Carta Educativa de Águeda - a fria realidade
Tanto quanto é do domínio público, a Carta Educativa de Águeda ainda anda em bolandas, com comissões da Assembleia Municipal, fugas de informação para os jornais da terra fazerem manchetes, demissões e ameaças de demissões da dita, impasses entre os partidos do centrão e algo mais. O facto é que Águeda é neste momento um dos 11 (sim, onze!!!) municípios -http://www.min-edu.pt/outerFrame.jsp?link=http%3A//www.gepe.min-edu.pt/np4/69.html - que ainda não formalizou uma Carta Educativa como documento estratégico para a definição das suas infra-estruturas educativas e suas implicações. Poderão dizer. Isso não interessa nada, são só três dúzias de páginas de papel escrito com uns quantos gráficos. A questão é essencialmente política e social e revela a qualidade da nossa democracia participativa. Não fomos capazes, até agora, de criar um clima de debate democrático em que as opiniões dos cidadãos fossem colocadas com as opiniões dos técnicos responsáveis pelas propostas. E neste momento estamos na cauda do país, como um dos 11 concelhos que ainda não respondeu a este quesito de planeamento, que pode ser essencial para a candidatura a fundos comunitários no âmbito do anunciado QREN.
Não nos consola ter a noção de que neste momento Águeda é um dos concelhos, onde aquilo que não se deve fazer durante um processo de elaboração de uma Carta Educativa, pode servir de objecto de estudo... Desde tentativas de aprovação imediata, imposição de soluções sem fundamentos técnicos, propostas sob pressão política e social, ausência de um debate sério, falta de um sentido estratégico para o documento, esquecimento de especificidades de algumas freguesias e finalmente deixar cair uma questão como a Carta Educativa na assumida "chicana político-partidária" que pouco acrescenta.
Mais uma vez quem ficará a perder será Águeda e os seus, pois o tempo é cada vez mais um bem precioso para a tomada de decisões, não se compadecendo com a qualidade e a forma de em Águeda se fazer política.
A confragedora imagem (clicar para ampliar), que identifica no mapa nacional o processo monitorizado pelo Ministério da Educação sobre as Cartas Educativas que acima reproduzimos, é demasiado esclarecedora...
Porque tem de ser assim?
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