Aliança italo-francesa
Eis dois artistas de tachos e espressos aqui em Estocolmo, perfeita conjução do eixo italo-francês no ramo gastronómico, os quais admiro muito. O de cima é o Chef Staffan, francês de Lyon, com costela húngara e da Lombardia italiana, dono de um pequeníssimo restaurante, o "Le train blue" que, pelo ambiente, parece saído de uma película do Louis de Funés. O Staffan, amigo de larga data dos joggings e de discussões cartesianas sobre a inenagável política gaulesa, costuma preparar umas Moulles aux frites de se tirar o chapéu, e o seu restaurante é o meu retiro, quando tenho saudades dos paladares do Sul. Pormenor curioso sobre o percurso do Steffan. Antes de se dedicar aos assuntos do estômago, era um alto quadro de uma multinacional francesa no ramo das telecomunicações, tendo antes passado pelo Extremo Oriente. Quando decidiram mudar as operações para o Reino Unido, achou que era altura de tentar outra coisa, lançando-se nesta aventura. Parece que para breve, já que prevê regressar à sua Lyon natal. Outro retiro por mim utilizado é de outro meu amigo, o Pino de Brindisi, na Drottningata, bem no centro de Estocolmo. O seu minúsculo café, se assim pode chamar a um sítio com um balcão ao comprido, no corredor do edifício sede da H&M sueca, é o local onde se bebe o melhor espresso de Estocolmo. E, diga-se, o mais barato, a 10 coroas (cerca de 1 Euro). É lá, quando temos visitas da lusa pátria, e as pessoas desesperam por um café que não seja de "saco", à sueca, que os levo ao sabor do café italiano. Aí, ao contrário do espírito cartesiano do espaço do Staffan e a sua agonia a tudo que seja Sarkozy, "húngaro" como ele, discutimos coisas mais trivais, como os últimos resultados do calcio ou observamos as belas ragazzas que vão passando.
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