É a crise...
Lemos sobre a crise. Falamos sobre a crise. Ouvimos relatar efeitos da crise. Habituamo-nos a aceitar a crise como algo omnipresente. A vida é uma crise. Até que lemos um letreiro ... O "Filhote" trespassa-se. Alto lá! O "Filhote" essa instituição aguedense, espaço perene de adolescentes, que abriu as portas no anos 70 do século passado? O "Filhote" onde gerações e gerações de jovens urbanos e rurais de Águeda se iniciaram nas carambolas de bilhar e no meter bolas no saco? O "Filhote" sede de pousio de estudantes em férias?
É verdade, o "Filhote" está a trespasse. É um indicador da crise. Lembro-me agora, de como a imagem e força do "Filhote" era grande. Passados 10/15 anos da nossa adolescência pós-25 Abril, o Tó Benze regressado da Grécia, perguntava se o pessoal ainda estava no "Filhote". Devia pensar que continuávamos sentados nos bancos altos do balcão a ouvir o Ti Armindo a dar bolas, ou a ver se a preta entrava na primeira tacada. No entanto é fantástico, observar clientes do "Filhote" que lá permanecem, garantidamente há 30 anos. São 30 anos de taco na mão e a colocar giz na ponta.
Longa vida ao "Filhote".
3 comentários:
Como antigo frequentador desse grande espaço "cultural" da nossa "cidade", qual espaço público dos jovens aguedenses pós 25 de Abril, espaço da "perdição" pelos flippers e video jogos, também me revejo na memória de horas e horas passadas à volta do jackpot da máquina "Sol do Algarve", do "Pacman", com os meus queridos amigos Joca, Carradas, Cremildo, Panela, Carcas, sempre sobre o "controle" do Baptista, chateado com os bónus que iamos sacando, legal e ilegalmente.
E a "Dona Elvira"; "Conquistador"; "Dragon".
Grandes máquinas.
Não sei porquê, lembrei-me das travessas de 'húngaros' que comíamos no outro lado da Avenida, nessa outra instituição da altura que era a Lotus,sob a influência alucinogénica dos sons dos Yes (America) ou dos Genesis (I know what I like)que se faziam ouvir na mágica jukebox!
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