sábado, dezembro 31, 2005

Campos



Percursos do grupo BTT rota incerta

Eu também acho ...

Em recente entrevista um aguedense defendeu que em Águeda "Não podemos ter mil associações" (Região de Águeda 29.12.05) e que deveria existir "um grande projecto a nível local" em vez de "mil clubes ou associações no concelho".
Eu também acho. Clubes e associações só com autorização central do regedor da freguesia. Podia ser assim. Associações comerciais e afins só podiam ser no Beco, por causa da feira mensal. Já associações industriais só seriam permitidas em Assequins por razões já reveladas pelo Dr Deniz nos seus estudos. Clubes de futebol só em Barrô para poder construir centenas de campos no Vale do Cértima. Associações e actividades ligadas ao cinema e multimédia só seriam permitidas em Fujacos atendendo à sua história ligada à produção audio-visual. No Teatro só o Orfeão de Águeda teria apoio para subir ao palco porque já faz teatro há muitos anos. As artes plásticas e nomeadamente a pintura ficaria centralizada na Falgarosa para que as suas lindas vistas, inspirassem os artistas. Mesmo o Carnaval só poderia ser festejado com apoios e com significado local em Fermentelos. Quem quisesse jogar ao Carnaval que fosse para Fermentelos. Quanto á Música seriam colocadas duas propostas sobre a mesa: a) fusão de todas as bandas formando a maior banda de música da Europa e arredores. b) disputa de uma maratona musical em que a banda que aguentasse mais tempo a tocar o "Malhão de Águeda" ficaria com o direito a ser a única e legítima representante da arte musical em Águeda. Quanto ás IPSS ligadas à infância e educação pré-escolar seria construída um hiper Jardim de Infância em Macieira de Alcoba em função das acessibilidades e como medida de combate à desertificação. Os cuidados aos idosos seriam da responsabilidade de uma única entidade localizada em Agadão terra de bons ares. A ocupação do tempo livre das crianças e jovens através da prática desportiva seria da responsabilidade de uma única entidade sediada em Fermentões.
Em coerência deveríamos dizer "Viva o camarada Mao", "Vida eterna ao camarada Estaline" porque ambos pensaram assim...............

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Portas da Venda Nova (IV)

UEFA atribuiu Europeu sub-21 a Portugal e Águeda é uma das cidades-sede

Pois é. O país está mirrado, com os cidadãos a "ferro e fogo", com o investimento público a cair, as autarquias locais endividadas mas o que mais necessitávamos era de mais um Campeonato Europeu de Futebol. Toda a gente sabe que adoro futebol, mas tenho um problema grande. Gosto muito mais de jogar do que ver jogar. É esse o problema deste país. Julga que o Desporto é ver os outros fazer, é assistir passivamente, é só saudar a excelência dos melhores praticantes. Por isso somos dos europeus que menos praticam (Eurobarómetro da União Europeia, 2004). Apenas 22% dos portugueses calçam as sapatilhas e vestem o fato de treino para se mexer, para praticar uma qualquer actividade física e desportiva. Pudera. Com exemplos continuados destes. Com um Estado que desperdiça investimento público em "elefantes brancos" de instalações desportivas. Um Estado que se preocupa muito mais com o efeito efémero das realizações desportivas, do que com as práticas desportivas diárias dos seus cidadãos. Do Euro-2004 o principal que ficou foi o endividamento de algumas autarquias locais. E se o Estado é assim na sua majestosa acção política que expectativas podemos ter das nossas autarquias locais que não ficarem "babadas" e parolamente deliciadas com coisas destas. Tudo porque não existem ideias e políticas de efectiva promoção da prática desportiva por todos os cidadãos. O compromisso do Estado e das autarquias locais é com a saúde das populações, com o seu bemestar, com a sua qualidade de vida. Depois de tudo isso, sim podem vir todos os campeonatos da europa e do mundo.
É tempo de pensar nas pessoas e não distrair as pessoas com "circo"...
Quando aprendemos com os melhores ...

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Bugas à superfície...

Claro que o metro de superfície é um meio de transporte fundamental em áreas de forte densidade populacional e rápida concentração de automóveis. Mas mesmo com o velho "vouguinha" já me contentava com as "bugas" disponíveis e a funcionar. Já repararam que o normal é encontrar "bugas" com o respectivo cadeado á espera do possuidor da sua chave? As "bugas" foram privatizadas. Não foram atiradas à ria, nem roubadas para qualquer bairro da cidade. Estão privatizadas para uso e abuso pessoal e exclusivo. A sua lógica de utilização parece que não "encaixa" na mentalidade lusa...
Zé.....vamos pedir primeiro as "bugas".
PS - por falar em "bugas". Sabiam que o projecto das BUGAS foi oferecido Á CM de Águeda por um designer cá do burgo e perante o desinteresse foi até Aveiro e teve a receptividade que se sabe. Resta-nos a consolação de terem sido fabricadas em Águeda...

A ver passar os comboios...

Hoje de manhã, parado no meio do tradicional engarrafamento das 9 horas em Aveiro, pus-me a pensar como seria bom ter um metro de superfície (com todo o conforto e frequência que a coisa exige) que me pudesse transformar num verdadeiro "commuter" Águeda-Aveiro-Águeda. Goradas as expectativas de 'desengarrafamento', estendi a reflexão e dei comigo a pensar na falência técnica da CP. Falência técnica? Apesar de não ser contabilista nem economista, uma empresa entra em falencia técnica quando, mais coisa menos coisa, não consegue cobrir as suas dívidas com o valor contabilístico dos activos. Cinco metros mais à frente... a CP não é uma empresa pública que existe, como a sua designação indica, para prestar um serviço público? Sim, pensei... logo, o Estado deveria assegurar a resolução do problema, o mesmo Estado que paga compensações financeiras a empresas privadas pelo serviço público que estas prestam (como é o caso da Fertagus que assegura a ligação ferroviária entre as duas margens do Tejo).
Mais cinco metros, e já com a rotunda do Hospital à vista... lembrei-me de um episódio ocorrido há uns tempos numa das minhas deambulações pela gélida Escandinávia. Estava num daqueles retiros que por vezes uns académicos arranjam a outras académicos para contemplar o Mundo, ou seja, no meio de nenhures, rodeado de neve e floresta por todos os lados, e, da janela do meu quarto, via, todos os dias, quatro vezes ao dia, duas na direcção de Ostersund, outras duas na direcção da fronteira Suécia/Noruega, um comboio a passar. Na maior parte das vezes... quase vazio, o que não admira numa região em relação à qual o Alentejo tem um densidade populacional extremente elevada. Será que a SJ (a CP sueca) já entrou em falência técnica? Só pode... a não ser que para os suecos seja mais importante prestar o tal serviço público do que assegurar a auto-sustentabilidade da SJ (já agora, para mim boa gestão pública não é assegurar auto-sustentabilidade, é gerir da melhor forma possível os recursos públicos que permitem prestar serviços públicos dignos.
A partir da rotunda, o trânsito desanuviou, a velocidade aumentou e... TGV. Um país que tem a sua transportadora ferroviária em falência técnica vai construir uma linha de TGV entre o Porto e Lisboa? 330 km? Deixem-me voltar às gélidas paragens: a Finlândia, o país mais competitivo do Mundo em 2004, com as contas nacionais todas em dia, tem cidades social e economicamente pujantes a mais de 900 km de Helsinquia, a capital (Oulu , por exemplo, a 620 km, é um dos grandes centros de I&D da Nokia). O tráfego ferroviário de passageiros é intenso e os comboios existentes (tipo pendolino) confortáveis e pontuais. Falem no TGV a um finlandês e a resposta mais certa é "Mikä?", ou seja "o que é isso?".
Estacionei o carro... ainda não consegui perceber como é que Aveiro, Águeda e outros municípios da região não agarraram com unhas e dentes o projecto do metro de superficie...

CR

sábado, dezembro 10, 2005

Jacintos look


O cerco dos jacintos por toda a Pateira de Fermentelos é cada vez mais cerrado e forte.

sexta-feira, dezembro 09, 2005

O Homem da Rua de Baixo ...

O candidato Manuel Alegre (Rua de Baixo) foi entrevistado em simultâneo com o candidato Cavaco Silva (Boliqueime). O homem da Rua de Baixo nem parecia um ex-desportista das camisolas grenás do Recreio. Jogou a meio-campo, fez contenção de jogo e....cúmulo dos cúmulos trocou galhardetes com o seu adversário político. Para quem estava à espera de um jogo no campo do Adro com balizas arborizadas ou mesmo uma renhida partida no Largo do Botaréu foi uma grande desilusão. Coisas da política neo-moderna que se rende aos tactiquismos de circunstância...
Esperemos melhores embates políticos...

terça-feira, dezembro 06, 2005

Somos 3 ...

O BLOGUEJUDEU ganhou mais um elemento. Saudamos a aceitação do convite por parte do Carlos José que concerteza irá "postar" com a qualidade e pertinência que todos conhecem.

um abraço
e boas "postagens

Estreia

Caro chief-blogger

Antes de mais, os meus agradecimentos pelo convite para "bloggar" no Bloguejudeu.
Apesar de assustado com a obrigatoriedade de fazer um post por semana (faz-me lembrar o Círculo de Leitores com a obrigatoriedade de comprar pelo menos um livro por mês...), espero poder participar activamente.
"Xu-ban-yan shang ba xiong ma"- é assim que, no dialecto de Shanghai, se diz Cartório Notarial.

CR

domingo, dezembro 04, 2005

Águeda no seu melhor...



Um toque de ilegalidade urbana fica sempre bem na nossa cidade...

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Há mais mundo para lá da TV ...


UEFA visita Estádio Municipal
Ver as condições para a fase final do Europeu sub-21 de 2006 é o objectivo
Três representantes da UEFA estão de visita a Portugal, a fim de verificarem as condições oferecidas pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), depois de apresentada a candidatura à organização da fase final do Europeu sub-21 de 2006. Águeda, Aveiro, Barcelos e Braga foram os estádios visitados

Goran Havik, Marcello Alleca e Pascal Cornu estão em Portugal desde domingo para cumprir, até esta quarta-feira, a visita aos estádios municipais de Águeda, Aveiro, Barcelos e Braga, assim como pelos centros de treino propostos pelo projecto da organização (quatro na zona de Braga e outros tantos na região de Aveiro).
A delegação do organismo que tutela o futebol europeu tem sido acompanhada por elementos da FPF: Álvaro Albino, enquanto coordenador do projecto, Cláudia Poças e Teresa Romão.
“A nossa missão é apresentar os locais à UEFA, esclarecendo dúvidas e explicando a estratégia que temos preparada para receber aquela que é a segunda mais importante prova europeia, a nível de selecções”, explicou Álvaro Albino.
O coordenador do projecto luso acrescentou que Portugal possui “todas as condições, quer seja ao nível logístico, de infra-estruturas, de comunicações, de hospitalidade ou até do próprio clima, para que o Europeu Sub-21 de 2006 seja uma grande festa”, caso a UEFA decida dar a organização à FPF.
A fase final do Europeu vai decorrer entre 25 de Maio e 6 de Junho de 2006 e o país anfitrião vai ser anunciado pela UEFA a 14 ou 15 de Dezembro, após reunião do seu Comité Executivo.
Portugal, Alemanha, França, Sérvia e Montenegro, Dinamarca, Holanda, Ucrânia e Itália, país detentor do título e também candidato à organização do Europeu, são as selecções apuradas para a derradeira fase da prova, cujo sorteio decorre a 8 de Fevereiro de 2006.
Autor: Região de ÁguedaFonte: internaTerça-feira, 29 de Novembro
de 2005 - 18:40:07
É tempo de em Portugal e também em Águeda olhar mais para o que se faz quotidianamente para os cidadãos e munícipes em termos de fomento e promoção da prática de actividades físicas e desportivas. Estamos faaaaaaaaartos de show-off para transmissão televisiva. É uma visão parola e bacoca de notoriedade e desenvolvimento. Neste caso concreto porque será que não existem vários países interessados em organizar a dita competição. Construir estádios que endividam as Autarquias Locais para realizar 1/2 jogos ou servir de treino só mesmo em Portugal. Pense-se nos portugueses. Pense-se como sairmos da cauda da Europa na percentagem de cidadãos com vínculo à prática desportiva. Construam-se espaços e equipamentos desportivos na base da acessibilidade e polivalência de utilização. É tempo de mudar o paradigma de investimento público em instalações desportivas. Seria uma boa ideia que em Águeda também surgissem novidades a este nível. Basta de fazer coisas para dar na TV... Há mais mundo para lá da TV...

quinta-feira, novembro 24, 2005

Portas da Venda Nova (III)



Seara's door ...

Francisco Louçã em Águeda


O candidato presidencial Francisco Louçã esteve no passado dia 20 num jantar-comício em Águeda. Atitude simpática e louvável foi a presença e os cumprimentos do nosso novo Presidente da edilidade, bem como do Presidente da Junta de Freguesia de Recardães (local do evento). No seu discurso referiu-se à necessidade de discutir os problemas reais do país, de falar do país real e seus problemas. Criticou a gestão do silêncio de Cavaco Silva e a arrogância dos seus apoiantes que gritaram "já ganhámos".

Na foto podemos ver de perfil Vitor Gomes o "homem do Bloco" em Águeda.

sábado, novembro 12, 2005

Souto do Rio - à espera do Peter


O Parque do Souto do Rio possui uma área verde de localização privilegiada na borda do rio Águeda. Com enormes e antigas árvores, tem a ele associado histórias de lazer das gentes de Águeda, que desde sempre o olharam como um diamante a explorar. Ele foi pensado como parque de campismo, como parque de merendas, como ... Mas com o tempo e o esquecimento de alguns tornou-se um espaço verde desproveitado e pouco atraente. A última lembrança do Souto do Rio foi a quando do verdadeiro "assassinato ecológico" realizado através da colocação de pequenas placas de betão numa extensa área. Podemos dizer que "cimentaram" uma grande parte do Souto do Rio. Só mesmo em Águeda alguém se lembrava de "cimentar" uma zona verde. Em qualquer parte do mundo uma zona verde só pode ser ainda mais verde...
É tempo de o Parque do Souto do Rio ser integrado num projecto de áreas verdes do concelho, que numa lógica de qualificação e atracção dos espaços, possam valorizar as nossas fantásticas margens do rio Águeda.
Vamos a ver ...

sexta-feira, novembro 04, 2005

Opinião sobre Inglês no 1º Ciclo

A solicitação do semanário "Região de Águeda" e em nome de A FONTE - Associação de Pais das Escolas de Águeda manifestámos a nossa opinião acerca do programa de Inglês nas escolas do 1º Ciclo. Lamentavelmente o jornal optou por não publicar integralmente o texto e recortá-lo ... alterando inclusivé o título. Opções...


“A Fonte” lança dúvidas sobre o processo do ensino do Inglês

Rui Neves, presidente da assembleia-geral da Associação de Pais e Encarregados de Educação das Escolas de Águeda "A Fonte", justifica.
Para Rui Neves, presidente da assembleia-geral da Associação de Pais e Encarregados de Educação das Escolas de Águeda "A Fonte", não há dúvidas que "a introdução do inglês como actividade extracurricular contribui para o enriquecimento da formação integral das crianças que frequentam as nossas escolas do 1º Ciclo" e que "é hoje uma mais valia fundamental no reforço das suas competências comunicacionais".
"Temos assim esperança que o programa de desenvolvimento do inglês, tenha a necessária sustentabilidade financeira e pedagógica, que lhe permita contribuir para o aumento dessas competências, por parte dos alunos que o frequentam", acrescenta o presidente da assembleia geral da Fonte.
"É nosso entendimento que será prematuro fazer juízos de valor acerca de um programa que está a dar os primeiros passos", diz Rui Neves, acrescentando que "enquanto cidadãos e pais, lamentamos que alguns aspectos do programa deixem dúvidas e inquietações". O que Rui Neves e a Fonte não percebem é "porque motivo se apostou na privatização do programa junto das escolas públicas?" e ainda "porque não se rentabilizaram recursos humanos com formação específica no desenvolvimento dessas competências, quando existem milhares de professores no desemprego?".
"Porque se moldou um programa que vai ser aplicado do exterior para o interior da escola do 1º Ciclo?" e "Como é possível que a escola do 1º Ciclo não tenha controlo pedagógico sobre um programa dirigido aos seus alunos?", são outras interrogações deixadas pelo presidente da assembleia geral da Fonte.
"O que virá a seguir? A escola contrata uma empresa de informática? Uma empresa de ciência? Um explicador de matemática?", frisa Rui Neves.
"Em Águeda e mais concretamente nas escolas abrangidas pelo Agrupamento de Escolas de Águeda (Águeda, Borralha, Assequins, Recardães, Vale Domingos, Castanheira do Vouga, Giesteira) a candidatura protagonizada pela liderança da Câmara Municipal de Águeda em parceria com o Agrupamento, tomou a decisão de apresentar um projecto contratualizado com uma entidade privada do ensino do inglês. Do ponto de vista pedagógico estamos perante uma actividade realizada na escola, mas que não é da escola/agrupamento. Uma actividade pedagógica que sendo uma aposta estratégica na área da educação, não é conduzida, dinamizada e avaliada pelos professores da escola e/ou agrupamento", refere Rui Neves, lançando nova interrogação: "estamos perante o início da descaracterização da escola como um todo e o advento da escola do 1º ciclo composto por partes desfragmentadas? Estaremos perante o fenómeno da subcontratação na Educação?".
"Não seria possível, também no inglês, desenvolver estratégias de articulação entre o 1º e o 2º ciclo de escolaridade?", interroga-se.
"Este conjunto de dúvidas e inquietações, decorrentes da própria filosofia da legislação do Ministério da Educação, foram colocadas formalmente junto de responsáveis do Agrupamento e da Câmara Municipal de Águeda", remata Rui Neves.
Autor: Região de ÁguedaFonte: internaQuinta-feira, 03 de Novembro de 2005 - 08:45:07

Educação Física no 1º Ciclo Ensino Básico - a nossa dama

O texto que apresentamos foi publicado no jornal "A Página da Educação" (edição on-line e em papel) em 2002, como tomada de posição sobre uma situação em Lisboa ...
Esperamos que a história não se repita em Águeda, 3 anos depois.

Vamos a ver ...



Educação física nas escolas do 1º ciclo de Lisboa - Oportunidade de negócio ou baldio pedagógico?

Acabámos de conhecer as características da próxima intervenção da Câmara Municipal de Lisboa na área de educação física nas escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico do concelho de Lisboa. De acordo com a informação disponível será “concessionada” a uma empresa privada que intervirá com base num programa de Ginástica.
A Educação Física (EF) nas escolas portuguesas é hoje uma questão de formação, de saúde e de cidadania. De formação pelo seu papel ao nível da formação de crianças e jovens em termos de estimulação e desenvolvimento das suas capacidades motoras, sócio-afectivas e cognitivas. De saúde face ao papel que o movimento assume na nossa vida e à necessidade de manter um estilo de vida activo que se ganha pelos hábitos, atitudes e práticas desenvolvidas na escola. Não é mais possível dissociar hoje, uma vida activa da elevação de níveis de bem estar, saúde e qualidade de vida. De cidadania porque é a EF que pode proporcionar a todas as crianças e jovens uma diversidade de Actividades Físicas e Desportivas (AFD’s) a que algumas dificilmente teriam acesso. É a partir das actividades realizadas na EF que muitas crianças e jovens realizam aprendizagens que as fazem gostar, desejar aprender mais e vincular a uma prática regular das AFD’s ao longo da vida. A importância social e cultural das AFD’s exige condições para que todos a elas acedam independentemente das suas características individuais e sociais.Acabámos de conhecer as características da próxima intervenção da Câmara Municipal de Lisboa (CML) na área de EF nas escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico (CEB) do concelho de Lisboa. De acordo com a informação disponível será “concessionada” a uma empresa privada que intervirá com base num programa de Ginástica. Um imperativo de consciência cívica e profissional, impele-nos a manifestar opinião, sobre os seus fundamentos de natureza pedagógica e científica. A nossa atitude é um misto de espanto, indignação e revolta. De espanto perante a completa desfaçatez com que se projectam iniciativas com estas características transformando uma área curricular, numa “oportunidade de negócio”. A EF no 1º CEB inicia uma área do currículo que acompanhará cada criança até ao 12º ano de escolaridade. As suas finalidades educativas não se confundem nem com a animação desportiva, nem com a busca e detecção de talentos desportivos. Esta área curricular visa promover o gosto, o prazer a satisfação de TODOS os alunos pela vinculação às diversas AFD’s, socializar a uma cultura motora onde as aprendizagens motoras se ligam com as atitudes e comportamentos suportados em valores ético-desportivos intrínsecos à sua prática. Como podemos atingir tais finalidades colocando uma área curricular na “alçada” de uma empresa ? Como podem “monitores desportivos” intervir no quadro institucional do currículo da escola do 1º CEB ? Como podem os professores do 1º CEB ser afastados da intervenção nesta área junto dos seus alunos ? De espanto perante o ignorar e desprezar de um trabalho anterior de supervisão e apoio à área de EF realizado por profissionais de EF e professores do 1º CEB ao longo de 12 anos com carácter regular e de forma sustentada (regularidade das aulas de EF, actividades de complemento curricular, políticas de recursos materiais, formação de professores, tarefas de supervisão pedagógica, organização de festas desportivas, convívios). Que avaliação foi feita deste trabalho ? Com que indicadores se renega o trabalho desenvolvido ? Como se pode substituir o trabalho de professores de EF e do 1º CEB junto dos seus alunos, por “monitores” ? De espanto perante o desconhecimento do programa da área de EF neste nível de escolaridade. Ele caracteriza-se por blocos programáticos baseados no eclectismo e diversidade de acordo com o desenvolvimento motor dos alunos. As suas finalidades e objectivos são os da participação e inclusão de todos os alunos, visando a sua evolução e não o “despertar de vocações” ou a “selecção dos melhores”. Valorizar uma actividade – a Ginástica – contraria toda a filosofia educativa do programa oficial em vigor. Como é possível uma autarquia local definir o currículo de uma área na escola do 1º CEB ? Como pode a decisão de um autarca-presidente e/ou autarca-vereador determinar a natureza do trabalho profissional dos professores do 1º CEB ? Como podem as autarquias locais em nome das suas competências de intervenção no âmbito dos recursos materiais das escolas do 1º CEB, pretender ir para além disso ? Onde pára o poder científico e pedagógico dos Agrupamentos de Escolas ? Onde pára o poder científico e pedagógico das escolas do 1º CEB ? Onde pára o poder científico e pedagógico dos seus professores ? Quando e como intervém a Inspecção Geral de Ensino sobre estes disparates no apoio às escolas do 1º CEB ? Que tem a dizer sobre esta questão claramente curricular o respectivo Centro de Área Educativa ? E a Direcção Regional de Educação ? E o Ministério da Educação ? Em Portugal data de 1875 a proposta de lei que considera obrigatória a disciplina de EF no ensino primário. As suas práticas ao longo dos tempos têm carecido de regularidade e consistência, caracterizando-se pela heterogeneidade das suas práticas. Desde 1992 esta área possui um programa oficial em vigor que tem sido o suporte de desenvolvimento de políticas de formação de professores em Universidades e Institutos Politécnicos, de políticas de apoio à EF no 1º CEB de autarquias locais (ex : CM do Seixal, CM Oeiras, CM de Condeixa e muitas outras), da dinamização de centenas de acções de formação na área de EF para professores do 1º CEB no âmbito do programa FOCO. Por isso pretender implementar um currículo diferente da área de EF na capital do país é afrontar todo o trabalho de formação e desenvolvimento da área de EF. Deste modo entendemos que todas as experiências educativas de apoio ao desenvolvimento da EF em Portugal na escola do 1º CEB não podem ser amesquinhadas e lançadas para o caixote do lixo da Educação em Portugal. As crianças das escolas do 1º CEB caracterizam-se por fortes necessidades de movimento, por estarem num período crítico do seu desenvolvimento e por frequentarem uma escola que deve responder com qualidade a essas necessidades. A área de EF tem de encontrar respostas inclusivas de todos os alunos, reveladoras do eclectismo das diferentes actividades ao nível das habilidades, comportamentos, atitudes e valores junto deles. Tal passa pela fundamental questão de TODAS as crianças de uma escola, de uma classe independentemente do seu sexo, idade, etnia, habilidade e/ou aptidão fruírem das práticas de AFD’s que contribuam para o seu desenvolvimento global. Distinguindo claramente aquilo que é a construção curricular da EF em cada escola do 1º CEB daquilo que é o “show off” para produção de imagens vistosas para a próxima edição da autarquia. Do nosso ponto de vista a EF das crianças portuguesas não pode ser um conjunto de actos efémeros, já que só a regularidade das práticas de AFD’s sustentam os benefícios em termos de qualidade de vida, saúde e bem estar. É fundamental que a natureza do enquadramento pedagógico-didáctico com carácter regular e sistemático se faça na escola do 1º CEB através dos seus próprios professores, com os enquadramentos que se considerem a cada momento mais ajustados.Num tempo de “pensamento único” sobre as práticas de AFD’s, em que surjam apenas valorizadas socialmente as realizadas ao mais alto nível competitivo por via das lutas de audiências (TV’s, rádios, portais de Internet), de tiragens (jornais, revistas), de clubites (SAD’s, transações de jogadores, empresários desportivos/dirigentes desportivos), importa salientar que Portugal tem das mais baixas taxas de vinculação desportiva da população (1). E que os benefícios das AFD’s advêm das suas práticas individuais e colectivas, por muitos milhões que se gastem em Portugal em bancadas de estádios e pavilhões...Porque nem sempre temos bem presente, a propósito das finalidades educativas da EF na escola do 1º CEB relembramos que “não é a prática do Pedro que serve o desenvolvimento da Ginástica” mas antes “a prática da Ginástica que deve servir o desenvolvimento do Pedro”...
(1) Portugal tem a valores de 1987 27% da sua população com vinculação desportiva. Trata-se de um dos valores mais baixos da Europa, longe dos 34% de Espanha, dos 74% da França, dos 77% da Suíça e da Alemanha. MARIVOET, S. (1998) In Aspectos Sociológicos do Desporto.

Autor do Artigo
Rui Neves
Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa da Universidade deAveiro
rneves@dte.ua.pt

Inf. sobre o artigo
Jornal "a Página"Nº 118
Ano 11 Dezembro 2002
Pag. 34

terça-feira, novembro 01, 2005

UM SINAL - Deus escreve direito ...

Uma parede da margem direita do rio Águeda abateu-se sobre o seu leito, na zona da antiga praça. Para lá das questões ambientais e estético-urbanas, devemos reflectir se não estaremos perante UM SINAL. A queda do muro sobre o rio pode ser interpretado como um sinal de desagrado do além pela obra do homem e neste caso pelo inábil obra de desaproveitamento de uma área urbana privilegiada da cidade. Uma obra onde não se atrairam as pessoas, não se criaram pólos de interesse e actividade, não se definiu uma relação da comunidade com um bem fundamental como o rio. Tanto dinheiro gasto tão mal rentabilizado... Que fazer?
Como ganhar as pessoas para uma relação duradoura, fruidora e multivariada com o seu rio?
Como aproximar as pessoas do seu rio?
Temos uma certeza. Com betão e mais betão não é certamente.
Vamos a ver...

Gesto Orelhudo 2005






A D'Orfeu - Associação Cultural mais uma vez prima pela originalidade e dinamismo. O Festival Gesto Orelhudo, onde a música se casa com a mímica, o burlesco, a comédia e o teatro tem enchido as noites de Águeda. A D'Orfeu já não é uma esperança de trabalho cultural em Águeda, é antes uma certeza de trabalho, criatividade e qualidade. Um exemplo associativo que faz a diferença pela diferença. Um projecto cultural que mereceria mais participação, mais público em muitas das suas iniciativas.

quinta-feira, outubro 27, 2005

Placas esquecidas ou políticos lembrados nas placas

Tínhamos tomado conhecimento daquele governador civil do nosso distrito que colocava como condição para honrar as inaugurações com a sua presença, o registo do seu nome na placa respectiva. Se assim não fosse, não contassem com ele ... Agora em Águeda temos uma nova modalidade. A escola do 1º CEB - Chãs foi ampliada e remodelada em 2002. Esta semana - passados 3 anos - foi afixada no seu átrio exterior uma placa lembrando tal facto e referindo que nessa data o Presidente da Câmara e o Presidente da Junta de Freguesia de Águeda eram os senhores fulano e beltrano. Como é possível? A que propósito? Com que intenção? Acaso o investimento não é público?
Por este andar não ganharemos para pagar placas...
Sem mais comentários ...

sábado, outubro 22, 2005

Ganhámos ao "Espesso" ...

O BLOGUEJUDEU acaba de assegurar (23 H 14 min) o concurso de um novo membro. Trata-se de Carlos Carvalho conhecido articulista da nossa praça, que concerteza irá contribuir para o enriquecimento de ideias deste blog. As suas postagens surgirão identificadas através de CC, que também poderá querer dizer COM CONVICÇÃO....
Refira-se que o seu concurso foi disputado (23 h 12 min) ao consagrado semanário "Espesso", já que a sua colaboração estava a ser considerada em função das últimas alterações de chefia naquele semanário...
Bem vindo e longas e qualificadas postagens sobre a nossa urbe.

Académica de Águeda - negação da história?!

A Associação Académica de Águeda (AAA) clube com história no fomento da prática desportiva do Andebol na juventude de Águeda atravessa um momento delicado. Ao optar em termos da sua estratégia de desenvolvimento pela aposta na estruturação de uma equipa de seniores masculinos para disputar as competições da Liga de Andebol, com todos os custos financeiros de tal opção, desviando-se do seu papel social principal. A promoção da prática desportiva junto dos jovens, o fomento e divulgação do Andebol numa base sustentável. Tudo isto só foi possível porque (circunstancialmente) a Câmara Municipal de Águeda (CMA), tem em vigor um programa de apoio ao associativismo desportivo que concede apoios de 8 mil euros/mês a equipas de alta competição...
Tudo o que se está a passar com a AAA não é um filme que não tenha sido já visto noutras paragens. Não é um filme que quem conhece minimamente os meios desportivos não anteveja com relativa facilidade. A CMA é co-responsável por conceber e desenvolver programas de apoio sem qualquer estratégia de desenvolvimento desportivo e com meras preocupações mediáticas e de "campeonites saloias", enquanto a AAA fez tábua rasa de um inédito percurso esforçado de trabalho de formação através dos inúmeros escalões de formação, por onde passaram ao longo dos anos milhares de jovens.
O Desporto é um fenómeno social quando interfere com a vida das pessoas e das comunidades e não só porque "passa na TV". Fazemos votos para que se encontrem as melhores soluções desportivas para que a AAA se reencontre com a sua história.
Vamos a ver...

quinta-feira, outubro 20, 2005

Ciclovias precisam-se ...

Foi inaugurado na semana passada uma nova via de acesso a Águeda. Uma obra estruturante que rasgou novas acessibilidades. Mas num tempo em que falamos da "Semana da Mobilidade", procuramos promover meios de transporte cada vez menos poluentes, incentivamos a utilização de meios de deslocação alternativos ao automóvel não parece bem construir uma via nova sem uma CICLOVIA que proteja e incentive o uso da bicicleta. Águeda devia ser o exemplo de ciclovias como capital nacional das duas rodas. Ainda para mais é proibida a circulação de bicicletas na nova via de Águeda para Recardães ...
A ditadura do automóvel e seu lobby não podem determinar tudo ...
Vamos criar um lobby das "bikes"...
Vamos a ver ...

sexta-feira, outubro 14, 2005

Alta Vila - tesouro natural ...

Águeda tem na zona central da cidade um tesouro natural de rara beleza. O Parque da Alta Vila propriedade do município é um espaço público de grande beleza natural, através das suas centenárias árvores de múltiplas origens e características. Os seus canteiros de flores dão-lhe um encanto pouco visto. O lago grande dos patos (4 actualmente) na zona central do parque é um apetecível espaço. Com tantos encantos decorrentes da sua história na vida de Águeda (anos 40/50 do século XX), da sua localização central, da sua beleza única e fundamentalmente da carência de espaços verdes na cidade o Parque da Alta Vila é muito pouco frequentado. Há munícipes aguedenses que nunca fruiram da sua beleza. O que está perto não interessa? Há uma clara falta de envolvimento dos aguedenses para com um parque verde de tanta beleza. Que se poderá fazer para atenuar este divórcio, esta distância? Quantas cidades desejariam possuir um parque destes no centro da cidade? Águeda tem de merecer o Parque da Alta Vila, fruindo-o e dando-lhe vida, fazendo dele a sua sala de visitas, tirando partindo da sua beleza natural.
Vamos a ver ...

terça-feira, outubro 11, 2005

Mudança em Águeda ....

O PS ganhou as eleições autárquicas em Águeda ao final de 30 anos. Em qualquer situação política desta natureza, grandes (para não dizer enormes) expectativas emergem face ao futuro. Aqueles que depositaram o seu voto de confiança no PS e apostaram na mudança assim o exigem, não só em função das promessas eleitorais mas principalmente daquilo que representa a alteração de um ciclo político eleitoral. O PS tem de provar que a mudança serve para algo. O pior que poderia acontecer seria mudar para não mudar ...
Uma nota qualitativamente negativa foi a sua bipolarização, resultando numa Assembleia Municipal quase só a duas cores (PS e PSD) já que o CDS/PP apenas elegeu um representante. A não eleição de representantes da CDU e do BE tornam a Assembleia Municipal um orgão de debate e fiscalização política pouco eficaz. Ainda mais se acrescentarmos à sua composição o silêncio e as sonecas de quase todos os Presidentes de Junta de Freguesia (que num Estado democrático e racional nunca deviam exercer mandatos políticos em orgãos fiscalizadores como a AM).
Facto político curioso será observar como vai proceder o PS para fazer eleger um seu elemento presidente da Assembleia Municipal ...
Vamos a ver ...

sábado, outubro 08, 2005

Parabéns Região de Águeda

Está de parabéns o semanário Região de Águeda desta semana, pelo bom serviço público prestado à comunidade através da sistematização das propostas de cada candidatura à Câmara Municipal de Águeda 2005. De forma fácil e sintética ficamos a conhecer as diferentes propostas. Houve já cidadãos que guardaram o jornal para ir conferindo o cumprimento das promessas ao longo do mandato...
Vamos a ver ...

ÁGUEDA - 10 de Outubro ...

Que afluência às urnas amanhã nas eleições autárquicas? Que capacidade de mobilização - no bom sentido democrático do termo, de vontade de exercício de cidadania - por parte dos candidatos e partidos concorrentes? As múltiplas sondagens e opiniões pessoais (incluindo a do S. Sebastião) convergem numa eleição taco a taco. Talvez um 4-3 para um dos lados ... ou quando muito um 3-3-1 ... também para os dois partidos do centrão (PSD e PS). A luta é de tal maneira que se fala em serviços de transportes prontos a actuar...
Vamos a ver ...

ÁGUEDA - verdade .......... ou ..........mentira ? (I)

É verdade ou mentira de que o traçado novo da IC2 a partir de Mourisca do Vouga já vai no 9º projecto?
É verdade ou mentira de que o traçado do último projecto possui umas curvas esquisitas?
É verdade ou mentira de que esse traçado vai passar entre zonas actuais de implantação de habitações, "obrigando" à demolição de uma vivenda?
Responda quem puder e quiser ...

ÁGUEDA - verdade .......... ou ..........mentira ?

Nesta secção serão inseridas questões de actualidade local, sobre as quais se exige mais esclarecimento público, a bem do interesse da comunidade.

quarta-feira, outubro 05, 2005

Portas da Venda Nova (II)


A porta mais valiosa da Venda Nova na actualidade ...

Águeda - campanha morna ...

A campanha autárquica em Águeda decorre de forma morna. Cumprimentar as pessoas, aumentar o número e amplitude dos sorrisos, distribuir uns folhetos - que as pessoas analisam como quem lê os dos supermercados - passear pela praça ao sábado com umas bandeiras, plantar uns outdoors pelas rotundas - atenção técnicos de fotografia têm muito trabalho a fazer em Águeda, porque quase todas as fotos dos candidatos são de fugir ... foram tiradas por quem não gostava deles - é muito pouco actualmente para uma campanha política. Onde pára a imaginação? Para onde foi a ousadia de ideias e projectos? Onde se escondeu a necessária provocação política? Águeda merece mais...Águeda necessita exigir mais...
Vamos a ver ...

terça-feira, outubro 04, 2005

BLOGUEJUDEU - 100 visitas ...

Cada um comemora o que pode. O BLOGUEJUDEU começa por comemorar as 100 primeiras visitas, fazendo votos de maior participação e prometendo só voltar a comemorar ... com mais um zero (se lá chegar!!!).

sábado, outubro 01, 2005

S. Sebastião na campanha com todos ...

O largo em frente à capela de S.Sebastião é um dos espaços de Águeda por onde mais circulam candidatos a autarcas cá do burgo. Quando se aproxima alguém de gravata, logo nos interrogamos se não será candidato a autarca, da Presidência da Câmara a uma qualquer Junta de Freguesia. Bem sabemos que o nosso PM está interessado em lançar na política um look mais descontraído e desengravatado....mais solto... Mas as cadeiras pretas do café do largo quase de certeza que já sentaram (no mínimo) a totalidade da nova Assembleia Municipal de Águeda. Na noite do debate entre os candidatos à CMA, era ver mesas pluripartidárias de candidatos em amena cavaqueira política. Chegados a este ponto penso que o dinheiro desbaratado em sondagens e mais sondagens acerca da previsão do partido vencedor das próximas eleições autárquicas em Águeda, deve ter melhor destino. Isto porque a quantidade de conversas, ditos e informações escutadas pelo S. Sebastião nos últimos tempos já devem ser mais do que suficientes para prever quem vai ser o novo presidente da CMA ...
Vamos a ver ...

quinta-feira, setembro 29, 2005

Portas da Venda Nova (I)

III Cerciag em Movimento


Uma iniciativa que justifica que as Actividades Físicas e Desportivas podem ser fonte de prazer e bem-estar para todos, independentemente das suas capacidades e/ou aptidões. Através de várias parcerias, um acontecimento que projecta o muito de bom que é realizado todos os dias na CERCIAG e que Águeda desconhece ou conhece mal. Este ano coincidindo com a semana da europeia da mobilidade comemorada (mal) em Águeda.

Pavilhão Multi-Usos - opinião antiga ... mas actual

ÁGUEDA – Equipamentos Desportivos e Opções Políticas
- * a propósito de um “pavilhão multiusos” [1]

O concelho de Águeda caracteriza-se por uma dinâmica de associativismo desportivo que mobiliza para a prática das Actividades Físicas e Desportivas (AFD’s) um número alargado de cidadãos, em diversas modalidades e contextos. Possui história e tradição desportiva ao longo dos anos e através das mais diversas manifestações desportivas. Toda esta actividade em torno do fenómeno desportivo carece quanto a nós de uma análise e reflexão quando se perspectivam definições em termos de equipamentos desportivos públicos, nomeadamente através da intervenção do seu município.

POLÍTICA DESPORTIVA – uma necessidade

Para uma clara definição da intervenção na área das práticas das AFD’s há que explicitar uma orientação de finalidades e objectivos. Sem esta definição, as contradições, desencontros e protestos, possuem toda a legitimidade. Do ponto de vista conceptual, uma política desportiva municipal tem que deixar claro se pretende motivar os seus cidadãos para “desportistas de bancada” ou antes para praticantes activos independentemente da sua idade, aptidão, sexo e classe. O que está em causa é uma questão muito simples. Ou se pretende facultar aos cidadãos interessados os benefícios da prática das AFD’s (a nível da saúde, bem-estar, aptidão física, convívio, etc.) ou fomentar uma atitude passiva e contemplativa das AFD’s. É nosso entendimento que as AFD’s possuem hoje um valor para a totalidade da população, alicerçado na visão de uma prática com benefícios generalizados ao nível da aptidão física, saúde, bem-estar e qualidade de vida.
Compreendemos que os tempos que vivemos são para alguns de “desportistas de sofá”, mas os valores, as razões, as características das AFD’s estão fortemente vinculadas à sua prática e fruição numa busca de prazer e satisfação pessoal capazes de proporcionarem a elevação da aptidão física, da saúde, bem-estar e da qualidade de vida.
Numa lógica de intervenção coerente as autarquias locais devem assumir que a sua política é de comprometimento para com a totalidade dos munícipes e que uma política desportiva, não se pode confundir e/ou reduzir à atribuição regular de subsídios financeiros, apoio a manifestações desportivas com maior ou menor cobertura televisiva, ou um qualquer “happening” desportivo. Esta perspectiva pressupõe que as AFD’s devem ser vistas como tendo uma dimensão plural, que não se esgota numa prática dirigida exclusivamente para os mais jovens, para os mais aptos, ou em contextos organizacionais formais. O facto de hoje as AFD’s terem o impacto social que possuem, liga-se também, a uma percepção abrangente das suas práticas sem exclusões de qualquer natureza. Uma política de desenvolvimento desportivo tem de contemplar assim, a totalidade das “pluralidades desportivas” em função de prioridades definidas e/ou opções políticas assentes em razões de racionalidade técnica devidamente fundamentadas.
As AFD’s são um bem social que adquire significado através da sua prática empenhada e participante e nunca via diferida quer seja através da leitura de jornais desportivos ou como mero espectador passivo e atento. Ninguém pode querer formar “desportistas de bancada”, por muito bem comportados que sejam...

EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS – definir prioridades

As infra-estruturas desportivas caracterizam-se por ser equipamentos cujo investimento deve ser avaliado em função do seu potencial de utilização e adequação no apoio ao desenvolvimento das práticas das AFD’s. Na maioria das situações o investimento em equipamentos desportivos, não se encontra justificado em opções de políticas desportivas claras e coerentes. Assim sendo, torna-se imprescindível obter consensos entre os intervenientes nos fenómenos desportivos, relativamente a concepções, políticas, prioridades, faseamento de acções e iniciativas. Os investimentos realizados sem o apoio de estudos que garantam a sua rentabilização desportiva, implicam riscos de estarmos perante a criação de “elefantes brancos”. Falemos claro. Qualquer política de equipamentos desportivos não pode ser implementada independente das dinâmicas locais de participação desportiva. Não poucas vezes, os investimentos públicos são realizados sem o apoio de estudos que garantam prospectivamente a sua rentabilização desportiva. Assim, qualquer política de estímulo ao desenvolvimento desportivo carece de raízes sólidas em termos de equipamentos desportivos. Que se estruturam em função da maior ou menor número de zonas verdes e espaços públicos; da obrigação de todas as urbanizações disponibilizarem espaços de acordo com a sua previsível densidade habitacional; da construção e conservação de pequenos e polivalentes espaços de multiactividades; da construção e conservação de espaços e parques infantis; da multiplicação de espaços polivalentes pelas freguesias do concelho, garantindo a acessibilidade à prática das AFD’s; de uma criteriosa e eficaz política junto das escolas do 1º ciclo do ensino básico, equipando-as com condições materiais para as aulas de Educação Física e demais práticas pelos seus alunos; da concepção e montagem de circuitos de manutenção que possam dar resposta a práticas de AFD’s indiscriminadas; da definição de circuitos velocipédicos que proporcionando segurança, honrem a tradição da indústria de duas rodas em Águeda. O que está em causa é conceber, planear e desenvolver uma verdadeira política de equipamentos e instalações desportivas, que aproxime Águeda dos valores de 4m²/habitante como padrão recomendado pelo Conselho da Europa, em termos de espaços e equipamentos desportivos. Portanto, defendemos que uma política de espaços e equipamentos de apoio às AFD’s se inicia com o passeio à porta de casa, com os espaços envolventes das edificações, com os pequenos espaços, com as zonas de lazer (evitando por exemplo o “assassinato público” do Parque do Souto do Rio como zona verde), com os jardins, com os espaços lúdico-desportivos infantis, com campos de pequenos jogos, com espaços polidesportivos, com os tanques de aprendizagem de natação, com salas de desporto e só depois com os pavilhões, as piscinas, os estádios, os complexos desportivos, pavilhões multiusos e cidades desportivas.
Os espaços e equipamentos desportivos devem obedecer a critérios de necessidade justificada pela actividade, faseados no tempo e prevendo elevados índices de utilização e polivalência de actividades.

CONHECIMENTO DA REALIDADE DESPORTIVA - fundamental

Uma política de equipamentos desportivos, não pode ser definida sem uma auscultação da oferta e procura das práticas das AFD’s. Tal constitui-se como um bom indicador de necessidades e carências.
O que se conhece sobre as AFD’s e a sua prática no concelho de Águeda?
Que estudos foram realizados? Como se caracteriza a utilização dos equipamentos existentes? Quais os equipamentos desportivos que têm uma taxa de ocupação superior a 50% do seu potencial horário? Quais as carências de equipamento e material desportivo das escolas do 1º ciclo do ensino básico do concelho? Quais as práticas mais pretendidas pelos praticantes? Quais as carências de espaços e equipamentos identificadas pelos clubes e associações? Que possibilidades existem de articulação com os equipamentos desportivos escolares? Em situação de eventual investimento em infra-estruturas desportivas, quais são os cenários de rentabilização desportiva desses equipamentos?

Uma política de investimento em equipamentos desportivos não se pode desligar de opções de desenvolvimento desportivo. Devem caminhar em paralelo, surgindo as prioridades de equipamentos e instalações de acordo com as dinâmicas de participação e vinculação desportiva.
Se hoje quase só vale o “desporto que dá na televisão” somos claramente pelo “desporto vivido”, por aquele que se sente, que proporciona benefícios, pela real vinculação e prática sistemática.
As AFD’s desenvolveram-se ao longo dos tempos para serem vividas e não só contempladas. É nesse sentido que emitimos opinião contra os equipamentos desportivos como “templos de contemplação” e alternativamente entendemos ser imprescindível apostar nos espaços e equipamentos de real utilização intensiva, beneficiando a maioria dos cidadãos na sua vinculação com a prática das AFD’s. De acordo com estudos de 1987 Portugal tem uma das mais baixas taxas de participação desportiva – 27 em cada 100 portugueses possuem actividade desportiva. Quando comparada com os 34 de Espanha, os 74 de França e os 77 da Alemanha e Bélgica, temos uma ideia do caminho a percorrer no sentido de criar condições objectivas para uma maior participação desportiva.
Julgamos que Águeda e a sua atractibilidade em termos de qualidade de vida também passam pela quantidade e qualidade dos espaços e equipamentos disponíveis para a prática das AFD’s, independentemente da sua localização no todo concelhio.
Esta breve reflexão, mais não pretende do que ser mais um contributo para a discussão alargada de algo marcante numa política desportiva municipal, como é a questão dos espaços e equipamentos desportivos.


Águeda
Novembro/98
Rui Neves


[1] Publicado in REGIÃO DE ÁGUEDA 20.11.98

segunda-feira, setembro 26, 2005

Teremos um judeu em Belém ?

Águeda assistiu ao nascimento de um candidato presidencial a Belém. Por alguns segundos "Águeda foi o país" nesta lógica de ditadura mediática em que a verdade da vida se centra naquilo que passa na TV. Manuel Alegre (MA) escolheu o jantar da candidatura socialista à CMA para dizer ao país que contem com ele para concorrer a Belém... Tenho quase a certeza que desta vez não fugiu aos camaradas socialistas pelas 22.30 H da noite. Águeda foi politicamente o centro da notícia que confirmava a intenção de MA se opôr nas urnas ao seu amigo e camarada Mário Soares e segundo as suas palavras travar a vitória de Cavaco Silva na 1ª volta. Para lá da querela interna do PS entre a minoria dos valores e dos princípios e a maioria carreirista, calculista e tactiquista, Águeda sai a ganhar. MA vai falar das suas raízes, da rua de baixo, do rio Águeda, do largo do Botaréu, do futebol do Recreio, da natação do Algés... É bom recordar e falar dessa Águeda tão bem caracterizada na sua obra "Alma". Mas as eleições não se ganham em Águeda, nem a falar do seu passado. Um obrigado a MA (apesar de toda a sua altivez e petulância) por ter escolhido a sua terra natal para dizer presente à corrida presidencial.
Vamos a ver ...

sábado, setembro 24, 2005

Politica - fazer obras minúsculas...

Como seria uma campanha sem alusão ao betão?
Como seria discutir ideias e projectos que esquecessem esta forma peculiar em que parece apenas contar o princípio de "obra feita".... (leia-se estradas, rotundas e edificações)?
Como seria apresentar propostas políticas centradas nas pessoas? Na sua mobilização? Na sua participação?
Como seria falar do futuro sem imaginar "obra feita" ... mas antes envolvimento dos cidadãos?
Como seria fazer futuro com base em projectos mobilizadores de vontades, de resolução de problemas simples e constantes?
Como seria projectar as "obras minúsculas"?
Como seria pensar nas múltiplas "obras minúsculas" necessárias em todas as comunidades?
Os cidadãos estão fartos de "elefantes brancos" para encher manchetes de jornais....

Vamos a ver ...

Pateira de Espinhel - "jacintos"

sexta-feira, setembro 23, 2005

Campanha ... ideias...projectos...

É possível fazer campanhas eleitorais sem falar/prometer BA?
É possível discutir o futuro para lá do betão?
É possível discutir o futuro para lá do alcatrão?
Que projectos, que ideias com as pessoas?
Que lógica de envolvimento participativo?
Que formas de corte drástico com passados de visões curtas e redutoras?
É possível discutir política em Águeda sem ser .....Hospital Novo.....Pavilhão Multi-Usos...

Vamos a ver....

CASA DO ADRO

Debate Publico

Hoje há debate público dos candidatos à CMA. Que esperar do debate? Perspectivas desalinhadas acerca do desenvolvimento desta urbe? Busca da afirmação bairrista e paroquial centrada na defesa do "eu é que fiz"... Grandes divergências de opinião? Convergências de estratégias? Centração nas questões do desenvolvimento numa lógica de betão e alcatrão? Busca de convergência e consensos sobre o essencial?
Águeda que opções, que alternativas, que novas formas de fazer política?

Vamos a ver....

Boas Vindas - convites

Este é o BLOGUEJUDEU espaço de todos para todos. Com a opinião de todos esperamos poder fazer circular ideias e opiniões sobre Águeda. Sua realidade, seus problemas e seus futuros...

PS - estou a iniciar-me na esfera bloguística ...muitos erros poderão ocorrer...