Pepe e Paulo Bento
Há algum tempo que não se fala de futebol aqui no blog. Esta semana as manchetes da comunicação social, de muita e pouca referência analisou e discutiu o comportamento do treinador Paulo Bento no jogo Guimarães-Sporting (de onde foi expulso) e do jogador luso-brasileiro Pepe no jogo Real Madrid-Getafe (também expulso). Não pretendendo comparar o nível de fair-play na participação do jogo de Futebol, há um ponto comum. Estamos na presença de profissionais de futebol, num tempo em que a exposição mediática do jogo o beneficia e o expõe também. Um treinador não pode pautar o seu comportamento por constâncias de "cabeça perdida", nem um internacional da selecção nacional a jogar num dos melhores clubes do mundo rasteirar, pontapear e agredir a soco colegas de profissão. Neste sentido - não só em nome das mentes infantis que adoram os seus heróis do futebol - mas acima de tudo, pelo próprio jogo e sua imagem social, tais comportamentos são incompreensíveis e devem ser fortemente reprovados. Apesar de sabermos que alguma comunicação social (ex: entrevista da SIC) se canibaliza e alimenta com situações anormais e patológicas desta natureza, a beleza e o valor social do futebol merecem que o valorizemos pela positiva. Tais atitudes e comportamentos mesmo numa lógica de "indústria do futebol" prejudicam o jogo e a sua imagem na sociedade. Como tal, os pedidos de desculpa, as confissões públicas, "os perdões clamados" junto às câmaras tornam-se patéticos e melhor seria o profundo silêncio e recolhimento. O Futebol merece isso. No Futebol o fair-play deve reinar para que o jogo seja uma festa colectiva.
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