sexta-feira, junho 29, 2007

Lê-se e não se acredita (VII)

A directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho, Maria Celeste Cardoso, foi exonerada pelo ministro da Saúde por ter sido afixado nas instalações um cartaz considerado ofensivo para Correia de Campos.O cartaz, uma fotocópia de uma entrevista dada pelo ministro a a 6 de Agosto do ano passado, com o título "Nunca vou a um SAP nem nunca irei", foi colocado por um médico, vereador da CDU na Câmara de Guimarães, que acrescentou à mão: "Façam como o ministro e vão às urgências a Braga", apurou o DN. Maria Celeste Cardoso, casada com o vice-presidente da autarquia local, eleito pelo PSD, foi substituída no cargo por Ricardo Armada, vereador ddo PS na Câmara de Ponte da Barca.A exoneração ocorreu em Janeiro, mas o despacho só ontem foi publicado em Diário da República. Nele pode ler-se o seguinte: "Pelo despacho (...) do Ministro da Saúde, de 05 de Janeiro, foi exonerada do cargo de directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho (...), com efeitos à data do despacho, por não ter tomado medidas relativas à afixação, nas instalações daquele Centro de Saúde, de um cartaz que utilizava declarações do Ministro da Saúde em termos jocosos, procurando atingi-lo". in DN 29.6.07.
A liberdade continua a não passar por aqui. Depois do caso Charrua na DREN. Depois do bloguista do Portugal Profundo, que desde 2005 escreve sobre as habilitações académicas do nosso PM . Agora o Diário da República de um país deprimido e sem luz ao fundo do túnel, serve para demitir alguém, por causa de um cartaz considerado ofensivo do nosso ministro da saúde.
Até onde vai esta onda? Para onde caminhamos? Triste país entristecido com tristes governantes...

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