sexta-feira, junho 15, 2007

Extractos de uma entrevista

Da entrevista da DREN – Directora Regional de Educação do Norte (DN de 14-06-07)

Mas a escalada desta campanha, que começou a surgir um pouco por todo o lado, intensificou-se e está a pôr em causa uma coisa que eu acho sagrada, os trabalhadores da Direcção Educação Regional do Norte (DREN). E, ainda mais grave, tenta beliscar as escolas. Não percebo a escalada sobre mim: é objectivamente uma campanha difamatória, que ataca esta casa e estas pessoas para chegar a mim.
Oh senhora directora, não se justifique com os outros. Olhe que eles, porventura, nem querem que a senhora os defenda!...
Como muito bem diz, a “escalada é sobre si”. Não ouvi ainda qualquer referência aos trabalhadores da DREN (tirando o queixinhas!).

Chamei algumas pessoas, houve conversas, tomei decisões, como "para o ano não conto consigo".
Não era mais “ético” ter feito exactamente isso com o Sr. Charrua? Se ele não era preciso, e eu à distância acredito mesmo que sim (não estaria alinhado com as políticas, não era necessário um professor para a função, a função já não era necessária, um professor que há 20 anos não o era, etc, etc…), dispensava-se. Atingia os mesmos resultados. E de forma certa!

É um insulto ao cidadão José Sócrates, que além de cidadão é o primeiro-ministro de Portugal.
Insulto: Ofensa, ultraje, por actos ou palavras, ataque súbito (Dicionário Prático Ilustrado, Lello & Irmão, 1963)
Como se vê, para que haja insulto é necessário que alguém se sinta insultado, ofendido, ultrajado, atacado.
Sei que teve 48 horas, mas não acredito que tenha falado com o tal cidadão (que além disso é Primeiro Ministro) para saber como ele se sentia, qual era o seu estado de alma.
E lembre-se que foi apenas nomeada DREN (Directora Regional de Educação do Norte) e não (PPEASPS) Protectora Permanente dos Estados de Alma do Senhor Pinto de Sousa.
Por isso, inclino-me para que o processo ao Sr. Charrua é antes devido a exorbitância de competências. Como disseram os Gatos Fedorentos, as graçolas ao Sr. Pinto de Sousa são da exclusiva competência do Ministro Mário Lino.

Não gosto de me vitimizar como mulher, mas nos últimos dias, volta e meia, naquilo que eu tenho lido, vejo claramente uma forma de me atacar que não aconteceria se eu fosse um homem.
Se não gosta de se vitimizar como mulher para que é que o está a fazer? Não insulte, a senhora, a nossa inteligência!

Eu sei que durante dois anos mexi em muitos interesses. Agora há muita gente a aproveitar a boleia para tentar alguma coisa, disso não tenho dúvida.
Há muita gente a aproveitar a boleia porque a senhora directora lhes arranjou um autocarro, parou, abriu a porta e estendeu uma passadeira para entrarem. E agora anda de bandeja (comunicados e entrevistas) a servir-lhes bolinhos durante a viagem.

PS. Não é necessário ser-se arrogante, prepotente e não respeitar os outros para realizar o trabalho com firmeza e eficácia. Num serviço público exige-se ética, respeito e dignidade, em suma, agir com decência.

2 comentários:

Fernanda Sampaio disse...

Olá!
Nem sem explicar exactamente como cheguei aqui, passando de blog em blog...enfim, cá estou e gostaria de opinar sobre este post.
Vamos imaginar que o sr.tem uma empresa e um dos seus funcionários comenta com outro:- esta empresa é uma republica das bananas e o proprietário um filho da ....". Como é que o sr. reagia? Pois, digo-lhe que se fosse eu despedia essa pessoa.
A minha posição não tem nada a ver com simpatias políticas, nem tão pouco vai para quem ouviu e fez "queixinha" é apenas um questão de educação e do que é correcto e ético fazer-se e dizer-se no local de trabalho. Não acredito que em nome da liberdade de expressão se possa dizer tudo. E nada há como nos colocarmos no lugar do outro!
Bom domingo!

José Manuel Dias disse...

O que o dito "professor" Charrua fez foi fruto de 20 anos de "bem bom"..Requisitado há 10 anos na DREN!! Dizer o que disse no contexto em que disse despretigia o´s professores. Haja ética!
Cumps