terça-feira, maio 30, 2006

Svenska Herrlandslaget till VM i Tyskland 2006


Em vésperas de mais um Mundial de Futebol, enquanto os nossos "tugas" (ainda se chamam assim!!!) carregam, ou antes, derretem, as baterias debaixo do sol alentejano (ainda apanham uma constipação quando chegarem às temperaturas da Europa Central), a selecção sueca, a "landslag" de que junto foto, anda a preparar-se numa ilha situada no Báltico que se chama Gotland (é a Madeira cá da zona com a vantagem de não ter Jardim, ver info. em http://www.gotland.info/eng/), com temperaturas a rondar os 10 graus. Mais moderadamente do que em Portugal, os suecos lá andam com muita calma a prepararem-se para a sua décima primeira participação num Mundial, cujos melhores resultados foram um 2 lugar em 1958, em que perderam com o Brasil de Pelé e Garrincha, e dois terceiros lugares, o de 1950 e de 1994, este último jogado nos EUA. Essa selecção do Brasil de 1958 ficou para a história por ter sido, se não me engano, a primeira a ganhar a copa e por nela ter surgido um rapaz de 17 anos que iria revolucionar o futebol, Pelé, negro, numa altura que ainda se questionava no Brasil se os jogadores negros deveriam jogar ou não. No entanto, para os suecos, o jogador que mais impressionou pela sua técnica e simplicidade foi Garrincha, que, ao que parece, não somente encantou os adeptos suecos com as suas fintas marotas advindas da perna esquerda ser mais curta, mas, e também, as adeptas suecas. Ficou para a história o facto de Garrincha ter gostado e abusado de 3 coisas na sua curta passagem por este mundo, e não necessariamente por esta ordem: jogar futebol, beber e mulheres. Pois, na Suécia, Garrincha deixou mais do que fintas, deixou, também, um filho, resultado das aventuras na terra do sol da meia noite. Recentemente, foi mostrado na televisão sueca um documentário sobre este filho misterioso de Garrincha e, a genética tem destas coisas, a parecença com o mago das fintas é assustadora, tornando-o mesmo num "famoso" quando visita a terra do Pai, tanto é o mimetismo.
Esta "landslag" sueca tem 2 jogadores a reter; Zlatan Ibrahimovic (que joga na Juventus) e Henrik Larsson (do Barcelona), sendo ambos filhos de emigrantes que se radicaram no Sul da Suécia. Ibrahimovic foi criado num "ghetto" de Malmö, de Pai Bósnio e Mãe Croata, e Larsson cujo Pai é oriundo de Cabo-Verde e Mãe sueca, nasceu em Helsingborg (para onde irá jogar, depois do Mundial). Ambos são o colorido e a creatividade numa selecção "segura e previsível" (à imagem da sociedade sueca), e representam bem o papel de principais actores de uma sociedade cada vez mais multicultural como a sueca, cerca de 20% da população sueca não tem antecedentes suecos, e orgulho de milhares de jovens, suecos e não "suecos", pelo exemplo que transmitem. Só por isso, vale a pena seguir a "landslag". Heja Sverige e boa sorte para a Selecção de todos nós; a Selecção Nacional.

1 comentário:

João Branco disse...

A Suécia tem uma grande equipa!
Para mim uma das 4 favoritas principais a levar o troféu para casa, juntamente com Portugal, Brasil e Argentina!
Têm Zlatan Ibrahimovic que na minha opinião é só o melhor ponta de lança da actualidade e um dos melhores que vi jogar desde que acompanho a sério o futebol e já lá vão uns longos 13 anos!
Depois tem Henrik Larsson, aquele matador nato! Não sabia que iria jogar para o Helsingborgs! Ainda daria uma perninha no Sporting!
Têm Ljungberg, um excelente jogador, extremamente rápido, felino, bom de técnica e eficaz, andreas Svensson, um médio centro de experiencia internacional, maduro ( 30 anos), Olaf Melberg, um central de fibra, um bom guarda redes, um dos melhores europeus ( andreas Isakson), um colectivo consistente, e outro a favor:
o facto de irem sem ambições ao titulo mundial! o que livra o peso de cima dos jogadores e consegue um melhor rendimento destes!