sábado, janeiro 28, 2006
quinta-feira, janeiro 26, 2006
Harakat al-Muqawamah al-Islamiyyah
O HAMAS, sigla do movimento Harakat al-Muqawamah al-Islamiyyah (Movimento de Resistência Islâmica), que tem como principal objectivo "varrer Israel do mapa", ganhou as eleições na Palestina ao que parece com maioria absoluta. Não é difícil antever que o processo de paz no Médio Oriente foi seriamente abalado.
Por muito que tente, não consigo dissociar este resultado eleitoral, porque fora daquilo que seria expectável, das diatribes de um senhor que na sua Casa Branca localizada do outro lado do Atlântico toma decisões (há quem diga que não são dele...) que afrontam todos os valores que deveriam reger a política internacional. A pergunta aqui fica: será que os extremistas palestianos ganhariam as eleições de ontem se o P. of the U.S. não tivesse descarregado as suas frustrações no Iraque?
Mais um episódio da "Guerra ao Terror" do senhor Bush e companhia... mais um contributo para a negação da paz, a juntar a vários outros, como por exemplo:
- a "guerra ao terror" teve como único resultado palpável até agora o aumento exponencial das actividades terroristas em todo o Mundo.
- a "guerra ao terror" despoletou o desvario terrorista no próprio Iraque, onde, como se sabe, sob o regime tirânico de Hussein, nunca se tinha registado tal coisa (a não ser o "terror" promovido pelo próprio Estado).
Ainda por cima tudo isto em nome da necessidade de acabar com a "ameaça" internacional que o Hussein representava por causa de umas armas de destruição massiva que, afinal, nem sequer existiam.
Será que o Conselho da Europa, tão atarefado que anda a tratar dos "crimes" dos antigos regimes do Leste da Europa, não quer pôr na sua agenda a análise de mentiras criminosas? Há quem tenha um vasto CV neste campo... Vietname, Chile, ...
Postado por Unknown às 1:46 da tarde 1 comentários
quarta-feira, janeiro 25, 2006
Uns dias depois da vitória eleitoral do candidato a presidente independente do PSD e da grande derrota do candidato a presidente dependente do PS, deixo aqui duas notas:
1- Gostei de ver um candidato que, sem contar com a força sustentadora de qualquer partido, ficou a pouca distância da disputa de uma segunda volta com o tal independente do PSD. Gostei ainda mais, porque o homem é de Águeda, uma terra que nem por isso dá mostras de grande vigor participativo e cívico. Uma lição?
2- Achei piada... depois de ter votado, já na Eugénio Ribeiro, olhei para a sede do PS, onde continuavam afixados grandes e coloridos cartazes cuja mensagem, em resumo, era a de que o "Soares é fixe"... Esta, pelos vistos, era a mensagem "oficial", porque a "oficiosa", ou seja aquela que condicionou a escolha, foi concerteza diferente. O Manel da Rua Vasco da Gama angariou o voto de de altos dirigentes do PS concelhio e, como os resultados bem evidenciam, de muitos aguedenses que, tradicionalmente, votam socialista.
Já agora, adivinhem em quem votei... ERRADO!
Postado por Unknown às 10:35 da manhã 0 comentários
terça-feira, janeiro 24, 2006
Águeda e Presidenciais 2006
CAVACO SILVA 15303 - 57,61
MANUEL ALEGRE 7664 - 28,85
MÁRIO SOARES 2060 - 7,76
JERÓNIMO SOUSA 771 - 2,90
FRANCISCO LOUÇÃ 715 - 2,69
GARCIA PEREIRA 48 - 0,18
Cavaco Silva teve em Águeda votação superior à nacional. Quererá dizer que existem em Águeda proporcionalmente mais cavaquistas que no país? A esfínge que não fala e foge de expressar opiniões foi "marketizado" durante meses pelos orgãos de comunicação social que lhe davam 70%, 65%, 60%...para acabar à tangente com 31000 votos a mais. Podemos dizer que CS ganhou por menos de um estádio de futebol. 0.6% à custa do desnorte estratégico do PS e de interesses vários.
Obviamente o homem da casa Manuel Alegre beneficiou do efeito de jogar em casa. No entanto tal benefício foi apenas de 2.2%. Para Mário Soares em Águeda pouco mais de 2000 cidadãos votaram nele, tendo um dos piores resultados concelhios (7.76%). Tão cedo Águeda não vai ver as bochechas do Soares por cá...
Quanto a nós seria de esperar maior votação no candidato da terra, mas o bairrismo e a nostalgia parecem não ter chegado para convencer os aguedenses. É expectável que MA só apareça em Águeda para próximo Natal... a menos que ainda haja alguma cheia nos campos da várzea.
Postado por Unknown às 9:56 da manhã 0 comentários
sábado, janeiro 21, 2006
Águeda alegre
Postado por Unknown às 8:07 da manhã 0 comentários
quinta-feira, janeiro 12, 2006
quarta-feira, janeiro 04, 2006
Tugália - nova província ...
Aceita-se passiva e serenamente que perante esta desmesurada incompetência técnica e política ...antes os espanhóis.
Do ponto de vista político entendo que a chegada a este ponto deve merecer reflexão e principalmente uma profunda REFUNDFAÇÃO desta pardidocracia alicerçada em truques saloios que todos nós já vimos noutros filmes. Hoje o "boyismo" para além de instalado é tolerado e faz parte da cultura dominante dos partidos do centrão.
Como desfazer este nó? Como desmanchar estas teias de cumplicidades? Como desarticular redes complexas de interesses instalados que vão das autarquias, ao futebol, à construção civil, às obras públicas, aos fundos estruturais, às assessorias de comunicação e imagem, etc?
Não me considero um fundamentalista nacionalista. Sou cada vez mais um cidadão europeu, que se envergonha daquilo que nos caracteriza/distingue dos outros, como toque essencial.
Portugal dos pequeninos? A Grande Ibéria? Tugália província espanhola? Portugal quinta saloia da corrupção e aldrabices?
Postado por Unknown às 12:37 da tarde 1 comentários
terça-feira, janeiro 03, 2006
Auto-estradas urbanas?
Há uns tempos atrás, numa auto-estrada brasileira, pouco depois de pagar a portagem, de ver um belíssimo exemplar equídeo a pastar na faixa separadora, e de deixar passar um grupo de crianças na passadeira (!), deparei com um placard de grandes dimensões que transmitia aos passantes a seguinte mensagem: "Se pretender construir casa na berma da auto-estrada, telefone primeiro para zero-zero-meia-meia-sete-meia". Apesar do abalo sofrido pela minha formação em Planeamento, em vez de chorar, fartei-me de rir... e andamos nós, portugueses, sempre a lamentar o nosso (des)ordenamento do território!
Deste lado de cá do Atlântico, de facto, as coisas passam-se totalmente ao contrário. A regra é: primeiro constroem-se as casas e só depois surgem as auto-estradas, designadas então por auto-estradas urbanas.
Expliquemo-nos melhor e, para o efeito, socorramo-nos de um exemplo de Águeda: a Avenida Calouste Gulbenkian (via que liga o cemitério de S. Pedro à GNR). Construiram-se os edifícios, quer de habitação quer de serviços, e, pouco mais tarde, foi aberta a tal avenida, que rapidamente se transformaria numa movimentada artéria urbana, com relevância para a organização do tráfego citadino.
A sua importância aumentou recentemente com a significativa expansão da função habitacional na zona. A nossa Câmara Municipal reconhece-lhe essa importância e trata-a bem. Bons passeios, boa iluminação, estacionamento bem dimensionado, passadeiras para peões numerosas, bem situadas e bem sinalizadas. Até tem um placard, este virtual, cuja mensagem é lida por um grande número de utilizadores da via da seguinte forma: "Se pretender conduzir a velocidades próprias de uma auto-estrada a poucos metros de casas de habitação, não telefone... vá!".
Uma via urbana bem tratada rapidamente se transforma numa auto-estrada urbana, não pelo seu perfil, mas pelo comportamento irresponsável (tenho uma grande lista de adjectivos para aplicar aqui) de muitos (muitos mesmo) condutores, que, ao circularem a velocidades que não se coadunam com qualquer urbanidade (e civismo, já agora), põem em perigo os outros utilizadores da via. Atravessar a avenida numa passadeira é uma aventura perigosa! Tirar o carro de um dos lugares de estacionamento existentes ao longo da via é um desporto radical! Entrar na avenida por um dos cruzamentos existentes pode fazer lembrar a recruta dos Marines!
Que soluções? Mudar mentalidades e comportamentos...? Era bom, mas é muito difícil. Reler Darwin para evoluir e adaptar à situação e... que sobreviva o mais forte (o mais motorizado)? Não me parece. Nada a fazer, desistindo do direito à nossa qualidade de vida? Esta é possível, mas não desejável. Até porque há soluções... e não são poucas, nomeadamente a nível do desenho. Mais, algumas dessas soluções até são baratas (um atributo essencial nos tempos que correm). Perguntem aos planeadores que trabalham na Câmara Municipal. Eles sabem... até têm referências bibliográficas!
Postado por Unknown às 10:16 da manhã 0 comentários