que em Águeda se pensa e equaciona a função dos Parques Naturais, respeitando as suas características?


Será que ainda vão alcatroar a Alta Vila?

Será que irá ser "modernizado" com calçada portuguesa?

Será que não escapará à "visão" aniquiladora que já betonizou o Parque do Souto do Rio?
Fiquemos atentos.