quarta-feira, abril 01, 2009

A corrupção compensa ou a corrupção a que temos direito

imagem emprestada de: http://www.riscar.net/?cid0=2&itemID0=61&imgID=365

João Cravinho está preocupado com a "saúde" do sistema democrático português, ao estranhar que apenas o Bloco de Esquerda (BE) se tenha manifestado contra a nomeação de Domingos Névoa para a presidente da Braval, uma empresa intermunicipal de tratamento de resíduos.
Domingos Névoa, administrador da empresa Bragaparques, foi recentemente considerado culpado no processo de tentativa de corrupção ao vereador da Câmara Municipal de Lisboa José Sá Fernandes e condenado ao pagamento de uma multa de mil euros.
in Correio da Manhã 1.4.09


Porque nada nos espanta? Porque vivemos neste sereno conformismo? Porque o anormal passou a normal? Porque se consola o país neste silêncio? Até quando?
João Cravinho não é alguém compulsivamente obcecado com a questão da corrupção nacional. Mas sim alguém que há muito percebeu que a "endémica e socialmente legitimada corrupção" é um verdadeiro cancro para o desenvolvimento do país. A corrupção - por vezes "desculpada" por financiar campanhas do centrão partidário - atinge níveis de despudor e desfaçatez nunca imaginados. E só assim se compreende que as relações Portugal - Angola sejam o que são. Que "toda a gente" feche os olhos e esqueça "a realidade angolana", em nome do negócio e à revelia dos direitos humanos e dos mais elementares valores de cidadania.

1 comentário:

douro disse...

Estamos como o sapo dentro da panela cuja água aquece, aquece. Já nem damos conta que estamos a ser cozidos.