Morrer em dia de chuva (em Águeda)
A vida é difícil mas, em Águeda, em dias de chuva, a morte também. Ou melhor, a morte é o que é, o complicado é o funeral. E não, não é porque em dia de cheia as coisas podem tornar-se complicadas.
Basta um dia como o de ontem em que, continuadamente, durante todo o dia, cai aquela chuvinha “molha-tolos” e não é possível fazer um funeral no cemitério de Águeda. Ou melhor, o funeral pode fazer-se, enterrar o morto é que é mais complicado.
E isto porque não dá para abrir a cova em dia de chuva. Fica o funeral em suspenso até que a chuva termine e haja “uma aberta” que dê para abrir a cova. Regressa então a família e retoma-se a cerimónia.
Oh gente da Câmara, há necessidade disto, desta vergonha? Não dá para arranjar uma quitanda ao coveiro, para ele fazer o trabalho quando é preciso e não apenas quando "está sol"? Isto são uns troquitos, custa muito menos que um único funeral!
E se não for pelos mortos, que seja pelo respeito que os VIVOS nos merecem (ou deviam merecer!).
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