Sobre a importância do conhecimento tácito...
No meio da balbúrdia resultante, a 'sobrevivência' depende da capacidade de pôr em prática o mote "Em Nápoles, sê napolitano!". E aqui entra o conhecimento tácito... um exemplo: para atravessar uma rua, não adianta procurar uma passadeira (ou mesmo semáforos). Quase ninguém liga às zebras e aos sinais vermelhos. Solução? Atravessar em qualquer local que não tenha passadeira ou semáforos, dar dois ou três passos decididos para a frente, olhar de frente os motoqueiros e automobilistas e, surpresa, surpresa, eles param! Funciona (quase) sempre...
Da balbúrdia também resulta uma naifesta incapacidade de aproveitar fundos comunitários para melhorar as infra-estruturas. Ao contrário de outras zonas do sul da Europa (Portugal foi um bom aluno neste aspecto), a influência dos dinheiros europeus mal se nota. Auto-estradas e vias rápidas de acesso à cidade num estado miserável, aeroporto idem, etc.. Mais, um problema crónico com a recolha do lixo, que se vai amontoando mesmo nas zonas mais nobres (até no parque natural que circunda o Vesúvio há montanhas de lixo!). Juntemos-lhe agora o problema do crime organizado (diz-se que o principal responsável pela situação do lixo é a Camorra napolitana...), e obtemos uma grande 'caldeirada'.
Se dependermos de um guia impresso da cidade (conhecimento codificado), a tendência será 'fugir a sete pés'. Para contrariar a tendência, a acumulação de conhecimento tácito é crucial.
Gostei...
1 comentário:
Caro CR
O teu tão longo desaparecimento da blogosfera, apenas é explicável, pelo envolvimento tácito "napolitano" ...
Então depois da tua proposta de finlandização judia teremos a chegada a estas nobres urbes da camorra italiana? Vê lá no que te metes...
Se for preciso arranjamos uma mesa de campismo....porque os gajos a jogar às cartas já cá temos...
Aguardemos serenamente.
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