sexta-feira, novembro 28, 2008

Leixões - Vivam os bébés do Mar

A actual classificação geral da I Liga de Futebol Profissional, era algo de inimaginável há uns meses atrás. A liderança assumida e justificada de uma equipa como o Leixões não passaria pela cabeça de ninguém, atendendo ao seu orçamento e depois disso "aos nomes" que constituem o seu plantel. Mas o desporto e o futebol em particular têm esta fantástica característica de também se estruturarem em dimensões imprevistas. Que desde sempre fizeram parte da sua própria capacidade de atracção das massas, pelo fenómeno social que é. Todos já sabemos como vai começar e acabar o filme que vamos ver, a peça de teatro a que vamos assistir o concerto de música que vamos ouvir. Um jogo desporto caracteriza-se saudavelmente pela imprevisibilidade e no caso concreto do futebol, pelas possibilidades de por vezes Golias ser menos forte desportivamente do que David.
Este Leixões que é olhado como um pequeno e simpático David, tem sido um autêntico Golias na disputa futebolística dos jogos, quer ao nível do seu espírito colectivo, disciplina táctica e elevados níveis de auto-confiança dos seus jogadores. Se hoje aqui falamos de futebol, tal justifica-se por ser importante para a sua própria sobrevivência como jogo que apareçam equipas como o Leixões, intrusos na "ditadura dos três grandes" que obstaculiza a magia do jogo.
O Futebol só é futebol quando ninguém sabe como vai ser a disputa do jogo. Quando os corações palpitam até aos 90 minutos de jogo. Quando um dito pequeno, pode bater o pé a um dito grande.
Bem haja Leixões em nome do Futebol português ...


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