terça-feira, junho 09, 2009

Sondagens e eleições

As eleições europeias tiveram resultados completamente ao arrepio de quase todas as sondagens previamente realizadas. Em quase todas as sondagens o PS ganhava com maior ou menor folga, sustentando o "mito" do "engenheiro invencível". Em quase todas as sondagens o outrora conhecido partido do táxi CDS/PP, mantinha uns míseros 2/3 % de intenções de voto, quando a efectividade das urnas lhe deram mais do dobro dessa percentagem.
Que pensar de tudo isto?
Que as empresas de sondagens em Portugal não têm credibilidade e funcionam numa lógica de "sondagem à medida de acordo com o cliente"?
Que as empresas de sondagens em Portugal não dominam os procedimentos de análise estatística inferencial, que permitam compreender as oscilações das intenções eleitorais dos portugueses?
Que as empresas de sondagens em Portugal, são ingenuamente enganadas pelos cidadãos portugueses que lhes dizem uma coisa e fazem outra logo a seguir?
Que as empresas de sondagens em Portugal são instituições de um profundo amadorismo, baseadas no "know-how" do telefone e da estatística descritiva?
Será que também para a actividade de realização de sondagens, teremos que institucionalizar uma qualquer Alta Autoridade para Sondagens com estatuto de regulador do sector?
Não queremos pensar que a "teoria da conspiração" possa sustentar o carácter constante dos resultados das diferentes sondagens. Não queremos crer que a política de propaganda de massas do PS possa chegar também aí. Mas...
A política precisa de monitorização e uma das estratégias passa pela possibilidade de constante auscultação das opiniões de diferentes formas e processos. As sondagens de opinião, podem e devem ser uma delas, mas com credibilidade, profissionalismo e qualidade de informação.

2 comentários:

douro disse...

As sondagens da Eurosondagem e da Universidade Católica nunca se podem tomar a sério. O Sr. Pedro Magalhães é um pardal especial, apesar de lhe darem microfone e lugar em páginas de jornal. Não sou votante nem sequer simpatizante do CDS/PP, mas começam a cheirar mal estes apoucamentos de uma força partidária específica.

Unknown disse...

Confesso que à excepção do ex-sindicalista e paineleiro/palpiteiro de futebol em nome do Sporting, desconheço as equipas e técnicos. Todavia, já deu para entender que a qualidade geral das empresas, não prima num assunto, que pela sua complexidade, se pretender ser bem feito,(estatisticamente)não é fácil.