Sócrates e a coerência remodelativa
O nosso PM remodelou ontem o seu (des)governo. Mandou descansar dois ministros, contestados de múltiplas formas. Por abaixo-assinados e agentes culturais como a Ministra da Cultura ou por manifestações populares de cariz local e regional e ordens profissionais, como o Ministro da Saúde. Entretanto fomos ouvindo de que a nova Ministra da Saúde´"é médica", "tem um conhecimento intuitivo da realidade hospitalar, das urgências e centros de saúde" e "é uma pessoa com sensibilidade". Para qualquer observador trata-se do oposto do perfil e prática política do ex-ministro. Aqui chegados, ao nosso PM exige-se coerência, até porque o homem ontem na AR confessou, de que "era sensível aos protestos" - parece estar a perder qualidades - e assim sendo só lhe resta carimbar a guia de marcha para a Ministra da Educação e sua equipa. A avaliar pelo que se passou com o ex-Ministro da Saúde, na Educação já se passou igualmente de tudo. Medidas e decisões de gabinete, contestação por associações profissionais, abaixo-assinados a correr, manifestações populares de rua, opinion makers creditados na área a crucificarem muitas das políticas desenvolvidas. Portanto, pelo menos uma vez na vida, ao nosso PM exige-se coerência remodelativa para trazer à Educação bom senso e paz para uma escola pública melhor. E que a escolha do substituto seja alguém com o perfil de "ser professor", "conhecimento intuitivo da realidade das escolas básicas e secundárias" e que "seja sensível". Com este perfil e assim mesmo à mão só vejo o meu premiado colega matemático Arsélio...
1 comentário:
Remodelar a Ministra da Educação?!! Isso seria um tremendo disparate, na minha modesta opinião. Então, não será verdade que o prestígio dos professores ( dos bons que são a maioria) saiu reforçado em resultado das medidas que têm sido tomadas? Eu, hoje, tenho uma imagem muito melhor dos professores. E falo com conhecimento de causa porque tenho dois filhos no Secundário. O absentismo reduziu-se e a informação que me veiculam é muito melhor. Se as escolas funcionam com o nosso dinheiro (impostos) parece legítimo exigir que tenham um bom desempenho e que prestem contas aos vários stakeholders.
Cumps
ET. Registo de interesses: não sou funcionário público mas a minha mulher é professora poada pelo Ministério mas, também, sou encarregado de educação. Coloco o interesse dos meus filhos e da sociedade acima do interesse pessoal...
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