1º de Maio
O 1º de Maio pretende assinalar a luta pela dignidade do trabalho em todo o mundo. Num tempo em que sob a capa da "competitividade", da "flexibilização", da "deslocalização" o país assiste a uma constância de encerramento de empresas, fecho súbito de fábricas com carteiras de encomendas, perspectivas da mais elevada taxa de desemprego, ... parece que não se passa nada. Perante estas situações a mobilização da sociedade é ...para a comemoração do título de campeão do FCP, para a comemoração da subida de divisão do Beira-Beira, etc. Terá que ser assim? Estaremos irremediavelmente condenados à alienação FFT (fátima, futebol e televisão)? A dignidade da vida de cada um não será mais importante do que o novo "look" do Simão? A desregulação de horários de trabalho não terá mais influência na vida das pessoas, do que a conferência de imprensa de Pinto da Costa? A constante caminhada no sentido do "capitalismo mais selvagem" não será mais ofensivo para todos nós, do que o que pensam 3 senhores engravatados que falam entre si de futebol?
Somos um povo (quase) fantástico... Com grande dificuldade para nos mobilizarmos pelas questões essenciais da vida, mas fulgurantes para nos mobilizarmos pelas questões mais acessórias...
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