quinta-feira, julho 16, 2009

O FUTURO DO PARQUE DA ALTA VILA (II)

As nossas preocupações relativamente à natureza do projecto de requalificação do Parque da Alta Vila (PAV), acentuaram-se depois das notícias publicadas no semanário Região de Águeda. Nele o Arquitecto Sídónio Pardal refere que "o parque é para a contemplação, não é próprio ter ali campo de jogos". Eu quando me falam em contemplação fico logo alterado, porque considero que de contemplações está este país repleto. Somos uns contempladores na cidadania. Somos uns contempladores na participação cívica. Somos uns contempladores na prática de actividades físicas e desportivas. Somos uns contempladores culturais. Somos uns contempladores nostálgicos do passado. Somos uns contempladores da mediocridade política reinante. De contemplação julgo estar o país farto...

Um parque natural não tem de ser necessariamente um espaço de monoactividade. Onde apenas se vá para ouvir os passarinhos. A diferença e a singularidade estará em conseguir garantir a identidade do PAV, naquilo que aprendemos a ver nele de diferente e belo e atrair diferentes cidadãos para a sua fruição plena. Que não tem de ser necessariamente sentado nuns blocos graníticos que derrubem árvores para edificar "uma ruína edificada" a contemplar a lua ou a ler Sócrates ou Platão...
É possível e desejável que com harmonia o PAV consiga compatibilizar diferentes espaços, diferentes actividades, diferentes gerações de utilizadores, sem se transformar numa babilónia.
Se assim não for será mais uma oportunidade perdida (e uns euros gastos!!!) num parque que deveria ser um verdadeiro pulmão verde da cidade e da sua vida.

terça-feira, julho 14, 2009

O FUTURO DO PARQUE DA ALTA VILA

Foi na passada quinta-feira apresentado pela CM Águeda um projecto para o Parque da Alta Vila (PAV), pulmão verde da cidade. Da autoria do Arquitecto Paisagista Profº Sidónio Pardal em traços gerais, centra-se na eliminação de alguns muros circundantes e de caminhos internos do Parque. Por outro lado, pretende-se reduzir em grande número os múltiplos canteiros e caminhos que caracterizam o Parque da Alta Vila. Como é habitual a participação pública no debate e discussão destas questões é residual, o que é pena. Um parque verde localizado no centro urbano, carece de envolvimento e discussão sobre as suas características e potencialidades. Sobre o PAV temos "poucas certezas":

1. O PAV é um espaço verde no centro da cidade que deve ser devidamente preservado e valorizado;
2. O PAV deve orientar a sua requalificação valorizando o que existe e procurando limitar as grandes intervenções transformadoras;
3. O PAV carece de uma estratégia definida que a partir das suas características, permitam atrair cidadãos das mais variadas idades, para a sua fruição;
4. O PAV como parque natural deve preservar os elementos naturais, parecendo-nos abusivo, pavimentações betuminosas num ambiente natural e verde;
5. O PAV é um parque natural, pelo que "acrescentar-lhe" mais pedras soltas à custa de árvores e zonas verdes parece-nos contranatura.

Porque gostamos bastante do PAV. Porque regularmente fruimos dos sons, dos cheiros e das sombras do PAV. Porque o PAV é um património natural de Águeda. É imprescindível analisar e discutir a sua requalificação. Para lá da qualidade que possa existir no projecto do Profº Sidónio Pardal, eliminar a miríade de caminhos que dão côr e vida e identidade ao PAV, betonar os grandes novos caminhos, merecem-nos muitas dúvidas e carecem de fundamentação. Vamos discutir a requalificação do Parque da Alta Vila.

sábado, julho 11, 2009

CONSTÂNCIO - O Super Ego infalível

O Governador do Banco de Portugal Vítor Constâncio (VC) tem um auto-conceito pessoal e profissional distorcido, exagerado e demasiado "pavoneado". Depois de tudo o que ao longo do tempo se foi sabendo, no BCP, ... no BPN ... e mais recentemente no BPP, tem a distinta ousadia de vir para a praça públicar contestar e emitir juízos de valor acerca do relatório da Comissão ao "caso BPN" que desenvolveu os seus trabalho na Assembleia da República. Se os deputados não são inquestionáveis, nem imunes à "chicana política", deveria existir alguém no país político que pusesse VC no sítio, que é o de alto quadro da administração pública. Logo não podendo assumir o papel de palpiteiro tipo Professor Marcelo. O Governador do BP é um responsável que tem de responder perante os portugueses acerca da supervisão do sistema bancário e financeiro e não alguém que de cima do seu "ego inchado" alimentado por estudos, gráficos e simulações, se sente com autoridade para questionar um trabalho de meses dos legítimos representantes dos portugueses. Neste país de faz de conta é preciso lembrar ao governador do Banco Central mais bem pago, que guarde o seu ego para o Largo do Rato ou ...
Analisemos estas frases:
O governador do Banco de Portugal considerou ontem que os trabalhos da comissão parlamentar de inquérito ao caso BPN "não tiveram a componente técnica suficiente para lhes conferir inequívoca objectividade e credibilidade".
Vítor Constâncio assegurou que o Banco de Portugal está "seguramente entre as melhores instituições do país e desempenha funções importantes para a estabilidade e progresso da economia portuguesa". Nesse sentido, considera normal que "uma parte da opinião pública se interrogue sobre o exagero e o empenho na tentativa de demolir a instituição, e sobre o facto de responsáveis políticos de todos os partidos terem fomentado ou permitido que o Banco de Portugal tenha sido usado como instrumento de combate político".
Vítor Constâncio considerou ainda que os trabalhos desenvolvidos pela comissão parlamentar ao longo dos últimos seis meses perturbaram o processo de investigação que está a ser conduzido pelo supervisor.

PRINCÍPIO PAGADOR - PAGADOR

A circulação rodoviária até à Barra e Costa Nova é um hábito na região. Ainda nos lembramos das intermináveis filas de automóveis até aos anos 70, junto à Ponte que ia dar ao Jardim Oudinot. Agora, circula a informação de que a colocação de portagens na via de acesso à Barra e Costa Nova será uma realidade a breve prazo. Tal medida, disfarçada nas teorias do "utilizador-pagador" pressupõem que paulatinamente o país rodoviário está a ficar completamente cercado. Sendo necessário pagar ao "dono da quinta" para atravessar os seus domínios. Para lá da questão do excesso de auto-estradas construídas e concedidas à exploração, (quase) sempre à meia dúzia do costume, importa reflectir sobre questões como o direito a circular, onde existe uma única via de acesso.

O Governo e a Concessionária da A25, preparam-se para colocar PORTAGENS entre Aveiro e a Barra.
(Cerca de 6,2Km pagos que custarão à volta de 0,12€ cada o que dá 0,744€ o troço)
Pode até nem parecer muito para alguns, mas de somarem mais 0,744€ da viagem de volta dá a soma de 1,488€. Mas se contarmos que algumas pessoas terão que fazer o mesmo trajecto todos os dias para ir trabalhar, sairá dos seus bolsos a módica quantia de 32,734€ por mês.
Lembrem-se que o mesmo Governo utilizou como "Bilhete" de campanha a promessa de que não iria mexer nas portagens.
Claro que podem sempre alegar que não estão a mexer como foi prometido. Só não prometeram que não criariam novas e em estradas que não têm alternativa.
Não haverá praças de portagem e podem ainda não ter notado, mas estão a ser colocados pórticos que funcionarão com um dispositivo semelhante ao da VIA VERDE que terá de ser comprado, não bastando já o pagamento da portagem.
Dá vontade de fechar a estrada assim que as portagens começarem a funcionar, ou até mesmo fazer o troço à velocidade mínima nas 2 vias sempre que se lá passar.

terça-feira, julho 07, 2009

Mais de mil a pedalar em Águeda


A IV Maratona do Vale do Vouga, apesar da chuva inicial, foi um sucesso de participação desportiva que encheu de movimento e cor a cidade no domingo. Pela nossa parte realizámos os nossos objectivos de evitar as quedas e completar a prova. Um ponto a corrigir foram a quantidade de estrangulamentos de corrida (trilhos por onde passava apenas um betetista de cada vez), ao longo do percurso, o que provocou insatisfação. Uma prova com este número de participantes, tem de à partida ter estas situações acauteladas.

Mais uma vez está de parabéns o Clube de BTT do Vale do Vouga por esta organização desportiva, que promove a prática desportiva e o nome de Águeda.

quarta-feira, julho 01, 2009

CERCIAG - dia grande

Em cooperação com a Universidade de Aveiro a CERCIAG, organiza um evento de âmbito nacional, com a participação de peritos internacionais especialistas na área do desenvolvimento de competências em Ciências pelos alunos com necessidades educativas especiais. Realce para o facto de a iniciativa contar com o apoio do Pavilhão do Conhecimento e de ter gerado redes locais de colaboração para a sua concretização em Águeda.

Dia 1 de Julho, na CERCIAG
Educação científica de alunos com necessidades educativas especiais é tema de encontro
A Universidade de Aveiro, a CERCIAG e o Pavilhão do Conhecimento realizam, esta Quarta-feira, 1 de Julho, no auditório da CERCIAG em Águeda, o III Encontro de Educação em Ciências subordinado, este ano, ao tema “A educação científica de alunos com necessidades educativas especiais». Marcam presença na iniciativa dois conceituados especialistas nesta temática, nomeadamente Adrian Fenton, da British Science Association, e Pierre Bonnefond, da Academia das Ciências de Toulouse.

A Universidade de Aveiro, através do Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa, está a implementar, pelo terceiro ano consecutivo, o Programa de Formação de Professores do 1º CEB em Ensino Experimental das Ciências. Trata-se de um Programa de Formação que pretende promover o desenvolvimento de boas práticas de ensino e aprendizagem de base experimental e, consequentemente, melhorar as aprendizagens dos alunos na referida área.
Nos dois anos anteriores, por solicitação dos próprios professores que participaram na formação, realizaram-se, na Universidade de Aveiro, no final de cada ano lectivo, Encontros de Educação em Ciências no 1º CEB (I e II), destinados aos formandos, investigadores e professores do 1º CEB. São Encontros que, a par do aprofundamento de conhecimentos e da reflexão sobre o Ensino das Ciências, têm vindo a afirmar-se, sem dúvida, como importantes oportunidades de partilha de vivências e experiências de qualidade de Educação em Ciências no 1º CEB.
Este ano, por solicitação de vários professores, o Encontro tem como temática: “A Educação Científica de Alunos com Necessidades Educativas Especiais”. Pretende-se com esta iniciativa apresentar e discutir Boas Práticas de Educação em Ciências com alunos de Necessidades Educativas Especiais, proporcionar o debate e a partilha sobre a relevância de uma adequada Educação em Ciências para todos e de formas de a promover e dar a conhecer os contributos dos contextos não-formais, como dos museus e centros de ciência na Educação em Ciências.
Mais informações são disponibilizadas em
http://blogs.ua.pt/pfeec_ua/.
O programa está disponível
aqui. in http://uaonline.ua.pt/detail.asp?c=15176