segunda-feira, maio 28, 2007

Águeda e a Carta Educativa

A famosa Carta Educativa de Águeda após anos de espera e longa hibernação (cerca de 3/4 anos) foi apresentada publicamente no dia 14 de Maio, por uma "senhora de Lisboa, a Drª TA, pertencente a uma empresa privada". Trata-se de um documento com mais de 600 páginas e caracterizado por centenas de gráficos e quadros com dados da realidade educativa do concelho. Abundam os dados, falta pensamento sobre eles. Em síntese, se pode ser um bom documento de trabalho, ainda não é uma Carta Educativa com clareza na análise da realidade e visão prospectiva fundamentada sobre o futuro da Educação em Águeda. Perante esta situação são dados 15 (quinze) dias para discussão pública!!!!


Uma Carta Educativa tem de ser hoje uma resposta coerente acerca não só da oferta educativa para TODA a população, mas um primeiro instrumento de planeamento educativo que permita iniciar a articulação entre rede escolar, políticas de mobilidade, qualificação das instalações escolares, políticas de transportes, práticas de alimentação e educação para a saúde, gestão de recursos humanos e materiais, etc. Estamos a tomar decisões que exigem fundamentação e ponderação, pois terão forte impacto nas próximas dezenas de anos.

PS - A participação pública democrática é uma condição para a qualidade de uma Carta Educativa, que não se compadece com "envio de sugestões nos próximos 15 dias". Ela assenta na liberdade de opinião, frontalidade e fundamentação de razões, que possibilitem a sua melhoria e reforcem a identificação dos munícipes com as suas visões prospectivas.

1 comentário:

João Branco disse...

Fechar as escolas da freguesia de Espinhel e levar dezenas de crianças para fermentelos ou recardães é uma pura aberração depois do investimento feito nas infra-estruturas da escola primária de Espinhel.