Linguagens arquitetónicas emergentes
É bom Águeda ser notícia por bons motivos. A sempre difícil e desafiante abordagem arquitetónica da definição do espaço urbano, alimentada pela conjugação de múltiplas linguagens está hoje retratada no centro da cidade. O mais antigo edifício "arte trolha" caracterizado pela janela de guarita no sotão e janelas minimalistas, confronta-se num diálogo suave mas complementar com o edifício mais recente caracterizado pelo fruir da luz do Sul. Repare-se no pormenor excelso da quina do telhado do edifício "arte trolha" a fazer-nos deslizar o olhar sobre o prumo da varanda do edifício atrás de si. A própria articulação cromática assente no vermelho do tijolo, assume uma vincada marca regionalista. Estamos perante um produto acabado da articulação de linguagens arquitetónicas, em que o trabalho de paisagista também não foi descurado, como nos podemos aperceber pelos verdes contrastantes com o amarelo e preto das placas criteriosamente selecionadas. Depois das visitas de estudantes e profissionais de Arquitectura ao campus da Universidade de Aveiro, Águeda pode ser incluíada no roteiro cultural da Arquitectura emergente. É uma clara ruptura com a chamada "arquitectura de engenheiro" que tem caracterizado a paisagem urbana da cidade.
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