Caricaturas em Águeda

A política internacional está dominada pelo facto de umas caricaturas do profeta terem sido publicadas num jornal dinarmaquês ... em Setembro de 2005. A fé tem destas coisas. Torna os homens cegos de razão e tolda-lhes o pensamento e clarividência. Com tudo isto a Europa assume que tem de tomar partido. Não é incrível a reacção islâmica fundamentada em religiosidades medievais (cada um come do que gosta e pode...). Incrível, inadmissível e vergonhoso é o conteúdo do comunicado do nosso MNE que se constitui como um tratado de "real politik/pragmatismo de burrinhos na água".
A Europa tem de ser Europa. A Europa sem imposições, sem violência de consciências tem de ASSUMIR a sua identidade cultural e histórica, alicerçada na liberdade da palavra, de opinião e seu confronto. Estamos num ponto de clivagem que para mim não tem nada que ver com imperialistas americanos e estratégias recheados de jogos de cintura.
A liberdade é um valor absoluto para nós europeus. Absoluto até na sua capacidade de incomodar e provocar outras consciências... Se assim não for estamos perante novos fascismos mascarados de "boa educação, bom senso e diplomacias de salão".
Parece que às vezes fazem falta umas quantas caricaturas para agitar Águeda e a sua vida (?) política...