Le Train Blue, ou a história do Stafan e da Monika
Há uns posts atrás, mencionei o meu amigo francês de costela húngara-italiana, o Stefan, e o seu restaurante "Le train blue". Pois, no passado sábado, o principal diário sueco, SVD (www.svd.se), mais de 500 mil leitores, trazia em destacada entrevista o Stafan e a sua berlinense esposa Monika, com grandes elogios à gastronomia aí servida. Nesse mesmo dia, à noite, o Stefan, a Monika e uns amigos suecos, estiveram em minha casa a desgustar uma chanfana, um dos ex-libris da nossa região e, que me perdoem os puristas do leitão, o prato que consegue reviver memórias. Infelizmente, por estar em falta, não acompanhei a chanfana com um Bairrada, tendo optado pelo bom vinho alentejano do Portugal Ramos, que é excelente, e cuja combinação veio a ser acertada. Para entrada, tinha feito uns pasteizinhos de bacalhau acompanhados de uma salada de feijão frade. Aqui, resolvi avançar para o Minho, para o verde. Um dos prazeres da vida é, como nós portugueses bem sabemos, o prazer da mesa e é, quanto a mim, a melhor forma de percepcionar as idiosincrasias dos povos, ou seja, a identidade de uma colectividade nacional, regional ou étnica. A ver pelo que (não) sobrou, desta vez podem estar descansados que a Pátria não ficou mal na fotografia. Suecos, mais estes, alemães e franceses, ficaram a descobrir os paladares de um povo que, nas entranhas de séculos, vem criando estórias da história e amassando aquilo que somos, amantes da boa mesa e de uma boa conversa.
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