Vamos ... não importa como
Portugal vai participar na força da ONU e da União Europeia (UE) para o Chade e República Centro-Africana, «não estando ainda definido como», anunciou hoje o ministro português da Defesa, Nuno Severiano Teixeira.
«A resposta é positiva. Portugal estará presente, não está é definido como», afirmou Severiano Teixeira, em conferência de imprensa, no final do primeiro dia da reunião informal dos ministros da Defesa dos 27, em Évora, no âmbito da presidência portuguesa da UE.
«A resposta é positiva. Portugal estará presente, não está é definido como», afirmou Severiano Teixeira, em conferência de imprensa, no final do primeiro dia da reunião informal dos ministros da Defesa dos 27, em Évora, no âmbito da presidência portuguesa da UE.
...A Espanha, por exemplo, anunciou desde já que apenas participará com ajuda no transporte de forças, face ao «esforço grande» em missões deste tipo, enquanto a Alemanha anunciou que só dará apoio político. in Diário Digital 29.9.07
De memória Portugal esteve ou está em missões internacionais em países ou regiões como Afeganistão, Iraque, Balcãs (Bósnia-Herzegovina e Kosovo), Timor, Líbano, República Democrática do Congo, Sudão. Não está em causa a importância da solidariedade internacional para a manutenção da paz no mundo. Nem o apoio a políticas internacionais de suporte à ajuda e ao desenvolvimento das populações necessitadas. Mas, antes do contexto dos outros, importa reflectir sobre o nosso contexto. A nossa realidade, antes da realidade dos outros. É espantoso como um país em crise - económica, financeira e de confiança - está sempre aos saltos para integrar missões internacionais. Como é possível? É espantoso que enquanto médios e grandes países se recusam ou desculpam a participar nessas missões, Portugal é voluntário. Como é que um pequeno e periférico país, tem capacidade económica, logística e militar para responder a estes diferentes desafios?
Para uns tantos - políticos e ministros - pensarem que ficam bem nas fotografias da diplomacia internacional, o país corta no investimento, aperta o cinto, sufoca em impostos e impõem-se políticas sociais de 3º mundo. É triste se não fosse ultrajante e insultuoso.
Estas considerações não pretendem colocar em causa a participação portuguesa em missões internacionais. Agora com conta, peso e medida em função da nossa escala, potencial e posição geo-política na CE e no mundo. O resto são despesas públicas em nome de ideias políticas parolas...
Até quando?
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